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Uma imagem de São Tomé das Letras.


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Recebemos o convite de Ary para conhecer mais fotos de São Tomé das Letras em seu álbum no Flickr.



Próxima imagem: Senhor dos Passos em Carmo da Cachoeira - MG.
Imagem anterior: Próximo a Cruzília a busca do Engahy Abaixo.

Comentários

Anônimo disse…
Apparecida Gomes do Nascimento Thomazelli, no capítulo 8 de sua obra "As Famílias de Nossas Famílias", a partir da p. 123 estuda a descendência de GOMES ANTÔNIO DO NASCIMENTO, casado com dona Antônia Josefa da Conceição de Oliveira, filha legítima de Antônio Luís dos Santos (natural de Prados) e de dona Maria Josefa da Conceição (primeiro casamento em Aiuruoca e segundo em Campanha).

Antônio Luís dos Santos faleceu viúvo em São Thomé das Letras aos 80 anos, aos 04.11.1846, foram pais de:
1. Antônia Josefa da Conceição Oliveira, casada com Gomes Antônio do Nascimento^;

2. Maria Antônia de Oliveira, casada com José Francisco Teixeira.
Foram pais de, pelo menos:
*Ana Joaquina do Espírito Santo c.c. José Gonçalves de Góis, que faleceu em São Thomé das Letras aos 71 anos de idade, em 25.03.1874
* Manuel José Gonçalves c.c. Umbelina Maria de Cássia, filha legítima de Tomé Gonçalves Valim e de dona Vicência Umbelina de Cássia. Dona Umbelina Maria de Cássia faleceu em São Thomé das Letras, aos 23.07.1897.
O quarto filho de Manuel e Umbelina, o Antônio José dos Santos, casado com dona Ana Maria de Jesus, foram pais de João, nascido e batizado em São Thomé das Letras, no ano de 1870. Foram padrinhos de JOÃO: Manuel José do Nascimento de dona Maria Rita do Carmo, mulher de JOÃO RIBEIRO DE MORAES.
Anônimo disse…
"Nossa mãe, MARIA CÂNDIDA, era filha de MANUEL FRANCISCO DE QUADROS e de dona ANA BARBARA MARQUES". É desta forma que Thomazelli inicia, na p.285 de "As Famílias de Nossas Famílias", o estudo de seus ancestrais, na linhagem materna. Diz ela:

O mais antigo MARQUES, que pudemos encontrar foi JOSÉ MARQUES BRANDÃO, cuja ascendência ignoramos, e que era casado com dona CUSTÓDIA MARIA DE JESUS, filha de ANTÔNIO DA COSTA LIXA e de TOMÀSIA DE LIMA. Tais dados os obtivemos através do Testamento de dona CUSTÓDIA MARIA, datado de 06.11.1827. Por ele sabemos que o casal teve os seguintes filhos:
- ANA ROSA c.c. JOSÉ MARIANO, já falecidos por ocasião do testamento.

- JOSÉ JOAQUIM MARQUES.

- VICÊNCIA MARIA

- ANTONIO JOAQUIM MARQUES c.c. dona VITÓRIA MARIA DA TRINDADE

- MARIA CUSTÓDIA c.c. QUINTILIANO.
Nossas pesquisas não se aprofundaram, razão pela qual só podemos enumerar os descendentes de ANTONIO JOAQUIM MARQUES e de dona VITÓRIA MARIA DA TRINDADE, aliás o MARQUES que nos toca mais de perto.

Em CARMO DA CACHOEIRA, nesse ano de 2008, os MARQUES, de tradicional família, estão ligados ao setor comercial. A propriedade rural, preservada através de gerações, fica na zona norte do Município, nas proximidades da Fazenda Maranhão, e bem próxima da rodovia Fernão Dias.
Anônimo disse…
O Projeto Partilha, buscando saber que mais estava pelas imediações encontrou, no Inventário de JOÃO DANIEL DE CARVALHO, arquivado no Museu Regional de São João del-Rei na caixa 435. Sua inventariante foi ANA FRANCISCA DE CASTRO, a viúva e em 05.07.1808. Fl.02 diz o seguinte: "dona ANA FRANCISCA DE CASTRO, viúva de JOÃO DANIEL DE CARVALHO que por falecer sem filhos vem a recair a herança em seu pai o Capitão ANTONIO PEREIRA DE CARVALHO morador como a suplicante na Freguesia de Lavras.

fl.05 DIVIDAS PASSIVAS:
- capitão Valentim José da Fonseca (FAZENDA MARANHÃO)
- JOAQUIM INÁCIO DE CARVALHO
- Licenciado JOSÉ DA SILVA CAMPOS
- TOMÁS DE AGUIAR ALVES DE AZEVEDO
- JOÃO FERREIRA DA CRUZ
- BENTO FRANCISCO LIMA
- JOSÉ ANTONIO DE CASTRO MOREIRA
- JOSÉ JOAQUIM FERREIRA
- Capitão FRANCISCO JOSÉ DE ARAUJO e ao Guarda Mor JOÃO MARQUES
- ANTONIO DE SOUZA
- FRANCISCO, escravo de ANTONIO PINTO
- JOÃO VICENTE FERREIRA

Fl. 11
Relação dos bens que tocou ao inventariado por falecimento de sua mãe (madrasta) JACINTA BERNARDA DA VEIGA (JACINTHA).

BENS DE RAÍZ:
- casas no Arraial de Lavras
- terras minerais
- Fazenda dos Três Ferros que confrontam com
Capitão VALENTIM JOSÉ DA FONSECA (AFONSECA), leia-se FAZENDA MARANHÃO;
com o Reverendo JOÃO FRANCISCO DA CUNHA;
com ANTONIO PINTO DE MORAES
e com FRANCISCO XAVIER DA CRUZ.

OBSERVAÇÃO: Antonio Pereira de Carvalho teve dois casamentos: * em primeiras núpcias com dona Ana Branca de Toledo. Cf. ARY FLORENZANO, "descendentes de Amador Bueno". AGB Vol. VI, 1944, item QN36 e em José Guimarães;

* em segundas núpcias JACINTHA BERNARDA DA VEIGA (Jacinta), filha de Antonio Manoel da Veiga e Maria Antônia de Jesus (III). Jacinta e Antonio foram pais de MARIANNA CLARA DO NASCIMENTO c.c. FLÁVIO ANTONIO DA CONCEIÇÃO, "Sos oito dias do mês de janeiro do ano (...) 1809 nesta matriz, Flávio Antônio da Conceição, filho do alferes JOSÉ ISIDORO DA SILVA e LAUREANA ANGÉLICA VILLAS BOAS, cas. com dona MARIANNA CLARA DO NASCIMENTO, filha legítima do capitão Antonio Pereira de Carvalho e de dona Jacintha Bernarda da Veiga (Jacinta). Santa Ana das Lavras do Funil.

Para ANTONIO PINTO DE MORAES, Cf. JOÃO PERES DE GUSMÃO, capitão.
Aportes à Genealogia Paulistana, " Carolina Leopoldina de Souza, viúva de ANTONIO PINTO DE MORAES", em 08.07.1842, viúva contrae segundas núpcias com João Pedro de Mattos.
Anônimo disse…
Site consultado pelo Projeto Partilha - Mariana Vitória de Moraes - Windows Internet Explorer. 1860. Projeto Compartilhar.

Algumas ligações:
Site - Manoel da Costa Valle - Windows Internet Explorer

- Capitão José Manoel de Oliveira e Brígida Antonia da Silva.
Anônimo disse…
Falar em Bartolomeu Bueno da Silva para os cachoeirense, é lembrar-se imediatamente do Historiador e Genalogista - Três Pontas-, Paulo Costa Campos, um de seus descendentes. Paulistas e Pitangui tem um sério "caso de amor". Pitangui era um reduto paulista e potentados e, consequentemente um ponto de confronto com medidas do governo colonial, como por exemplo "Motins em Pitangui, 1717-1720).

Laércio Massaru Honda, defendeu sua tese de Mestrada pela Universidade Estadual de Campinas, no Histituro de Economia. Programa de Pós-graduação em História Econômica. O tema, por ele abordado fi: Francisco Pinheiro: as atividades de um comerciante de grosso trato na América Portuguesa (1703-1749. Campinas. São Paulo. 2004. É um trabalho que vale a pena ser estudado. Dentre tantas outras informações existe esta:
"A Coroa e seus conselheiros demoraram compreender integralmente a importância econômica das descobertas auríferas. Provavelmente porque os rendimentos do ouro ainda não se faziam sentir na metrópole.
Em 1695, das quatro fundições existentes para a cobrança do quinto, a mais próxima da região mineradora era a de Taubaté. Ficando a cargo dos mineiros trazerem seu ouro em pó ou em pepitas para serem fundadas e descontadas a quinta parte. O cumprimento da lei ficava a cargo da honestidade de cada um. Logicamente os mineiros acabavam dispondo dele clandestinamente, trocando por produtos de sua necessidade ou vontade".

O período estudado por Laércio Honda, e publicado através de seu trabalho acima citado, foi a época em que os bandeirantes residentes em Pitangui foram atingidos por medidas governamentais. Foi como consequencia dos atos expedidos por Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, quarto Conde de Assumar e terceiro Governador e Capitão-Mor da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro no Brasil, que Pitangui deixou de ser um local bom para se viver por paulistas. Assi, o ancestral de Paulo Costa Campos, BARTOLOMEU BUENO DA SILVA rumou para as minas de Goiás. Outros buscuram, através dos rios -"caminhos que andam", a bacia do Rio Grande e seus afluentes, locais já ocupados por muitos, posteriormente exterminados. Encontramos os ancestrais do historiador Paulo Costa Campos em Lavras do Funil, Ibiturana, Rosário de Lavras, Sapucaí, "Pinheirinhos" - Engahy Velho, entre outros. Encontramos também tentando novos rumos a Família "MORAES", que tem suas raizes, na região do sul de Minas, os descendentes de Pedro de Moraes Navarro, casado com dona Ana Moreira de Godói.

Em Thomazelli, p.289, vamos encontrar, naturais de Pitangui, João Evangelista de Carvalho, casado com dona Cândida Virgílina de Castilho, pais de Joaquim Cândido de Carvalho, casado com dona Iria Cândida de São José. O casamento aconteceu em Batatais, em 04.03.1868. Dona Iria Cândida era filha de HENRIQUE JOSÉ MARQUES (f.l. de Antônio Joaquim Marques e de dona Francelina Maria dos Santos) e de dona MARIA DAS DORES GUIMARÃES (São Sebastião do Paraíso). Iria Cândida era neta materna de JOSÉ JOAQUIM MARQUES e de sua mulher Heliadora Policena Guimarães.
Anônimo disse…
José Roberto de Alencar Moreira, autor de História da família Seixas de Alencar. Brasília, 200,, p.21, diz:

A FAMÍLIA ALENCAR.

A Origem dos Alencares no Brasil.

A colonização do interior da Bahia ocorreu devido a expansão pecuária, que dava suporte às usinas de cana-de-açucar, e seguiu margeando os grandes rios. Garcia D´Avila foi iniciador deste grande movimento de penetração povoadora, mas este só atravessou o RIO SÃO FRANCISCO (que também era conhecido por rio dos currais) após a capitulação dos holandeses em meados do século XVII. Na segunda metade do século XVII, exploradores vindos da Bahia a serviço da "Casa da Torre" dos GARCIA D´AVILA", junto com os BANDEIRANTES PAULISTAS, começaram a devassa da região onde viviam os belicosos índios cariris. Esta região localiza-se nos limites do que hoje são o oeste de Pernambuco, oeste da Paraíba do sul do Ceará.

Lembrando que a "Casa da Torre" dos Garcia D´Avila tem ligação com São Pedro de Rates (Rattes).

Na p.38 da referida obra obra encontramos, na região de Minas Gerais, assinalados os seguintes pontos: Alfenas, Itajuba, Rio Preto, além de São Paulo e Rio de Janeiro. O autor esclarece: "Com a queda do preço da borracha a família Seixas de Alencar mudou-se em 1920 para Bragança (PA) e depois para Santa Bárbara (AM), onde José Pordeus de Alencar trabalhou como comerciante (...).
Em 1924, a família estava em Itajubá (MG). Em 1925, Alfenas (MG)
Anônimo disse…
Famílias "CONCEIÇÃO" e "REZENDE"

... e, no tempo dos "BARÕES",

segundo Cecílio Elias Netto, em publicação no Almanaque 2002/3, sob o título Memorial de Piracicaba, uma história, que é parte de nossa história.

O Clã Rezende
" A família Rezende tem uma das mais brilhantes genealogias na história do país. O berço é na fazenda ENGENHO VELHO DE CATAGUÁS, no município de LAGOA DOURADA, Minas Gerais. No século XVIII, no velho solar da fazenda, estabelecem-se João de Rezende Costa e sua mulher Helena Maria, de família vinda dos Açores.
Uma das filhas de João de Rezende Costa, Josepha Maria de Rezende, casou-se com o Coronel Severino Ribeiro, um cavaleiro de milícias de São João d´El Rey".
Anônimo disse…
Ao buscar conhecer os descendentes de sua mãe, dona Maria Cândida, filha legítima de Manuel Francisco de Quadros e de dona Ana Bárbara Marques, a genealogista Apparecida Gomes do Nascimento Thomazelli, p.307, cita dona MARIA PAULINA MARQUES, natural de Canoas - atual (1984) Claraval, casada com JOÃO EVANGELISTA TEIXEIRA, natural de Lavras, Minas Gerais, filho legítimo de Miguel Antônio Teixeira.
No inventário de José Joaquim Teixeira aparece o nome de "João Evangelista Teixeira", entre muitos outros que já nos é familiar. Entre os BENS DE RAIZ, há uma citação às fls. 38 v. "mais Bens de Raiz: uma fazenda de cultura e criar sita nas margens do Rio Borrachudo, Termo da Via de PITANGUI".

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A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

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