Pular para o conteúdo principal

Evento na praça do Carmo em Carmo da Cachoeira.


Ajude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço "comentários" para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região.

Comentários

Anônimo disse…
A foto é do HOTEL BRASIL, onde foi residência, e ainda hoje pertence aos herdeiros de JOÃO VILELA FIALHO, na Pça do Carmo, esquina com a rua Antonio Justiniano dos Reis. O Sr. Rubens, antigo morador da Fazenda das Abelhas e pertencente a tradicional Resende, conta-nos que, até pouco tempo mantinha guardada uma lembrança que apanhou lá no fundo de um "profundo valo", que era a referida rua. Quando era criança brincava com os amiguinhos pela cidade. O valo era um desafio a ser superado nas brincadeiras. Parece ter sido um local que dividia propriedades rurais. Segundo o Professor Wanderley Ferreira de Resende em Carmo da Cachoeira: Origem e Desenvolvimento, segunda edição, p.20, "Segundo os velhos cachoeirenses o terreno hoje ocupado pela cidade fora doado, uma parte, da Rua Antônio Justiniano dos Reis para leste, pelos Rattes e a outra parte pelo Tenente Coronel da Guarda Nacional, José Fernandes Avelino, fazendeiro, que fez construir e nele residiu, o velho casarão situado na esquina da Praça do Carmo, onde está hoje(1975) a casa do Sr. Júlio Garcia e antes pertencera a sua mãe, D. Felícia Ambrosina Garcia". Complementando a informação, o Projeto Partilha informa que, a citação feita pelo professor corresponde a casa de estilo colonial e centenária da rua Artur Tiburcio. Ela aparece na foto de ordenação do Pe. Godinho, pelo poente. A que aparece na foto de hoje, e que tinha um valo em sua lateral, está a um quarteirão de distância desta onde morou dona Maria Clara Umbelina e José Fernandes Avelino que, enviuvando-se, casou-se com dona Rita Victalina de Souza.
Anônimo disse…
Wamdeley Ferreira de Resende nos conta sobre OS BANDEIRANTES NA BOA VISTA(Cf. Carmo da Cachoeira: origem e desenvolvimento, p. 7. Segunda edição): "Não é tarefa muito fácil descobrir, no fundo de um passado às vezes obscuro, a origem de povoações que nasceram e cresceram no interior do Brasil, sem que tivessem um cronista que deixasse escrita a história de seu nascimento, bem como o nome de seus fundadores. Algumas, sabemos que surgiram à beira das estradas rasgadas nos sertões e liveram como marco inicial os ranchos de tropeiros ou aventureiros, que ousadamente penetravam o interior brasileiro, em busca de ouro ou pedras preciosas; outras, nasceram de capelas erguidas nas fazendas antigas pelos seus proprietários, porém muitas outras apareceram, não se sabe como nem porquê".

Em outro trech(p. 8, mesma edição):" Não confundamos esta BOA VISTA com aquela outra que, conforme o roteiro de Francisco Tavares de Brito, estava situada entre Pouso Alto e Caxambu. A fazenda da BOA VISTA foi fundada e pertenceu ao Capitão José Joaquim Gomes Branquinho". O Projeto Partilha informa que o referido capitão é descendente, através de sua mãe, da tradicional FAMÍLIA PAULISTA MORAES, e que a esposa do primeiro morador da CACHOEIRA DOS RATES, junto ao RIBEIRÃO DO CARMO, aos pés do Morro do Cruzeiro, e no Vale das Boiadas, MANOEL ANTONIO RATES era dona MARIA DA COSTA MORAES.
Anônimo disse…
Wanderley Ferreira de Resende, ajuda-nos a entender nossa localização no imenso território da Comarca do Rio das Mortes. Utilizando o termo "Deserto", que o Projeto Partilha substitui por "Sertão", após o trabalho conceitual do termo pela historiadora MÁRCIA AMANTINO, e por encontrar essa referência em maior número entre os documentos consultados, diz (Cf. p. 11, segunda edição: "Sabemos que as terras localizadas mais ou menos a noroeste (aqui referência a São Bento Abade) é onde se encontra situado o Município de Carmo da Cachoeira".
Anônimo disse…
Complementando os dados anteriores, aparece p. 12, da mesma edição: " Quanto ao local onde se encontra a cidade, sabemos que tinha o nome de SÍTIO DA CACHOEIRA e pertencia, pelo menos em parte, aos Rattes e cuja casa de residência ficava logo acima do atual(1975)matadouro municipal e nela residiu mais tarde, até a sua morte, o sr. Adelino Eustáquio de Carvalho, Escrivão de Paz que antecedeu ao sr. José Godinho Chagas".
Anônimo disse…
Jorge Fernando Vilela, nosso colaborador, profundo conhecedor das origens do município de Carmo da Cachoeira - MG, pelo estudo que vem desenvolvendo há 20 anos e cujo conteúdo está em sua obra a ser lançada O SERTÃO DO CAMPO VELHO e pela sua própria origem, CACHOEIRENSE, filho e neto de outros cachoeirenses ilustres, nos informa com precisão sobre a casa presente na foto. Diz ele: "residência do Sr. Átila, pai do Sr. Nilo Villela. As pessoas estão assistindo ao evento das "Missões que aconteceram em 1950". Gratidão, Jorge. Permaneça conosco agora e sempre.
Anônimo disse…
Todos os dados contidos na referência feita a Rua Antonio Justiniano dos Reis estão corretos. Talvez Jorge Fernando Vilela possa nos ajudar a identificação do local da casa do Sr. Átila.
Anônimo disse…
Dona Leda, viuva do Sr. Nilo, filho de seu Átila ainda mora no mesmo nesta propriedade, hoje modificada. É uma pessoa muito conhecida em Cachoeira. Hoje ela vizinha do Pe. André, residente na Casa Paroquial. Na ocasião em que foi feita esta foto, a confrontante era a dona Juarina. O Projeto Partilha já fez referência a ela ao tratar do genealogista Ary Florenzano e ao primeiro telefone público da cidade.

Mais lidas no site

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt...

A organização do quilombo.

O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

Mais lidas nos últimos 30 dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...

Carmo da Cachoeira de 1800 até 1814

Carmo da Cachoeire: Leonor Rizzi e o poder do conhecimento histórico local Publicado neste site em 5 de fevereiro de 2009, o quadro intitulado “ Tabela Cronológica 9 – de 1800 até o Reino Unido ” , elaborado pela professora Leonor Rizzi , é mais do que uma sequência de datas: é um exercício de reconstrução paciente da história local a partir de vestígios dispersos. Em vez de olhar apenas para o “grande cenário” do Império português e das transformações políticas do início do século XIX, a autora acompanha, em detalhe, o que se passava na região que hoje reconhecemos como Carmo da Cachoeira : fazendas que se consolidam, capelas que se erguem, famílias que se fixam, instituições que se organizam. Esse tipo de pesquisa minuciosa, ancorada em registros paroquiais, inventários, sesmarias e documentação administrativa, devolve à comunidade algo que costuma ser monopolizado pelos manuais escolares: o direito de se reconhecer como sujeito da própria história. Ao relacionar acontecimentos lo...

Leonor Rizzi: O Legado do Projeto Partilha

Um Resgate da Memória de Carmo da Cachoeira A história de um povo é construída não apenas por grandes eventos, mas pelo cotidiano, pela fé e pelo esforço de seus antepassados. Em Carmo da Cachoeira , essa máxima foi levada a sério através de uma iniciativa exemplar de preservação e descoberta: o Projeto Partilha . Liderado pela Profª Leonor Rizzi , o projeto destacou-se pelo rigor acadêmico e pela paixão histórica. O intuito era pesquisar a fundo a origem de Carmo da Cachoeira, indo além do óbvio. A investigação buscou a documentação mais longínqua em fontes primárias, estendendo-se desde arquivos em Portugal até registros no Brasil, mantendo contato constante com pesquisadores de centros históricos como Porto , Mariana , Ouro Preto e São Paulo . A metodologia do projeto foi abrangente. Além da consulta a documentos genealógicos digitais, houve um trabalho minucioso nos Livros de Diversas Paróquias e Dioceses . Neste ponto, a colaboração eclesiástica foi fundamental: o clero da Paróq...

Mais Lidas nos Últimos Dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...