Pular para o conteúdo principal

A medieval Igreja de São Pedro de Rates.


A Igreja de São Pedro de Rates foi criada no século IX em São Pedro de Rates, conselho da Póvoa de Varzim. Foi reconstruída pelo conde D. Henrique em 1100 e está classificada como um dos importantes monumentos românticos medievais, no então emergente reino de Portugal, dada a relevância de suas formas arquitetônicas. As origens do templo antecedem a nacionalidade, tendo sido identificados vestígios materiais que remontam à era romana.

A Igreja de São Pedro de Rates situa-se junto à bacia do Ave e é um dos mais importantes mosteiros beneditinos clunicenses. Está ligada à lenda de São Pedro de Rates. Sua construção data do período romano. Um dos poucos vestígios desta época são as colunas junto à entrada principal e alguns capitéis. Até 1552, guardava o corpo de São Pedro de Rates, antes de ter sido transferido para Braga. Sua história é contada como sendo um bispo ordenado por Santiago Mata-Mouros. Foi decapitado quando celebrava uma missa. Um eremita chamado Félix deu sepultura ao corpo mutilado e decomposto do bispo.

Ilustração – São Pedro de Rates em 1669, desenhado por Pier Maria Baldi quando acompanhava o príncipe Cosme de Médicis (futuro Cosme III, grão-duque da Toscana) na sua peregrinação a Santiago de Compostela. Fonte: Wikipédia.

Comentários

Anônimo disse…
Beleza, uaí.
Anônimo disse…
Dá até vontade de ir lá conhecer. De lugar tão lindo, só pode ter vindo gente boa.

Mais lidas no site

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt...

A organização do quilombo.

O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

Mais lidas nos últimos 30 dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Harmonia em Carmo da Cachoeira: vozes, piano e a ideia de comunidade

No próximo dia 28 de novembro , às 19 horas no Clube Tabajara, a Câmara Municipal de Carmo da Cachoeira prestará homenagem a Leonor Rizzi , por proposta da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . É um reconhecimento merecido a quem, por anos, estimulou a cultura local, valorizou pessoas comuns e defendeu com convicção que arte, educação e fé são alicerces de uma vida comunitária saudável. Nada simboliza melhor esse legado do que o recital que, em 17 de dezembro de 2007 , silenciosamente transformou a noite cachoeirense na Igreja Nossa Senhora do Carmo . O recital e o silêncio que fala Durante 60 minutos , um público inteiro se manteve em atenção rara. Nem as crianças interromperam a escuta; o silêncio parecia parte da partitura. No alto do altar, duas andorinhas pousadas junto à cruz compunham uma imagem que Evando Pazini  registrou em vídeo e que muitos guardam na memória: música, arquitetura e natureza respirando no mesmo compasso. Ao fim, vieram as perguntas espontâneas:...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira: De 1770 à Inconfidência Mineira

Carmo da Cachoeira: consolidação de registros entre sesmarias, capelas e caminhos Quando se mudou para Carmo da Cachoeira, a professora Leonor Rizzi deparou-se com um incômodo persistente: nem mesmo a população local sabia explicar com segurança a origem do nome “Rattes”. Uns diziam que vinha de ratos, outros associavam a alguma cachoeira, e, nesse jogo de versões, a memória da família que primeiro ocupou a região foi sendo apagada em benefício das oligarquias que assumiram as sesmarias mais tarde. A organização desta tabela cronológica nasce justamente do propósito de resgatar a importância desses pioneiros, esclarecer a verdadeira origem do nome e desmistificar as explicações fantasiosas que se acumularam ao longo do tempo. Dando continuidade ao trabalho iniciado em 25 de janeiro de 2008, a professora Leonor Rizzi reuniu, no bloco que intitulou “Tabela 7 – de 1770 até a Inconfidência Mineira ”, um conjunto de registros que mostra como se estruturavam o território, as famílias e a ...

Leonor Rizzi e os Selos do Sesquicentenário de Carmo da Cachoeira

  O Resgate da Memória em Milímetros: o Legado da Profª Leonor Rizzi O Selo como Documento de Resistência Histórica Os estudos de história costumam dar atenção aos grandes monumentos, às decisões políticas e às grandes crises econômicas. Porém, muitas vezes a identidade de um povo se apoia em coisas pequenas: objetos do dia a dia e iniciativas que, à primeira vista, parecem simples, mas guardam muito significado. Em 15 de janeiro de 2008, Carmo da Cachoeira , no sul de Minas Gerais, viveu um desses momentos discretos e importantes. Naquela data, a professora Leonor Rizzi , referência na preservação da memória do município e na proteção animal, pediu à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) a criação de uma série de selos personalizados. Esse gesto não foi apenas uma formalidade ou uma comemoração comum. Ao encomendar quatro modelos diferentes de selos para marcar o sesquicentenário da Instituição Canônica da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, a professora Leonor encontrou ...

Mais Lidas nos Últimos Dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Harmonia em Carmo da Cachoeira: vozes, piano e a ideia de comunidade

No próximo dia 28 de novembro , às 19 horas no Clube Tabajara, a Câmara Municipal de Carmo da Cachoeira prestará homenagem a Leonor Rizzi , por proposta da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . É um reconhecimento merecido a quem, por anos, estimulou a cultura local, valorizou pessoas comuns e defendeu com convicção que arte, educação e fé são alicerces de uma vida comunitária saudável. Nada simboliza melhor esse legado do que o recital que, em 17 de dezembro de 2007 , silenciosamente transformou a noite cachoeirense na Igreja Nossa Senhora do Carmo . O recital e o silêncio que fala Durante 60 minutos , um público inteiro se manteve em atenção rara. Nem as crianças interromperam a escuta; o silêncio parecia parte da partitura. No alto do altar, duas andorinhas pousadas junto à cruz compunham uma imagem que Evando Pazini  registrou em vídeo e que muitos guardam na memória: música, arquitetura e natureza respirando no mesmo compasso. Ao fim, vieram as perguntas espontâneas:...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...