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Tabela Cronológica 18 - Carmo da Cachoeira


1890

ü 24/Jan – obrigatoriedade do casamento civil;

ü 1/Abr – “... compareceu o inspetor do 1° quarteirão Eugênio Benedicto da Silva e declarou haver nascido uma filha de Constantino de tal e Cândida Teodora de Jesus”; (Livro n° 1 de Cachoeira, fl45);

ü 20/Mai – a cidade de Varginha foi elevada à Comarca, tendo como primeiro juiz de direito o doutor José Maria Pinto Coelho e juiz municipal o doutor João Evangelista da Silva Frota;

ü 27/Ago – Decreto Provincial n° 789: secularizou os cemitérios, passando da Igreja para as municipalidades usando o termo Cemitério Municipal;

ü eleita a Assembléia Constituinte;

ü fundado o primeiro jornal em Varginha a Gazeta de Varginha; e

ü foi presidente da Câmara de Varginha o coronel José Justiniano de Rezende e Silva.

1891

ü 24/Fev – promulgada a Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, na qual o catolicismo deixou de ser a religião oficial do Estado;

ü 13/Mai – “Evaristo Gomes de Paiva vende a Augusto Ribeiro Naves, nesta freguesia de Carmo da Cachoeira terras (...) à margem direita do Ribeirão Couro do Cervo, ambos moradores neste distrito.”;

ü 15/Jun - promulgada a Constituição de Minas Gerais;

ü 14/Set – Lei n° 2: regulamentou a nova divisão administrativa do Estado e confirmou a criação da freguesia de Carmo da Cachoeira, definindo seu patrimônio. Nessa ocasião o arraial possuía noventa e quatro casas e uma igreja pequena e para a criação de distrito exigia-se hum mil habitantes e renda liquida municipal anual de um conto de reis entre outras exigências legais; e

ü Monsenhor Aureliano Deodato Brasileiro reza a primeira missa da capela de São José de Itumirim.

1892

27/Mar até 13/Abr/1893 – foi cartorário em Carmo da Cachoeira José da Costa Faria.

1893

ü Consta nos registros da Arquidiocese de Mariana o Livro de Visitas de D. Frei José da S. Trindade, onde há apenas o nome da Freguesia de Nossa Senhora do Carmo;

ü arrolamento do Patrimônio de Nossa Senhora do Carmo, cujos limites foram citados em documento arquivado no Bispado de Mariana; e

ü Avelino Eustáquio de Carvalho foi nomeado cartorário de Carmo da Cachoeira, onde ficou até 1921.

1896

8/Jul – primeira sessão de cinema no sistema omniógrafo.

1897

ü 3/Abr – nasceu em Carmo da Cachoeira, Athur Fonseca (professor), filho de Joaquim Garcia Fonseca (Quinca) e Cândida Cornélia da Fonseca; e

ü inaugurada a nova capital de Minas Gerais, Belo Horizonte.



Comentários

Anônimo disse…
Errata. Tipo de erro: digitação. Ano 1890, dia 20, leia-se Constantino "DE TAL". Esta grafia para o Projeto Partilha é significativa. Um antigo cartorário, Sr. Antonio Bonifácio Maciel, um dos cidadãos mais envolvidos com a história de Cachoeira, QUANDO contatados pelo projeto previniu: os "DE TAL" daqui são "RATES, SEGUNDO FUI INFORMADO".
Anônimo disse…
Lá, do ARCO DA VELHA... ... ... ..., quando ainda nos idos tempos da Comarca do Sapucahy. Aos seis dias do mes de março de mil oitocentos e setenta e nove... ... ... ...
Escriptura de compra e venda que faz o tenente coronel José Fernandes Avelino e sua mulher dona Maria Clara Umbelina (...) compradores o coronel Luiz Antonio de Oliveira por seu procurador Pe. Joaquim José de Oliveira Filho (...) a sua fazenda denominada = Campo Formozo = que se compoem de campos e capoeiras e uma pequena benfeitoria nolugar denominado = Tijuco Preto = cujas confrontações são as seguintes: principiando onde faz barra o Córrego do Tijuco Preto no Ribeirão da Lage, e seguindo pelo mesmo correguinho do Tijuco té a primeira Barrinha que vem da capoeira do Estreito, e por este corriguinho acima ao Vallo, e por este a outra Cabeceira do Correguinho do Capão e por este abaixo té a barra do Correguinho da Capoeira dos Pinheiros, e por este acima té a primeira barra do Correguinho que vem do Assombrado e por este assima ao Vallo Cabeceira do mesmo e por este vallo a encontrar o Vallo das duas porteiras, dividindo neste rumo com os compradores, e seguindo o vallo das duas porteira atravessando a estrada a uma cova que se acha na beira do messmo vallo, dividindo neste rumo com o tenente Gabriel Flávio da Costa, e da dita Cova em rumo direito a ganhar o espigão e seguindo este (...)vertentes té uma Cova que se acha na beira do Vallo da Chapada ao lado direito da Porteira e desta em rumo direito a outra Cova que se acha na beira do Vallo que serve de feixo as Capoeiras da Chapada e seguindo este mesmo vallo a encontrar outro que vem do lado do Cattêto dividindo neste mesmo com DOMINICIANNO FERREIRA D`OLIVEIRA, e seguindo pouca distância pelo Vallo que vem do Cattêto a encontrar o Vallo que vem da Capoeira do Canavial e seguindo por este mesmo Vallo a encontrar o que vem das Içaras, e seguindo esta abeirando a capoeira e deixando o Vallo abeirando a mesma Capoeira té onde finda um campestre, e entrando na na Capoeira, pelo espigão agoas vertentes té o vallo que vem do mato do (ilegível), dividindo neste rumo com José Ignácio de Santa Ana, e seguindo o mato digo o Vallo que vem do matto do Vinho a esquerda té frontear uma serca onte tem uma Cova e desta em rumo direito a outra Cova na beira do Capão, e seguindo pela beira desta té outra Cova que se acha na beira do mesmo, e desta em rumo direito ao Vallo onde tem outra Cova(...) ao Ribeirão da Lage, e por este abaixo até a barra do Córrego Tijuco Preto onde teve principio esta demarcação, dividindo em parte com os compradores e as terras assim demarcadas vendemos m(...) terras Campo Formozo = da Freguesia da Cachoeira (...) pela quantia de quinze contos de réis (...).
Eu passo a prezente é gozando do privilégio que me garante o pôsto que occupo na Guarda Nacional. Fazenda do Jardim, 24 de fevereiro de 1862. Testemunhas presentes: Sr. José Esteves dos Reis e Silva e João José do Nascimento. Escrivão interino de notas nesta freguezia da Cachoeira do Carmo, Francisco de Paula Cândido.
Anônimo disse…
Mais uma do tempo do ARCO DA VELHA.
Troca capitão Antonio Joaquim Alves e sua mulher Maria Carolina de Goveia e Antonio Severiano de Goveia e sua mulher Joanna Maria de Jesus, em 02/08/1869. Fazenda denominada Barra no lugar denominado CAPÃO DAS FAVAS que houverão por arrematação em praça, da massa falida de ANTONIO ABREO COUTINHO. Os segundos (...) na FAZENDA MARANHÃO E FORMIGA que houverão por compra a JOAQUIM CORIA AFFONÇO JUNIOR e sua mulher. Assina JOAQUIM JOSÉ DA COSTA SOBRINHO arogo de dona JOANNA MARIA DE JESUS por não saber ler nem escrever. Testemunhos: JOÃO BAPTISTA ALVES E JOÃO MARIA ESTEVES. Escrivão do Juiz de Paz, Aureliano José Mendes.
Anônimo disse…
Joaquim CORREIA Affonço e não comom constou no comentário anterior.
Anônimo disse…
Lá do ARCO DA VELHA... ... Aconteceu uma venda na casa do alferes Domingos Marcelino dos Reis, na Fazenda da Serra. Os vendedores eram dona Francisca de Paula e Oliveira e seu marido Joaquim Theophilo Bottrel. O comprador foi alf. Marcelino dos Reis.
Lembrando que a mulher de José da Costa Moraes, filho de Manoel Antonio Rates foi casado como dona Maria da Penha de Jesus. PENHA, ten aparecido em alguns documentos com PENA e também como PAULA. José da Costa Moraes era proprietário da Fazenda Pedra Negra(Varginha), muito próxima a Fazenda da Serra.
Anônimo disse…
fls 14 verso, de uma livro do ARCO DA VELHA lê-se: FRANCISCO JOSÉ DE OLIVEIRA, por herança de sogro/ sogra, CARLOS ALEXANDRE ROMÃO BOTREL e sua mulher, juntamente com sua mulher ANNA DE TAL, por herança de sua finada mulher dona Clementina Maria das Dores, assim como tão bem a parte que lhe foi remida do capitão Silvestre Alves de Azevedo (...)
Anônimo disse…
fls. 22, em 08/06/1878, Aureliano Venancio Junqueira e sua mulher Mecias Carolina da Silva. Propriet. na Fazenda denominada Rancho, que houverão por Erança da finada dona Marianna Felisbina. Vendem a Antonio Severiano Gouveia pelo preço de três contos oitocentos, e trinta e três mil, trezentos e trinta e tres réis. Testemunha: Modesto Antonio Naves.
Anônimo disse…
fls. 26, compra e venda que fas ANTONIO PEREIRA DE GOUVEIA e sua mulher dona ANNA LEDOVINA DE ABREO(u) a José Bernardes dos Reis Pinto. (...) mais alqueires de campos na fazenda da CHAMUSCA cita da VARGEM GRANDE (...)
Anônimo disse…
fls. 37 verso e 38. Vendedores major JOAQUIM ALNTONIO DE ABREU (...) a fazenda que possui no logar denominado COIRO DO SERVO, cito nesta mesma Freguesia com parte comprada a JOAQUIM FERREIRA ROSA que foi da Fazenda da CHAMUSCA anexada a esta dita Fazenda do COIRO DO SERVO QUE OUVE DE SEO FINADO PAI AOS HERDEIROS DO FINADO JOSÉ DA SILVA DE OLIVEIRA, cuja Fazenda divide por o lado da nascente pelo Rio do Servo com a Fazenda Formiga, e por outro lado com o da Fazenda da CHAMUSCA, e por outro lado com a do CAPÃO DOS OLHOS e por outra com a da LAGUA e por outro com as dfas Fazenda das CONTENDAS, rezervando nesta as partes de sua sogra e bem feitorias, isto em touda Fazenda das CONTENDAS e seos vallos por cincoenta e tres contos de réis. Comprador: Antonio dos Reis Silva em 29/07/1870.
Anônimo disse…
fls. 39. Em 02/08/1871, José Ignácio da Costa e sua mulher ANNA CANDIDA DE JESUS(obs. Anna Candida dá procuração a seu marido e a Antonio dos Reis e Silva da Freguesia do Carmo da Cachoeira para vender o sítio), vende a JOAQUIM ANTONIO DE ABREU, LUGAR DENOMINADO Agua Limpa.

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O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

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