Pular para o conteúdo principal

Garota cachoeirense do início do século XX.


Ajude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço "comentários" para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região.

Próxima imagem: 103 anos de morte do Servo de Deus Padre Victor.
Imagem anterior: Teodoro Naves e Jacinta Rezende Naves.

Comentários

Anônimo disse…
Continuação. Batizados registrados na Paróquia do Carmo da Cachoeira, Minas Gerais. Ano de 1873.
Francisco, na Capela de São Bento do Campo Bello, filho legítimo de Joaquim Corrêa de Sousa e Ana Cândida de Jesus. Padrinhos: José Custódio Neves e Maria Constância de Jesus;
Joaquim, na Capela de São Bento do Campo Bello, filho legítimo de Manoel Joaquim de Oliveira e Maria Jacinta do Carmo. Padrinhos: Luciano A. de Oliveira e Mariana A. de Sousa;
João, na Capela de São Bento do Campo Bello, filho legítimo de Antonio Joaquim de Oliveira e Francisca Inácia Geracina. Padrinhos: José da Costa Geracino e Placedina de Sousa;
Maria, na Igreja Matriz, filha legítima de Elias Francisco Sobrinho e Jesuína Maria Umbelina. Padrinhos: José Antonio dos Reis e Carolina Cândida de Jesus;
Francisco, filho legítimo de João Fonseca e Maria do Carmo de Sousa, na Igreja Matriz. Padrinhos: José Matias de Sousa e Cândida Venâncio de Sousa;
na Igreja Matriz, filho de Pereira de Carvalho e Maria Rita da Silva. Padrinhos: João Ludgero do Nascimento e Rita Antonio Domingos;
Maria, filha legítima de Joaquim Francisco de Sousa e dona Maria Teodora de Jesus, na Igreja Matriz. Padrinhos: Joaquim Pinto da Costa e Francisca Cândida de Paula (ou Silva);
Teodora, na Igreja Matriz, filha de Antonio Manoel Pinho e Marciana Cândida de Jesus. Padrinhos: Antonio Bruno da Silva e Rita Cândida dos Impossíveis.
(continua)
Anônimo disse…
103 anos se passaram desde a morte do Servo de Deus, PADRE VICTOR.

O Pároco da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo esteve na Cidade de Três Pontas celebrando missa. Com ele, o Coral, coordenado por Teresa Maciel Nascimento. Após a cerimônia, Padre Roberto, de Três Pontas, conversando com o grupo disse que, fazia parte da rotina de Padre Victor a visita as Fazendas limítrofes. Assim, muitas vezes havia pisado em solo cachoeirense. Ao Pe. Victor nossa gratidão e respeito. Um pedido ao Criador: que a Luz Interna, presente na consciência deste SER, seja continuamente fortalecida e irradiada a todos nós.
Anônimo disse…
PADRE VICTOR.
Possuía os traços típicos da raça negra, lábios grossos, nariz chato, cabelos encarapinhados e calvície acentuada, como se vê nas fotos, bem como no busto existente na praça principal da cidade. Não era alto, mas bastante robusto. Natural da Cidade de Campanha (MG), onde viveu até os 22 anos de idade, era filho de Lourença Justiniana (ou Maria) de Jesus, solteira e escrava. Foi batizado, em 20 de abril de 1827, em Campanha (MG), foram seus padrinhos Feliciano Antônio de Castro e Mariana Bárbara Ferreira. Sua madrinha sempre o protegeu, educando-o com esmero. Aprendeu o ofício de alfaiate, mas sempre demonstrou vontade de ser padre. Quando de uma visita pastoral à Campanha (MG), o Bispo de Mariana, Dom Antônio Ferreira Viçoso, ficou conhecendo o jovem filho de escrava que desejava estudar bastante, a fim de atingir seu ideal. Sua madrinha o preparou para o seminário. Partiu com destino a Mariana e, em 5 de julho de 1849, iniciou seus estudos. Dom Viçoso o escolheu para seu fâmulo. Em Velhos Troncos Mineiros, Cônego Trindade, ed. 1955 vol. II - nota p.5 diz: O padre Francisco de Paula Victor, no período de 1849/1851, exerceu as funções de fâmulo de Dom Antônio Ferreira Viçoso. Foi ordenado em 14 de junho de 1851, quase dois anos após o início de seus estudos, comprovando assim seus conhecimentos e capacidade intelectual. Após sua ordenação, exerceu as funções de coadjutor em Mariana, até que, em 18 de julho de 1852, foi nomeado vigário encomendado da freguesia de Três Pontas, para substituir Padre Bonifácio Barbosa Martins, já bastante idoso e doente. Em 7 de outubro de 1861, foi colado à paróquia. Em 24 de maio de 1862, foram encetados os trabalhos da construção do corpo da igreja, pois a antiga capela de Nossa Senhora da Ajuda, não obstante a ampliação ocorrida em 1770, tornara-se pequena para a população. Padre Victor recebeu a contribuição muito valiosa do Coronel João Cândido dos Reis para a construção do corpo da igreja. Além das atividades sacerdotais, destacou-se como professor de latim, francês e música no Colégio Sacra-Família do qual foi o fundador. Muitos foram os seus biógrafos, de cujas obras, parte destes dados foi extraída, dentre os quais, destacamos: João de Abreu Salgado (Magnus Sacerdotos. Primeira edição), Mons. Victor Rodrigues de Assis (Vida e Vitórias de Mons. Francisco de Paula Victor, Linot. S. J. Rio Preto, edição, 1973, Mons. José do Patrocínio Lefort (Padre Victor, o campanhense trespontano, terceira edição, 1995) e Doutora Maria Rogéria Mesquita (Padre Francisco de Paula Victor "O Homem de Deus para o Mundo", primeira edição, 2002). Quando de seu falecimento, foi transportado pelas ruas da cidade no mesmo esquife usado nas procissões de Nosso Senhor Morto e o féretro foi acompanhado por uma multidão. Em 16 de maio de 1993, foi instalado o Tribunal Eclesiástico, com a finalidade de viabilizar sua beatificação. A data de 23 de setembro é cultuada pelos devotos de Padre Victor, milhares de devotos, de várias partes de Minas e mesmo de outros Estados, aqui comparecem, a fim de pagar suas promessas e orar para o Servo de Deus. (12-ABR-1827 - 23-SET-1905).
Anônimo disse…
Cônego Francisco de Paula Victor.

CERTIDÃO DE BATISMO, arquivada no Processo de Ordens, atualmente no Bispado da Campanha, está assim registrada no livro n.10, folha 52:

"Aos vinte de abril de mil oitocentos e vinte e sete o Padre Manuel Antônio Teixeira de licença batizou solenemente a FRANCISCO filho natural de Lourença Maria de Jesus; foram padrinhos Feliciano Antônio de Castro por procuração que apresentou a seu irmão José Antonio de Castro, e dona Mariana de Santa Bárbara Ferreira.".
Monsenhor José do Patrocínio Lefort,
Chanceler do Bispado de Campanha."

Dados obtidos às fls.141, da Obra "A História de Três Pontas", de Amélio Garcia de Miranda. Primeira edição. 1980. Editora JC. Belo Horizonte.
Anônimo disse…
Na próxima segunda-feira, dia 22, após a missa das 18 horas, Padre André Luiz da Cruz, Pároco da Igreja Matriz de Carmo da Cachoeira, Minas Gerais, dará a benção aos fiéis que, em caminhada seguirá, acompanhada de seu PASTOR e a pé, até a cidade de Três Pontas. O ato é para homenagear o Servo de Deus, PADRE VICTOR, por ocasião do aniversário de sua morte. Passaram-se 103 anos, e os fiéis cristãos mineiros não o esquecem. Que esta caminhada seja mais uma, entre as muitas idealizadas pela Paróquia, com o intuito de elevação de nossas consciências. Que Deus nos abençoe, agora e sempre. Luz em nossa trajetória, é o que incessantemente pedimos.
Anônimo disse…
Projeto Partilha informa:

Todos os domingos, às 10 hora e 30 minutos, é celebrada a Santa Missa na Matriz de Nossa Senhora D´Ajuda, `Três Pontas - Minas Gerais, pela Beatificação do Padre Victor, com a presença dos devotos e romeiros. É o momento em que os presentes recebem do sacerdote celebrante uma bênção especial.
No Memorial Padre Victor, situado na Praça Cônego Victor, n.45, as pessoas poderão conhecer objetos que pertenceram ao Servo de Deus e adquirir lembranças. No Memorial, a Associação Padre Victor registrará as romarias, os visitantes e as graças alcançadas.
Sempre que alcançarem graças através da intercessão do Servo de Deus, Padre Victor, escrever relatando, ou vindo a Três Pontas, procurar o Memorial Padre Victor para dar o seu testemunho. Procurem divulgar o Servo de Deus para seu vizinho, pessoas conhecidas; enfim, para todos, solicitando sempre muitas orações para que, em breve, Padre Victor seja beatificado.

Associação Padre Victor de Três Pontas
Praça Cônego Victor, n.45 - Três Pontas - MG
CEP 37-190-000 - telefax 0xx35 3265-2627
www.padrevictor.com.br
e-mail - padrevictor@tpnet.psi.br

Equipe Organizadora:
Associação Padre Victor de Três Pontas - MG.
Anônimo disse…
Continuação. Batizados. Ano 1873.
Ana, na Capela de São Bento do Campo Bello, filha legítima de José Alves da Silva e de Messias Cândida de Jesus. Padrinhos: Antonio Alves Terra Martins e Maria Luciana Mello;
Maria, na Capela de São Bento do Campo Bello. Padrinhos: Manoel Francisco Gomes e Custódia Maria de Jesus;
Francisco, na Igreja Matriz, filho legítimo de Ildefonso Monteiro de Azevedo e Ana Maria de Jesus. Padrinhos: Tomé Monteiro da Costa e Maria Francisca de Jesus;
Manoel, na Capella de São Bento do Campo Bello, filho legítimo de Manoel Ignácio da Costa e Cândida Alexandrina. Padrinhos: José Fernandes Avelino e Maria Carolina de Mello;
Ana, na Capela de São Bento do Campo Bello, filha legítima de Antonio Gabriel Siqueira e Ana Marcelina de Jesus. Padrinhos: Antonio Egídio Lopes e Maria Garcia Duarte;
Maria, na Ermida da Fazenda das Abelhas, filha legítima de Jesus Alves de Figueiredo e Cândida Nicésia de Resende. Padrinhos: Severino Ribeiro de Resende e Joaquina Maria de Jesus;
Ana, na Ermida da Fazenda das Abelhas, filha legítima de Teodoro Antonio Naves e Jacinta Leopoldina de Resende. Padrinhos: Joaquim Pedro de Resende e Umbelina Rosa Naves;
Ana, na Igreja Matriz, filha de José Roberto da Silva e de Ana Dina de Jesus. Padrinhos: Domingos Alves Teixeira e Francisca Teixeira de Carvalho;
Maria, na Igreja Matriz, filha legítima de Trajano José Avelino e Edwiges Teresa da Conceição. Padrinhos: José Fernandes Avelino e Maria Teodósia Ferreira.
(continua)
Anônimo disse…
O jornal "A Gazeta do Sul", de 20/SET/1970, publica o seguinte texto, escrito por Louize Moreira Tiso:

O Santo Padre Victor.

A data de 23 de outubro é, para Três Pontas, uma das mais alegres e felizes.
Sim: alegre e feliz porque se comemora o aniversário da morte do sempre saudoso e presente Cônego Victor.
Não há contra-senso na afirmativa, uma vez que, para a Igreja e, por conseguinte, para nós, católicos, a data festiva dos santos é, justamente, aquela que marca a sua morte, a sua passagem da vida terrestre para a glória do céu.
Foi, pois, em 23 de setembro de 1905 que passamos a ter um protetor, um anjo da guarda de todo trespontano, um santo conterrâneo no céu.
Embora nascido em Campanha, aqui viveu 53 anos, como verdadeiro bom filho da terra, amigo e benfeitor daqueles que tiveram a honra de com ele conviver.
O Pe. Francisco de Paula Victor, não foi apenas o diretor espiritual, o sacerdote zeloso, mas também o líder completo que sentiu a necessidade de promover os seus paroquianos, de dar-lhes instrução. Para isso fundou um colégio que se instalou com grande número de alunos. E esse educandário, com organização perfeita, adquiriu conceito igual ao do Colégio do Caraça.
Nele fizeram o curso de humanidades, brasileiros de grande projeção social, como: o Bispo D. João de Almeida Ferrão; o Jurisconsulto Manoel Inácio Carvalho de Mendonça; João Paulo Barbosa Lima, que pertenceu ao Supremo Tribunal Militar; os médicos: Josino de Paula Brito, Samuel Libânio e João Corrêa de Souza Carvalho e professores como Antônio Vieira Campos, Antônio Delcídio do Amaral e outros. Pe Victor fez de muitos filhos de famílias humildes, homens de cultura que passaram a viver da inteligência.
Podemos afirmar que a cultura da cidade e, ainda, fruto da atividade educativa do Padre Victor que legou aos pósteros o amor à instrução e ao aprimoramento do gosto artístico.
Confirmando a liderança do caridoso vigário, transcrevemos, do livro "Magnus Sacerdotos", de autoria do grande educador Professor João de Abreu Salgado que aqui dirigiu o Grupo Escolar Cônego Victor por muitos anos, o capítulo que considera como feito heróico a atuação do biógrafo, no seguinte caso: "Sabe-se que era desejo de Pedro II extinguir paulatina e suavemente a escravidão no Brasil, o que vinha realizando.
De fato, a lei Matoso Câmara vedou o tráfico africano: a partir de 1850, não entraram mais no Brasil os nascituros: a partir de 1871, ninguém nascia mais escravo no Brasil.
Assim a extinção se completaria automaticamente, pelo desaparecimento dos escravos existentes.
Mas não se satisfez com isso o magnânimo imperador: aplicou meios de emancipação, sem prejuízo de proprietários de escravos.
Permitiu, por lei, a formação, em cada comarca, da junta abolicionista, que se encarregava de promover a aquisição da liberdade pelos cativos, mediante a justa indenização aos senhores.
É sabido que admiradores de Pedro II pretenderam homenageá-lo, erigindo-lhe, em vida, uma estátua, e que ele recusou a honra, pedindo que o dinheiro a investir-si na construção do projetado monumento, fosse empregado na libertação dos escravos.
As juntas, constituídas de filantropo, recebiam auxílio do governo, angariavam por si outros, sendo que, algumas vezes, os próprios libertandos tinham sua economia.
A junta requeria ao Juiz de Direito a inscrição do escravo candidato à alforria. O Juiz nomeava árbitros para calcularem o valor do escravo inscrito. Dado o laudo, a junta depositava a importância louvada, que ficava à disposição do senhor, e o Juíz expedia ao escravo a carta de alforria.
Bela instituição, que só podia nascer do coração generoso de Pedro II.
Em três Pontas, a junta abolicionista se instalou sob a presidência do Sr. Custódio Vieira de Brito, pertencente a distinta família local e diligente advogado licenciado.
A junta de Três Pontas requereu a inscrição de dois escravos pertencentes a abastados fazendeiros.
Para isso, os escravos deixaram as fazendas e se refugiaram em casa do presidente da junta, onde se fizeram serviçais.
Os fazendeiros, pessoas de muita consideração, mas de pouca compreensão, viram no procedimento do advogado, mais um abuso, uma insolência.
Combinaram reagir, e o fizeram. Padre Victor empunha o crucifixo e corre à entrada da cidade.
Aí a estrada terminava em corredor entre valos.
Ali Padre Victor posta-se e espera. No momento oportuno, apresenta-se a brada: - Entrem!... entrem!... mas passem por cima do cadáver do Vigário!
O bando estaca ante a espessa muralha moral, que inopinadamente se erguia para poupar a cidade de uma cena vandálica.
O imprevisto abateu o ânimo àqueles homens.
Houve silêncio.
Os chefes se consultaram.
Um viva ao Padre Victor altissonou de uma salva tiroteada.
E a turba regressou.
Cônego Victor nunca teve dinheiro e pouco interesse demonstrava ao vil metal, mas mesmo assim praticou o bem a mancheia".
A caridade foi o apanágio de sua vida. Três Pontas ergueu-lhe um monumento, tendo a encimar-lhe o venerando busto o símbolo da Caridade, com a inscrição:

"Sua vida foi um evangelho.
Sua memória a consagração eterna
de um exemplo vivo".
Assim o dia 23 de setembro tornou-se o dia mais movimentado da cidade e o de maior peregrinação de forasteiros.
Louize Moreira Tiso.

Mais lidas no site

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt...

A organização do quilombo.

O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

Mais lidas nos últimos 30 dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...

Carmo da Cachoeira de 1800 até 1814

Carmo da Cachoeire: Leonor Rizzi e o poder do conhecimento histórico local Publicado neste site em 5 de fevereiro de 2009, o quadro intitulado “ Tabela Cronológica 9 – de 1800 até o Reino Unido ” , elaborado pela professora Leonor Rizzi , é mais do que uma sequência de datas: é um exercício de reconstrução paciente da história local a partir de vestígios dispersos. Em vez de olhar apenas para o “grande cenário” do Império português e das transformações políticas do início do século XIX, a autora acompanha, em detalhe, o que se passava na região que hoje reconhecemos como Carmo da Cachoeira : fazendas que se consolidam, capelas que se erguem, famílias que se fixam, instituições que se organizam. Esse tipo de pesquisa minuciosa, ancorada em registros paroquiais, inventários, sesmarias e documentação administrativa, devolve à comunidade algo que costuma ser monopolizado pelos manuais escolares: o direito de se reconhecer como sujeito da própria história. Ao relacionar acontecimentos lo...

Leonor Rizzi: O Legado do Projeto Partilha

Um Resgate da Memória de Carmo da Cachoeira A história de um povo é construída não apenas por grandes eventos, mas pelo cotidiano, pela fé e pelo esforço de seus antepassados. Em Carmo da Cachoeira , essa máxima foi levada a sério através de uma iniciativa exemplar de preservação e descoberta: o Projeto Partilha . Liderado pela Profª Leonor Rizzi , o projeto destacou-se pelo rigor acadêmico e pela paixão histórica. O intuito era pesquisar a fundo a origem de Carmo da Cachoeira, indo além do óbvio. A investigação buscou a documentação mais longínqua em fontes primárias, estendendo-se desde arquivos em Portugal até registros no Brasil, mantendo contato constante com pesquisadores de centros históricos como Porto , Mariana , Ouro Preto e São Paulo . A metodologia do projeto foi abrangente. Além da consulta a documentos genealógicos digitais, houve um trabalho minucioso nos Livros de Diversas Paróquias e Dioceses . Neste ponto, a colaboração eclesiástica foi fundamental: o clero da Paróq...

Mais Lidas nos Últimos Dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...