Pular para o conteúdo principal

As culturas da cultura cachoeirense.


Ajude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço "comentários" para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região.

Comentários

Anônimo disse…
Nossa riqueza: mestiços, ciganos, negros, índios, imigrantes. Gratidão a essas presenças em nossa origem. Todas, motivo de grande orgulho e satisfação é por isso, e muito mais que podemos dizer: O PARAISO É AQUI.
Anônimo disse…
Uma sociedade difícil para todos. Diogo de Vasconcelos, em sua obra HISTÓRIA ANTIGA DAS MINAS GERAIS. Segundo Voluma, Editora Itatiaia - BH, terceira edição. 1974, p. 135 observa o seguinte: "As paróquias em Minas ainda não são coladas, o Rei não podia intervir na provisão dos párocos. Como, porém, não podia reger os clérigos, sem intermediação dos bispos, nem fazê-los processar pelas autoridades temporais, usava da sua prerrogativa soberana e os deportava em último caso.
Nas Minas não obedeciam os clérigos a ninguém. Isentos da jurisdição civil, não respeitavam nem o Bispo, e os frades apóstatas não o reconheciam por seu prelado. Daí a libertinagem e a simonia e apenas um haveria menos concorrente aos gozos materiais, que a riqueza e o luxo sabem engendrar. Eram negociantes, mineiros, senhores de engenho e de escravos; mas sobretudo fatores desabusados e sem peias dos contra-bandos e extravios do ouro. As autoridades não podiam tocá-los, e em geral não havia quem mal os quisesse por esta conveniência de extraviarem o ouro para si e para os amigos".
Anônimo disse…
Diogo de Vasconcelos diz, p. 137: "A história destes clérigos seria longa, e agora inútil. Nem nos causa prazer mencioná-la, senão para o efeito próprio de se compararem os tempos, e se julgar do progresso religioso atual sobre instituições e sistemas, que davam espaço a tais escândalos e conflitos, uma vez que se confundiam as esferas da Igreja e do Estado no híbrido organismo que levava os bispos e prelados a recrutarem padres, como felizmente agora não fazem".
Anônimo disse…
Vamos ouvir, mais uma vez, Diogo de Vasconcelos. P. 129 de sua obra, "História Antiga das Minas Gerais", Capítulo VIII: "O indivíduo na infância é ver um, ver todos. Os povos nascentes, também como as crianças, não diferem entre si.
As Minas, porém, não tiveram infância. Nasceram como a deusa de Atenas, já feitas e armadas.
O povoamento se fez com gente passando por todos os estádios de civilização, desde o elemento bárbaro dos índios e africanos, até os mais esclarecidos letrados desse tempo. Mas à revelia de toda autoridade esse período do povoamento deu largas à infinita casta de paixões, e de vícios, à licença de toda moral, de modo, que fora das leis, e dos costumes, quando veio por fim o Governador, mister lhe foi ensaiar o seu exercício, dissimulando e transigindo.
Os motins, se em grande, não se tomava deles conhecimento, se em pequenas proporções puniam-se com rigor excessivo.
Quando D. Brás chegou a São Paulo (...)".
Anônimo disse…
MORAES, ou seja paulistas, através de dona Maria da Costa Moraes, mulher de Manoel Antonio Rates, primeiro morador de Carmo da Cachoeira - MG, morador junto ao Ribeirão do Carmo, na CACHOEIRA DOS RATES, fazendo parte da história pregressa do município. Assim, nos apresenta como imprescindível a leitura da obra de Diogo de Vasconcelos. No capítulo V, fala sobre "A Fuga dos Paulista" (baliza histórica 1709, aproximadamente). Diz ele, p. 85/86: "Entretanto, os sitiantes não podiam deixar de ser paulistas. Afoitos, valoroso, mas indóceis, e imprevidentes, sempre divididos andavam em rixas e rivalidades. As vilas principais, formando respectivamente uma confederação de outras pequenas vilas e aldeias de sua origem, representavam elementos heterogêneos consoantes às tribos, que as haviam povoado, e das quais provinha a massa de mestiços criados nas mesmas condições.
Cada uma dessas pequenas metrópoles desenvolvia, já se disse, o seu domínio exclusivo sobre o sertão, que lhe estivesse próximo. Santos bracejava sobre o litoral até a ilha de Santa Catarina e o sertão de Patos, ramo este dos carijós que dominavam o Sul. Itu lançava-se à conquista para os sertões do Tibagi e do Uruguai. Taubaté reclamava o exclusivo poder sobre os sertões da Mantiqueira, e do rio abaixo.
São Paulo, porém, desde sua fundação exigiu para si como seus países do Tiête, e do Mogi-guaçu até Goiás e Cuiabá. Além disso pertencia-lhe, o Colégio a hegemonia. Era o centro de luzes e da civilização, o Colégio, em que se educavam os moços, ninho das idéias liberais a favor dos índios, que os potentados queriam escravizar".
As demais vilas, sujeitas visivelmente ao poder moral de São Paulo, não a estimavam. O esplendor do culto feito pelos padres da Companhia, as famílias nobres e principais que ali moravam, as artes que floresciam, o luxo dos potentados, as alegrias de liberdade, tudo isso inspirava ciúmes e inveja mas também os seus naturais abusavam pela acintosa ostentação de tanta superioridade".
Dudu Rezende disse…
A foto acima refere-se a MARIA RICARDINA DE REZENDE filha de JOSÉ VILLELA E ANA CELESTNA DE REZENDE. JOSÈ VILLELA era filho de JOSÉ CELESTINO DE REZENDE e CARLOTA JOAQUINA VILLELA. E ANA CELESTINA DE REZENDE era filha de ALEXANDRE GOMES BRANQUINHO (Taquaral) e ANA EMYDIA DE REZENDE.

MARIA RICARDINA DE REZENDE casou com JOAQUIM PEDRO DE FIGUEIREDO, Era também conhecida como Sá Marica da Figueira, mudou para as terras do marido em Três Pontas. Fazenda Figueira

FONTE SOBRE O CASAMENTO DE MARIA RICARDINA
(...Casamentos na Freguesia do Carmo da Cachoeira. Ano de 1887.
Joaquim Pedro de Figueiredo e Maria Ricardina de Rezenjavascript:void(0)de, na Igreja Matriz. Testemunhas: André Avelino de Figueiredo e outros...)

PÁGINA:
http://www.carmodacachoeira.net/2008/09/uma-famlia-na-antiga-minas-gerais.html

Mais lidas no site

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt...

A organização do quilombo.

O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

Mais lidas nos últimos 30 dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...

Carmo da Cachoeira de 1800 até 1814

Carmo da Cachoeire: Leonor Rizzi e o poder do conhecimento histórico local Publicado neste site em 5 de fevereiro de 2009, o quadro intitulado “ Tabela Cronológica 9 – de 1800 até o Reino Unido ” , elaborado pela professora Leonor Rizzi , é mais do que uma sequência de datas: é um exercício de reconstrução paciente da história local a partir de vestígios dispersos. Em vez de olhar apenas para o “grande cenário” do Império português e das transformações políticas do início do século XIX, a autora acompanha, em detalhe, o que se passava na região que hoje reconhecemos como Carmo da Cachoeira : fazendas que se consolidam, capelas que se erguem, famílias que se fixam, instituições que se organizam. Esse tipo de pesquisa minuciosa, ancorada em registros paroquiais, inventários, sesmarias e documentação administrativa, devolve à comunidade algo que costuma ser monopolizado pelos manuais escolares: o direito de se reconhecer como sujeito da própria história. Ao relacionar acontecimentos lo...

Leonor Rizzi: O Legado do Projeto Partilha

Um Resgate da Memória de Carmo da Cachoeira A história de um povo é construída não apenas por grandes eventos, mas pelo cotidiano, pela fé e pelo esforço de seus antepassados. Em Carmo da Cachoeira , essa máxima foi levada a sério através de uma iniciativa exemplar de preservação e descoberta: o Projeto Partilha . Liderado pela Profª Leonor Rizzi , o projeto destacou-se pelo rigor acadêmico e pela paixão histórica. O intuito era pesquisar a fundo a origem de Carmo da Cachoeira, indo além do óbvio. A investigação buscou a documentação mais longínqua em fontes primárias, estendendo-se desde arquivos em Portugal até registros no Brasil, mantendo contato constante com pesquisadores de centros históricos como Porto , Mariana , Ouro Preto e São Paulo . A metodologia do projeto foi abrangente. Além da consulta a documentos genealógicos digitais, houve um trabalho minucioso nos Livros de Diversas Paróquias e Dioceses . Neste ponto, a colaboração eclesiástica foi fundamental: o clero da Paróq...

Mais Lidas nos Últimos Dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...