Pular para o conteúdo principal

Manuel da Costa Gouveia

Manuel da Costa Gouveia, não era antepassado da família "Dias de Gouveia" em Carmo da Cachoeira e nem sua sesmaria se localizava aqui, junto ao ribeirão Couro do Cervo.

Nas palavras de Mourão (2007), em sua história sobre Carmo da Cachoeira, Os Gouveias e os Costas “tiveram suas origens através de Manoel da Costa Gouveia, pois as terras deste divisavam com o ribeirão Couro do Cervo, bem como com a roça do jesuíta Antonio Pacheco...” [1]

São informações incorretas, conforme comprovaremos a seguir:

Quanto à família Dias de Gouveia

O patriarca da família Dias Gouveia em Carmo da Cachoeira foi Antonio Dias de Gouveia, que fundou a fazenda da Ponte Falsa em sesmaria que regularizou em 17 de setembro de 1770, na Paragem do Cervo e Bom Caldo. (APM – SC-172, p. 57v.)

Vamos deixar ele mesmo falar sobre sua origem, transcrevendo declarações suas, no seu testamento, aberto quando de seu falecimento na Fazenda Ponte Falsa, em 04 de junho de 1790. Está lá, no site do Projeto Compartilhar:

“Declaro que sou natural da Freguesia de São Pedro de Roriz do lugar de Lamassa, Arcebispado de Braga, filho legítimo de João Dias de Gouveia e de Maria Álvares Barbosa, já defuntos, e que sou casado em legítimo matrimônio com Ana Tereza de Jesus, de quem temos dez filhos.” (http://br.geocities.com/projetocompartilhar3/antoniodiasdegouveia1789.htm)

Quanto a Manoel da Costa Gouveia, ele teve apenas um filho, José Joaquim da Costa Gouveia, nascido no Brasil e, como se vê, não há possibilidade de haver ligação entre eles.

Quanto à localização da sesmaria de Manoel da Costa Gouveia

Esse é um equívoco que permeia todo o livro. A afirmação de que as terras de Manoel da Costa Gouveia divisavam com o ribeirão Couro do Cervo e que aí também havia a roça do jesuíta Antonio Pacheco é uma informação infundada.

Manoel da Costa Gouveia obteve sua primeira sesmaria em 11 de março de 1718, (APM, SC 12, 07). Consultando Carrara (1999), fonte utilizada pela historiadora para localizar sua sesmaria na tal “Paragem do Ribeirão da Boa Vista”, encontramos a localização da sesmaria, bem como das roças do tal jesuíta Antonio Pacheco.

Segundo Carrara, a sesmaria de Manuel da Costa Gouveia, concedida em 1718, com ½ légua, se localizava no termo da Vila de São João Del Rei, vizinha da roça que foi do religioso frei Antonio Peixoto, e não “Pacheco” como consta no livro da historiadora. [2] O texto não deixa dúvidas quanto à localização da sesmaria de Manuel da Costa Gouveia no termo da Vila de São João Del, distante, portanto, de Carmo da Cachoeira.

Para esclarecer de vez a questão, vamos deixar falar João Pereira de Carvalho, transcrevendo declaração sua em seu testamento, aberto após sua morte em 24 de julho de 1752: “Declaro que possuo uma fazenda de matos situada no Rio Grande donde assisto que houve por compra que fiz ao Capitão Mor João de Toledo e a Miguel Pires Barreto e ao Alferes Joseph da Costa Moraes e ao Capitão Mor Manoel da Costa Gouveia”. [3]

Ou seja, João Pereira de Carvalho comprou as terras que foram de Manoel da Costa Gouveia, que eram anexas às terras da família de João de Toledo Piza Castelhanos, também compradas por ele. Essa foi a origem de sua fazenda do Rio Grande, na passagem do rio, chamada de Porto do Saco, nas vizinhanças de Carrancas.

Era lá a sesmaria de Manuel da Costa Gouveia e não em Carmo da Cachoeira.

Jorge Vilela, 26/02/2008

[1] MOURÃO, Maria da Graça Menezes Mourão, 2007:131
[2] CARRARA, Ângelo Alves, Contribuição para a História Agrária de Minas Gerais – séculos XVIII – XIX -1999 –Mariana MG – p. 44.
[3] AMATO, Marta, A FREGUESIA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DAS CARRANCAS E SUA HISTÓRIA -1996 – Edições Loyiola – São Paulo – p. 253 a 260.

Comentários

Anônimo disse…
Parabéns Jorge Vilela. É assim que se faz história. Deixando o cara falar dele.Ainda bem que aquele pessoal era organizado e registrava tudo. Só que dá trabalho para remexer arquivo. Sei, por que faço isso na Universidade.
Anônimo disse…
Jorge. O mestre e o criador do Brasão da Cidade. Moro em Pouso Alegre e sigo diariamente este blog. Entre os comentários de ontem, um me chamou a atenção. Fazia referência ao Brasão da Cidade. Nele em letras garrafais:VALORES IMPERECÍVEIS: CULTURA E LIBERDADE DE UM POVO.
Valores propagados pelo século XXI. Parabéns Pe. André. Parabéns TSBovaris.
Anônimo disse…
Olha, não é que o Brasão da Cidade de Carmo da Cachoeira Minas Gerais foi de autoria de meu grande amigo Dr. Jorge Fernando Vilela. O trabalho nos distanciou.Tabalhei algum tempo aí, hoje estou no norte do Brasil e sigo diariamente este blog. Sou ligado a pesquisas. Parabéns a Carmo da Cachoeira. Parabéns ao capacitado TS Bovaris.
Anônimo disse…
História se faz assim. Dando tratamento a cada homem que tenha pisado o chão. Cada um teve sua participação. A história saberá dar a todos o referido valor. Aí, e de alguma forma a história se fez. Pelo respeito aos antepassados que deixaram legados, hoje usufruido pelas novas gerações, nossa gratidão, respeito e amor.
Anônimo disse…
Estou longe deste pedaço de chão, berço de meus ancestrais. A idade e as condições físicas limitadoras impedem-me em colaborar. Jorge, receba deste ancião benções. Peço a Deus que lhe dê força em sua empreitada. Meu bisneto, carinhosamento e todos os dias faz a leitura dos textos do blog. Peçoa Deus que ilimine cada vez mais o TS Bovaris e o Pe. André, já meu conhecido de tanto que falam dele no blog.
Anônimo disse…
A era da globalização não autoriza ficar espaços em branco. Carmo da Cachoeira, realmente necessita ter sua história complementada. A riqueza do livro escrito pelo Prof. Wanderley,um dia será percebida. Vi um exemplar dele na Diocese de Campanha, no setor de pesquisas. O Prof. sem escrever disse. Algumas poucas coisas, talvez necessite de ser esclarecida, mas o espírito do livro fala tudo. Estou familiarizado com a forma mais antiga utiliza para dizer o que não era para ser dito. Ele o fez.
Anônimo disse…
Jorge Vilela, TS Bovaris num espírito altruísmo, que demostram ser grandes almas, despretenciosamente ofertam seu trabalho de grande relevância cultural e histórica. São os representantes do homem do século XXI. Esses seres perceberam valores internos. O Jorge até representou, pelos comentários que tenho lido, a busca de valores imperecíveis. Parabéns a Dom Diamantino, Bispo da Diocese de Campanha pelo seu lema: Alegria. Ela reflete.
Anônimo disse…
Já virou rotina do meu dia-a-dia, visitar este blog. De bom nível e levado por gente de garra, despretenciosa e altamente capacitada. Conheci Carmo da Cachoeira ao comprar um livro de uma editora daí. Interessei-me em saber um poco sobre a cidade. Topei com o blog e me afeiçoe a ele.
Parabéns a todos.
Anônimo disse…
Trabalho com genealogia e tenho acompanhado este blog. Parabéns a cidade de Carmo da Cachoeira pela profundidade com que tem abordao os temos. Tenho visto discusões nas universidades que apontam blogspot.
Anônimo disse…
"Cachoeira é Cachoeira", São João del Rey é outra coisa. O que esperamos ouvir é história de Cachoeira, e não de São João del Rei. Brigadão Jorge. Você é 10, pô.

Mais lidas no site

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt...

A organização do quilombo.

O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

Mais lidas nos últimos 30 dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...

Carmo da Cachoeira de 1800 até 1814

Carmo da Cachoeire: Leonor Rizzi e o poder do conhecimento histórico local Publicado neste site em 5 de fevereiro de 2009, o quadro intitulado “ Tabela Cronológica 9 – de 1800 até o Reino Unido ” , elaborado pela professora Leonor Rizzi , é mais do que uma sequência de datas: é um exercício de reconstrução paciente da história local a partir de vestígios dispersos. Em vez de olhar apenas para o “grande cenário” do Império português e das transformações políticas do início do século XIX, a autora acompanha, em detalhe, o que se passava na região que hoje reconhecemos como Carmo da Cachoeira : fazendas que se consolidam, capelas que se erguem, famílias que se fixam, instituições que se organizam. Esse tipo de pesquisa minuciosa, ancorada em registros paroquiais, inventários, sesmarias e documentação administrativa, devolve à comunidade algo que costuma ser monopolizado pelos manuais escolares: o direito de se reconhecer como sujeito da própria história. Ao relacionar acontecimentos lo...

Leonor Rizzi: O Legado do Projeto Partilha

Um Resgate da Memória de Carmo da Cachoeira A história de um povo é construída não apenas por grandes eventos, mas pelo cotidiano, pela fé e pelo esforço de seus antepassados. Em Carmo da Cachoeira , essa máxima foi levada a sério através de uma iniciativa exemplar de preservação e descoberta: o Projeto Partilha . Liderado pela Profª Leonor Rizzi , o projeto destacou-se pelo rigor acadêmico e pela paixão histórica. O intuito era pesquisar a fundo a origem de Carmo da Cachoeira, indo além do óbvio. A investigação buscou a documentação mais longínqua em fontes primárias, estendendo-se desde arquivos em Portugal até registros no Brasil, mantendo contato constante com pesquisadores de centros históricos como Porto , Mariana , Ouro Preto e São Paulo . A metodologia do projeto foi abrangente. Além da consulta a documentos genealógicos digitais, houve um trabalho minucioso nos Livros de Diversas Paróquias e Dioceses . Neste ponto, a colaboração eclesiástica foi fundamental: o clero da Paróq...

Mais Lidas nos Últimos Dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...