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A música da vida.


Ponha a mão na altura do coração.
Sinta os batimentos.
Tum ... Tac.

É o seu tempo na música da vida.
Poderia ser um Tum ... Tac
ou Tum ............ Tac.

Abra os braços e marque o ar, com o auxílio das mãos, os tempos do seu batimento, Tum - oscile-as e faça coincidir uma pequena parada. do Tac, o segundo tempo do batimento.

Dó - Mi - Fá. Que venham as notas musicais!

Desde o início da nossa formação, como um nascente ser humano, ouvíamos as batidas cardíacas da mãe: tum ... tac.

No paraíso uterino, com todas as necessidades de alimento e calor atendidas, um único som a nos embalar: os batimentos cardíacos maternos

Com o nascimento, inicia-se a organização do ouvido interior pelo registro dos sons na memória.

A voz da mãe, as músicas, os ruídos familiares, tudo é guardado, criando conexões nervosas, sempre conjugado com a emoção do momento.

É importante ouvir as frequências dos sons familiares da língua materna, eles dão a identidade da língua e estão em sintonia com a família, a comunidade e a nação.

A memória musical atingida e evocada desperta uma harmonia que é poderoso instrumento de unificação. Chega-se ao ponto de se desligar da postura individual para se massificar sob a mesma frequencia de sons.

Ouviram do Ipiranga...

Cantam aqui, ali, acolá. Repetem as frequências dos sons que têm penetração na nossa memória. Há como um eleito de ressonância, multiplicador, em que os sons familiares nos transportam para uma vibração unificada, superposta por todas as emoções do ouvir e cantar o hino nacional.

Rezar o terço!...
Ave-Maria cheia de graça
Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu...

A repetição das palavras em sequências prolongadas cria um ambiente uma ressonância das mesmas frequências de sons que repercutem no nosso ouvido interior e memória sonora. Acrescentem-se os corais nas partes superiores dos templos, a arquitetura adequada e teremos a formidável sintonia de sons, dos templos, a arquitetura adequada e teremos a formidável sintonia dos sons, memórias e mentes, muito facilitadora de uma cadeia uniforme de pensamentos.

Sanctus! Sanctus! Sanctus!
Onemane pane rum! Onemane pane rum!1

Em nome de Deus! O clemente! O misericordioso!2

As frequências dos sons transitam entre todos os povos e em todas as línguas, em vibrações extraordinariamente universais.

Milhares, milhões de pessoas em frequências uníssonas, são levadas para diferentes direções, através dos séculos. Às vezes, até para o fanatismo e para condutas que passam longe da bondade que deveria haver na alma humana.

Mam ... Tum ... Tac! Mam ... Tum ... Tac!

Mam dos primeiros balbucios de uma criança.

Tum ... tac das batidas do coração materno.

Mam da aura do espírito materno, aquele que tem todo o anseio de ter um mundo bom para o seu filho viver.

Tum ... tac do coração que protege, que busca oferecer ao seu filho o atendimento de suas necessidades.

Aquele sentido de deusa-mãe, da fertilidade, imagem que existe até nos mitos dos antigos povos.

Mam ... Tum ... tac, música que existe entranhada na alma brasileira.

Povo do sol, da alegria, da fertilidade, da riqueza e que precisa ter consciência disto, para irradiar para o mundo, com sua raça cósmica, o exemplo de convivência humanística.

Mam ... Tum ... Tac! Mam ... Tum ... Tac!

A música da alma brasileira para este novo século XXI

Contatos com o autor Rui Nogueira pelos endereços eletrônicos:

1. Mantra budista
2. Início de todas as escritas do Alcorão.

Próximo texto: Os jovens carecem de bons exemplos.
Texto anterior: O sistema que domina a humanidade.

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