Pular para o conteúdo principal

A fuga dos colonizadores da Capitania de S. Paulo

Ajude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço "comentários" para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região.

Esta ilustração do século XVIII de Joaquim José de Miranda retrata a retirada de um grupo de colonos europeus após o massacre ocorrido a um de seus grupos. Vendo que não conseguiriam conter a fúria dos gentios e houve a fuga dos colonizadores.

Próxima imagem: O livro da família Reis, coragem e trabalho.
Imagem anterior: O encontro dos corpos dos colonos atacados.

Fonte. Aquarela de Joaquim José de Miranda. Séc. XVIII. Coleção de Beatriz e Mário Pimenta Camargo. São Paulo.

Comentários

Anônimo disse…
Dona Francisca Benedita de Souza ou (e Souza), conforme aparece no inventário, cujo inventariante é seu filho - João Antônio da Costa, o viúvo de Mecias Theodora de Jesus, no ano de 1851, deixou como herança terras na Fazenda do Retiro, no valor de 12$5000. A família tinha suas propriedades na chamada "Fazenda Velha da Onça". Tinham propriedades também na Freguesia de São Miguel do Cajuru.
Dona Francisca Benedita de Souza (ou, e Souza) era nora de João Moreira da Costa e Maria Teresa de Jesus. Foi casada com Antonio Moreira da Costa. A família de seu marido nos aproxima, entre outras, através de dona Mariana Theodora de Jesus que foi casada com Bento Lopes de Siqueira. Através de dona Joana Constança de Jesus que foi casada com MANOEL FERREIRA DE MORAES, e como viúva, casou-se em segundas núpcias com José Pedro Alves. Através de Ana Moreira de Carvalho, casada com João Luís França, ligado aos "Alves Pedrosa". Através de Francisco Lourenço da Costa, casado com dona Maria Madalena Umbelina (ou, de Jesus), filha de Manoel Dias de Freitas e de dona Maria Inácia de Jesus (ou, da Conceição), ligados aos "Fagundes do Nascimento", da FAZENDA DA ONÇA.

DOCUMENTO TRANSCRITO POR EDRIANA APARECIDA NOLASCO A PEDIDO DO PROJETO PARTILHA.
Tipo de documento - Inventário
Ano - 1851 caixa - 411
Inventariados - Mecias Theodora de Jesus e João Antonio da Costa.
Inventariante - João Antonio da Costa
Local - São João del Rei

Fl.01
Inventário dos bens do casal da falecida dona Mecias Theodora de Jesus de que Inventariante o viúvo seu marido João Antonio da Costa.
Data - 24 de janeiro de 1851
Local - Fazenda denominada da ONÇA. Curato de São Francisco DA ONÇA. Freguesia de São Miguel do Cajuru do Termo da cidade de São João del Rei.

Fl.04
DECLARAÇÃO
(...) pelo Inventariante foi dito que a Inventariada sua mulher havia falecido sem Testamento no dia dezoito do corrente mês e ano (...).
(continua)
Anônimo disse…
(continuação)
Inventário de Mécias Theodora de Jesus. Inventariante - o viúvo, João Antônio da Costa, filho de Francisca Benedita e Souza (ou, de Souza).
Fl.04
FILHA
01 - dona Maria de idade de um mês pouco mais ou menos.

Fl.04v
BENS
INSTRUMENTOS - 01 tacho de cobre novo; 01 enxada; 01 machado; 01 roda de fiar.
ANIMAIS - 08 vacas; 06 bezerros; 02 cavalos; 01 burro.

ESCRAVOS - 02

Fls.05
BENS DE RAIZ

- Uns campos e poucas culturas no ARRAIAL DA ONÇA que dividem com terras de ANTOÔNIO MOREIRA DA COSTA e dona FRANCISCA DE JESUS e JOSÉ MOREIRA DA COSTA 420$000

- uma morada de casas cobertas de telhas ainda por acabar nas mesmas terras 60$000

- uma parte nas casas e benfeitorias da FAZENDA DO RETIRO por herança de sua sogra FRANCISCA BENEDITA E SOUZA 12$500

- uma parte nas benfeitorias da FAZENDA VELHA DA ONÇA pela mesma herança 4$166

- uma parte nas casas da CAPELA DA ONÇA pela mesma herança 3$333

Fl.05
DÍVIDAS ATIVAS

Maximiano Moreira da Costa 131$000

DIVIDAS PASSIVAS Sabino de Almeida Magalhães 300$000

José do Egito de Andrade 70$000

João Evangelista de Magalhães35$000

José Moreira da Costa 20$000

José Lopes de Siqueira 18$000

João Evangelista morador no Arraial da Onça 8$000

Monte mor - 1:830$549
Monte líquido 1:284$033
Meação 642$016 ...

para cada herdeiro 641$516 ...
Anônimo disse…
"... além do mesmo RIO DO SERVO (CERVO) com terras de ANTÔNIO PINTO DE MORAES ...".

ANTÔNIO PINTO DE MORAES, casado com dona Carolina Leopoldina de Souza. Viúva, dona Carolina Leopoldina casou-se em segundas núpcias com JOÃO PEDRO DE MATTOS, também viúvo. A primeira mulher de João Pedro foi dona Maria da Conceição, filha de Mariano José de Faria e de dona Francisca Maria do Nascimento.
Cf. - PROJETO COMPARTILHAR
Capitão João Peres de Gusmão. Aportes à Genealogia Paulistana.

Transcrição de documento por Edriana Aparecida Nolasco a pedido do Projeto Partilha.
Tipo de documento - Sesmaria.
Ano - 1798 Caixa - 14
Sesmeiro - João da Silva Ribeiro de Queirós.
Cessionária - Felizarda Matildes de Moraes Salgada (Mathildes) (Morais)

Fl.01
AUTOS DE MEDIÇÃO DE UMA SESMARIA DE MEIA LÉGUA.
Data - 02 de outubro de 1798.
Local - Fazenda da BARRA DO RIBEIRÃO DA CACHOEIRINHA, margem do Rio Grande. Freguesia das Lavras do Funil do Termo da Vila de São João del Rei. Comarca do Rio das Mortes em casas de morada de dona Felizarda Matildes de Moraes Salgada.

Fl. 03
CARTA DE SESMARIA
(...) por sua petição JOÃO DA SILVA RIBEIRO DE QUEIRÓS que na Paragem do Rio do Servo (Cervo). Freguesia das Lavras do Funil. Termo da Vila de São João do Rio das Mortes se acham terras devolutas que se compõe de matos virgens e capoeiras as quais confrontam pela parte da CACHOEIRINHA com a sesmaria de dona Felizarda Matilde de Morais Salgada pelo marco da dita sesmaria, pelo SERVO (CERVO) com os herdeiros do falecido MANOEL FRANCISCO BUENO.

Fl.06
AUTO DE MEDIÇÃO E DEMARCAÇÃO
Data - 03 de outubro de 1798.
Local - Nesta PARAGEM DOS MATOS DO RIO DO SERVO (Cervo) encontrado na Fazenda da Barra do Ribeirão da Cachoeirinha da Freguesia das Lavras do Funil. Termo da Vila de São João del Rei, dentro das terras situadas na margem do dito RIO SERVO (Cervo).

(...) elegeu para o lugar do Pião no alto e cume de um espigão de mato que morre no Rio Grande na PARAGEM chamada a CABECEIRA DA ANTA.

(...) mediram pelo rumo do nordeste dezesseis cordas que findaram no barranco do Rio Grande abaixo de um pequeno corgo que desagua no dito Rio Grande onde meteram um marco de pedra (...) parte este rumo com o dito rio.

(...) mediram pelo rumo do noroeste setenta e quatro cordas que findaram no barranco do Rio Servo (Cervo) onde meteram um marco de pedra (...) parte este rumo com o mesmo Rio Servo, digo, parte este RUMO ALÉM DO MESMO RIO SERVO (Cervo) COM TERRAS DE ANTÔNIO PINTO DE MORAES.

(...) mediram pelo rumo do sueste setenta e cinco cordas que findaram em uma capoeira vertente ao corgo chamado de MANOEL DIAS e aí em um lançante vertente ao mesmo corgo e aí meteram um marco de pedra (...) e parte este rumo com a sesmaria de dona Felizarda Matildes de Moraes Salgada.

(...) mediram pelo rumo do sudueste trinta e conco cordas que findaram em um alto de uma serra de mato divisória da FAZENDA DO CAPITÃO ANTÔNIO PEREIRA DE CARVALHO com quem se divide esta sesmaria pelo alto da mesma serra até a primeira cachoeira do dito Rio Servo (Cervo) vindo por ele acima desistindo o sesmeiro como desiste de qualquer porção de terra que esta sesmaria apanhar além da dita divisa e aí no alto da mesma serra meteram um marco de pedra.

* o sesmeiro tomou posse em 04 de outubro de 1798.

Fl09
PROCURAÇÃO
Procurador nomeado - ANTÔNIO BUENO FEIO.
Data - 24 de setembro de 1798
Local - Lavras
Que faz - Felizarda Mathilde de Morais Salgada
FINS - Para aceitar a cessão das terras de uma sesmaria que fez o capitão João da Silva Ribeiro de Queirós.
Anônimo disse…
O Sargento Mor JOÃO DA SILVA RIBEIRO DE QUEIRÓS foi marido de dona Felisarda - Felizarda Mathildes de Moraes Salgada (Morais) (Matilde) (Matildes). Há uma referência de que dona Felisarda poderia ter buscado uma segunda núpcias. Aí, aparece a figura de DOMINGOS BARREIROS. Cf.:
Minas Patriarcal, p.215.
Silvia Maria Jardim Br´ugger. 2007. Minas Patriarcal - Família e Sociedade, São João del Rei, Séc. ...

No inventário de dona JOANA BATISTA BUENA DE MACEDO, viúva de Diogo Bueno da Fonseca. 1789. Cx.369, o Sargento-mor João da Silva Ribeiro de Queirós, já falecido, é citado em DÍVIDAS PASSIVAS.

- a Terra Santa

- ao falecido Sargento Mor João da Silva Ribeiro de Queirós

- capitão João de Deus Alves de Azevedo

- Revdo. Pe. Manoel da Costa, capelão da Capela de N. Sra. do Rosário.

- Revdo. Pe. José da Costa, vigário da Freg. de Santa Ana das Lavras do Funil.

- Irmandade das Almas da Freguesia das Lavras do Funil.

- cobrador dos Dízimos, o Capitão Francisco Gonçalves Lapa.

Cf.: Projeto Compartilhar
Inv. de Joana Batista Buena de Macedo.
Anônimo disse…
Transcrição de documento por Edriana Aparecida Nolasco por solicitação do Projeto Partilha.
Tipo de documento - Inventário
Ano - 1876 caixa 46
Inventariado - Antônio Pereira de Carvalho
Inventariante - José Antônio Ribeiro de Carvalho.
Local - São João del Rei.

Fl.02
Levo ao conhecimento de V. Sa. que no dia primeiro de agosto do corrente ano faleceu sem Testamento no estado de solteiro e sem descendentes ou ascendentes porém com irmãos legítimos notoriamente reconhecidos.

Fl.06
DECLARAÇÃO
(...) declarou o Inventariante JOSÉ ANTÔNIO RIBEIRO DE CARVALHO que seu irmão faleceu no estado de solteiro e sem descendência e sem Testamento no dia primeiro de agosto do corrente ano de mil oitocentos e setenta e seis.

HERDEIROS
01 - Antônio Ribeiro de Carvalho, casado.

02 - José Antônio Ribeiro de Carvalho, casado.

03 - Francisco Antônio de Carvalho, casado.

04 - Manoel Antonio de Carvalho, casado.

05 - Manoel Ribeiro de Carvalho, casado com a irmã do falecido.

06 - Joaquim Antônio de Carvalho, casado.

07 - José Francisco de Carvalho, solteiro com vinte anos, de quem é tutor ele inventariante.

Fl. 08v.
ANIMAIS - 19 vacas; 07 novilhas; 04 novilhas; 04 bezerros; 02 garrotinhos; 01 cavalo.

ESCRAVOS - 01

BENS DE RAIZ

- parte nas benfeitorias do Sítio denominado Retiro 100$000

- parte na Fazenda do Tejuco200$000

- oito alqueires de cultura no sítio supra dito 480$000

- quarenta e dois alqueires de campos 2:100$000

- Em dinheiro 857$000

Fl.10
DO AUTO DE INVENTÁRIO (Fragmento)
Pai do Inventariado - falecido ANTONIO RIBEIRO DE CARVALHO (pai do inventariado).

Fl.13
PROCURAÇÃO
Procurador nomeado - Doutor João Batista Pimentel Lustosa.
Data - 30 de outubro de 1876.
Local - São João del Rei
Que faz - José Antônio Ribeiro de Carvalho.

Monte mor 8:260$388
monte líquido 6:992$406
monte partível 6:985$406
legítima a cada herdeiro 997$915
Anônimo disse…
Dona Júlia Maria do Nascimento, casada com Miguel Lopes da Silva descende de Diogo Garcia. Miguel Lopes faleceu em 1793. O casal morava na Fazenda CACHOEIRA DO CAMPO, em Lavras. Seus vizinhos eram os "Pedrosas", o Alferes José Pereira de Carvalho e a viúva e os herdeiros de Manoel Lopes Pinto. As terras da FAZENDA CACHOEIRA DO CAMPO eram vizinhas também, pelo leste de terras de DOMINGOS ANTONIO PEREIRA, conforme transcrição abaixo. Domingos Antonio pereira faleceu em 07.12.1775 deixando testamento ditado pelo mesmo e escrito por João da Costa Lima.
Na descendência de Júlia Maria do Nascimento há vários casamentos ocorridos nas famílias: "Moraes"; "Mafra" "Gonçalves Valim"; "Rodrigues Terra" e "Terra"; "Souza Melo"; "Borges da Costa"; "Viera da Fonseca"; "Alves Campos" e "Rodrigues Goulart". A sexta filha de Júlia e Miguel, dona Madalena Maria de Jesus, casada com Manoel Gonçalves Braga, foram pais, entre outros, de Teresa Vitória de Jesus (ou das Dores) que foi casada com o alferes Manoel Antonio Pereira, filho de Domingos Antonio Pereira. Há outro casamento na mesma família. Vamos a transcrição:

Documento de Sesmaria transcrito por Edriana Aparecida Nolasco por solicitação do Projeto Partilha.
Ano - 1797 caixa - 02
Sesmeira - Catherina Domingas da Cruz.
Local - Fazenda da CACHOEIRA DO CAMPO. Freguesia das Lavras do Funil. Termo da Vila de São João del Rei.

Fl.01
AUTOS DE MEDIÇÃO DE UMA SESMARIA DE MEIA LÉGUA.
Data - 03 de novembro de 1797.
Local - Fazenda da Cachoeira do Campo. Freguesia das Lavras do Funil. Termo da Vila de São João del Rei. Comarca do Rio das Mortes em casas de morada de dona JÙLIA MARIA DO NASCIMENTO.

Fl.03
CARTA DE SESMARIA
(...) por sua Petição CATHERINA DOMINGAS DA CRUZ moradora na Aplicação da senhora do Rosário. Freguesia das Lavras do Funil. Termo da Vila de São João. Comarca do Rio das Mortes que na Paragem chamada o TIJUCO se acham terras devolutas que confrontam com as de JÚLIA MARIA DO NASCIMENTO; o Pe. Jerônimo Pereira de Carvalho; Antônio José Ferreira; José Antônio Sobral e com Ana de Almeida (...)
(continua)

Lembrando que MANOEL ANTONIO RATES (Rattes) e sua família vieram para a CACHOEIRA do Ribeirão do Carmo ou Capetinga(Capitinga) posteriormente denominada "DE RATES' "DE RATTES", procedente da Aplicação da Senhora do Rosário, Freguesia das Lavras do Funil. Termo da Vila de São João del Rei. Comarca do Rio das Mortes.
Anônimo disse…
(continuação)
Sesmaria. 1797. Catherina Domingas da Cruz.

Fl.06
AUTO DE MEDIÇÃO E DEMARCAÇÃO
Data - 14 de novembro de 1797.
Local - Fazenda do Tijuco (Tejuco) Aplicação da Capela de Nossa Senhora do Rosário. Freguesia das Lavras do Funil. Termo da Vila de São João del Rei. Comarca do Rio das Mortes.

(...) foi eleito para o lugar do Pião um morro alto de campo junto a vários lageados que verte ao Ribeirão das Lages defronte (ilegivel) de DOMINGOS ANTÔNIO PEREIRA.

(...)seguiram pelo rumo do norte e mediram trinta e uma cordas que findaram em um serrote de pedra que verte para um capão de mato que tudo verte do Rio Grande na PARGEM CHAMADA CACHOEIRA onde meteram um marco de pedra (...) e parte este rumo com terras de Ignácia Josefa e Ana de Almeida (...)

(...) pelo rumo do leste mediram quarenta e três cordas que findaram além do Ribeirão das Lages em um serrote por baixo do mais alto pico dele onde meteram o marco de uma pedra nativa (...) e parte este rumo com terras de Domingos Antônio e outros com os quais se fica dividindo pelo dito RIBEIRÃO DAS LAGES ABAIXO.

(...) pelo rumo do oeste mediram quarenta e duas cordas que findaram em uma chapada de campo vertente a um corgo que vai a situação de ANT?ONIO FERREIRA cai em a tapera que foi de BENTO BARRADAS e aí meteram um marco de pedra (...) e parte este rumo com terras do dito ANTÔNIO JOSÉ FERREIRA e CUSTÕDIO JOSÉ FERREIRA com os quais se fica dividindo por um valo que divide uma e outra fazenda até uma parede de pedra que vai pelo alto de um morro dividido as vertentes e do dito marco para cima segue a divisa pela cabeceira de um capão que está por baixo de um morro alto até o caminho que vem da situação do dito FERREIRA chamado Caeté para a entrada das LAVRAS DO FUNIL e por este caminho abaixo até o brejo onde mora IGNÁCIO MENDES DA SILVA e daí direto a dita estrada das LAVRAS onde parte com terras do Padre Jerônimo Pereira de Carvalho e tudo o que se achar compreendido nesta divisão.

(...) mediram pelo rumo do sul oitenta e quatro cordas que findaram em um lançante de mato de capoeira vertente ao corgo da Cruz onde meteram um marco de pedra (...) e parte este rumo com terras de (parte danificada).

* A sesmeira tomou posse em 15 de novembro de 1797.

Mais lidas no site

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt...

A organização do quilombo.

O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

Mais lidas nos últimos 30 dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...

Carmo da Cachoeira de 1800 até 1814

Carmo da Cachoeire: Leonor Rizzi e o poder do conhecimento histórico local Publicado neste site em 5 de fevereiro de 2009, o quadro intitulado “ Tabela Cronológica 9 – de 1800 até o Reino Unido ” , elaborado pela professora Leonor Rizzi , é mais do que uma sequência de datas: é um exercício de reconstrução paciente da história local a partir de vestígios dispersos. Em vez de olhar apenas para o “grande cenário” do Império português e das transformações políticas do início do século XIX, a autora acompanha, em detalhe, o que se passava na região que hoje reconhecemos como Carmo da Cachoeira : fazendas que se consolidam, capelas que se erguem, famílias que se fixam, instituições que se organizam. Esse tipo de pesquisa minuciosa, ancorada em registros paroquiais, inventários, sesmarias e documentação administrativa, devolve à comunidade algo que costuma ser monopolizado pelos manuais escolares: o direito de se reconhecer como sujeito da própria história. Ao relacionar acontecimentos lo...

Leonor Rizzi: O Legado do Projeto Partilha

Um Resgate da Memória de Carmo da Cachoeira A história de um povo é construída não apenas por grandes eventos, mas pelo cotidiano, pela fé e pelo esforço de seus antepassados. Em Carmo da Cachoeira , essa máxima foi levada a sério através de uma iniciativa exemplar de preservação e descoberta: o Projeto Partilha . Liderado pela Profª Leonor Rizzi , o projeto destacou-se pelo rigor acadêmico e pela paixão histórica. O intuito era pesquisar a fundo a origem de Carmo da Cachoeira, indo além do óbvio. A investigação buscou a documentação mais longínqua em fontes primárias, estendendo-se desde arquivos em Portugal até registros no Brasil, mantendo contato constante com pesquisadores de centros históricos como Porto , Mariana , Ouro Preto e São Paulo . A metodologia do projeto foi abrangente. Além da consulta a documentos genealógicos digitais, houve um trabalho minucioso nos Livros de Diversas Paróquias e Dioceses . Neste ponto, a colaboração eclesiástica foi fundamental: o clero da Paróq...

Mais Lidas nos Últimos Dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...