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As imediações do prédio do antigo Educandário.


Ajude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço "comentários" para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região.

Próxima imagem: As Imediações da antiga Capela Santo Antônio.
Imagem anterior: Ronaldo Urgel Nogueira e a evolução laborial sul-mineira.

Comentários

Anônimo disse…
E o povoado cresceu, e a Arraial começa se expandir. Lá no alto, após muita, já aparece o prédio do antigo Educandário, hoje Ginásio Estadual, professor Wanderley Ferreira de Rezende. Organização e envolvimento de elementos ativos da sociedade cachoeirense levaram avante seu plano - o de trazer para o Arraial, uma instituição de ensino. Dr. Brettas, Pe. Manoel, professor Wanderley Ferreira de Rezende, entre outros foram os idealizadores do projeto. A sociedade colaborou, assinando lista, como contribuintes. Pouco antes de Dr. Brettas mudar-se para PALMAS do Tocantins, vi, em sua biblioteca a lista original com o nome dessas pessoas.
Anônimo disse…
Quem foi Gabriel Francisco Junqueira, que se casou na FAMÍLIA paulistana MORAES?

Vamos ouvir a resposta, através de que entende do assunto, MARTA AMATO:

Gabriel Francisco Junqueira, nasceu em 1792, na Fazenda Campo Alegre. Deve ter tido as primeiras letras ali mesmo, no Campo Alegre, pois, através das tradições orais familiares, sabe-se que o professor Luiz Gomes, professor no local, faleceu em 1845. Assim, é bastante provável que Gabriel Francisco tenha sido alfabetizado por ele. Porém, é de se supor que ele tenha tido uma instrução posterior muito acima da média, pois desfrutava no seio da família de uma liderança inconteste e, Gabriel Francisco sempre presente e solicitado pelos familiares a ser inventariante, padrinho em casamentos, batizados, divisões de fazendas, avaliações de propriedades, etc.
Em 1831, na eleição para deputado na Assembleia Constituinte, encarnando as idéias liberais, foi escolhido para concorrer com o candidato do Imperador D. Pedro I, o ministro José Antonio da Silva Maia, representante do conservadorismo Imperial. Derroto-o fragorosamente por uma diferença de mais de 95% dos votos! Bem, uma tal e tamanha diferença nos dá uma dimensão das qualidades pessoais de que era dotado. E mais, o cônego José Marino, que participou pessoalmente dos fatos narrados em seu importante livro "História do Movimento Político de 1842", chamava-o de "Venerável Junqueira". Assim é de se supor que aliada a uma liderança natural ele dispunha de cultura e inteligência..
Podemos conjecturar porque Gabriel Francisco, ao longo de sua intensa vida política, sempre defendeu uma política liberal. Presumo que em sua infância tenha sido educado dentro dos ideais libertários, pois a Revolução Francesa acabara de acontecer na virada daquele século. Além disso, quando Gabriel Francisco tinha 7 anos, um de seus primos participou da Inconfidência Mineira que acontecia ali na Província de Minas; portanto, próximo a Fazenda Campo Alegre, em que Gabriel Francisco vivia. Os princípios da Inconfidência Mineira devem ter mobilizado toda a Família, pois a Matriarca, Elena Maria do Espírito Santo, mãe de Gabriel Francisco, era prima do cap. José de Rezende Costa e de seu filho, José de Rezende Costa Filho. Assim, eram ambos, Gabriel e José, netos das Ilhoas; Gabriel, de Antônia da Graça, e José, de Helena Maria. Após de o Movimento Inconfidente ter siso massacrado pela Coroa, o cap. José de Rezende Costa foi condenado, juntamente com seu filho, José de Rezende Costa Filho, à morte, pois estavam entre os primeiros Inconfidentes e companheiros de Tiradentes. Porém suas penas foram comutadas e transformadas, por D. Maria I, em condenação ao degredo (10 anos), no Arquipélago de Cabo Verde, Ilha de São Tiago, na África (Rezende, 1939, p.314-318). Foram declarados infames eles e seus filhos e netos. Por outro lado, em 1792, um filho da Ilhoa Júlia, o Pe. Manuel Gonçalves Corrêa, suspeito de ter participado do movimento dos Inconfidentes, bem como Manuel Inácio Franco (filho de Ignácio Franco e Maria Teresa de Jesus - os Patriarcas da Família Franco - portanto, irmão da Matriarca da Família Junqueira Elena Maria do Espírito Santo) e sua esposa, Maria Rosa de Sousa, com medo das perseguições que a Coroa incitou contra os Inconfidentes e mais, os preconceitos existentes contra seus familiares, decretados infames até a terceira geração, foram levados a se mudar para a região de Caldas. Em Caldas, o Pe. Manoel Gonçalves Corrêa construíu a Ermida de Nossa Senhora do Carmo, ao norte da cidade, onde foi sepultado em 24 de julho de 1810 (Martins 1987, p.155).
Gabriel Francisco Junqueira casou-se com Ignácia Constança de Andrade, bisneta de Tereza de MORAES e André do Vale Ribeiro.


Cf. Família Junqueira - sua História e Genealogia. Autor: José Américo Junqueira de Mattos. Coordenação editorial, José Américo Junqueira de Mattos e Mariana Marinho; coordenação gráfica, Mariana Marinho. Rio de Janeiro. Editora Família Junqueira Ltda. 2004.

Endereço para correspondência:
EDITORA FAMÍLIA JUNQUEIRA Ltda.
Dr. José Américo Junqueira de Mattos
Caixa Postal, 755 CEP 14001-970
Ribeirão Preto - São Paulo.
telefax: (16) 623-0798
E-mail: livro@familiajunqueira.com.br
Anônimo disse…
Vamos conhecer os herdeiros de dona Ignácia Constança, falecida em 27 de junho de 1858, na Fazenda Campo Alegre, onde o casal sempre residiu. Cf. Cartório do Primeiro Ofício de Baependi.
Foram seus herdeiros: FILHOS:
- João Tibúrcio Junqueira, morador no Termo de Baependi;

- Francisco de Andrade Junqueira, morador no Termo de Baependi;

- Marianna Victória Junqueira, casada com José Ribeiro da Luz, moradora no Termo de Baependi;

- Anna Gabriela, casada com João Pedro Diniz Junqueira, moradora em Piraí;

- Antônio Gabriel Junqueira, casado morador no Termo de Baependi;

- Rita de Cássia, casada com José Procópio de Azevedo, moradora no termo de Baependi;

- Joaquim Tiburcio Junqueira, casado e morador no termo de Baependi.

Observação: TIBÚRSIO ou TIBURCIO, como aparece em descendência, e em nome de rua, em Carmo da Cachoeira, MINAS GERAIS:

Rua ARTUR TIBURCIO. É a Rua situada à frente da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo, na Praça do Carmo. Fica situada entre o Ribeirão do Carmo (em cujo percurso, pouco abaixo fica a CACHOEIRA DOS RATES, e a casa de MANOEL ANTONIO RATES, primeiro morador do CARMO, na CACHOEIRA DOS RATES), e a Rua Artur Bernardes.
Na rua Artur Tibúrcio ficou a Casa de José Celestino Terra, na esquina com a Rua Dom Inocêncio, e a do Subdelegado, José Fernandes Avelino, na esquina com a Rua Barão de Lavras, hoje, Rua Dr. João Octaviano de Veiga Lima. O início da rua está marcada com a presença da Pça de Esportes, que empresta o nome para o Bairro e onde foi eleito 'MEIO DIA', vereador mais votado nas últimas eleições municipais, do ano de 2008. A rua ARTUR TIBÚRCIÓ é entrecortada pelas seguintes outras: Rua Pe. Manoel;
Rua Francisco Ribeiro Veiga;
Rua Gabriel Justiniano dos Reis;
Rua D. Moacir de Carvalho;
Rua Domingos Ribeiro de Rezende;
Rua Dr. João Octaviano de Veiga Lima;
Rua Dom Inocêncio;
Rua Presidente Antonio Carlos;
Rua Eugenio de Souza;
Rua Oliveiros Reis e onde ela termina, Rua Artur Bernardes.
Esta é rua que, nos idos tempos do século XIX dava acesso ao corredor do NENZICO, hoje, Rua Mizael Gouveia (Gouvêa). Bem adiante do corredor, uma fazenda de propriedade da FAMILIA JUNQUEIRA/GOUVÊA, e onde Manoel Ferreira Avelino tinha casa de morada. Mais adiante, acesso a Três Corações, Três Pontas ... ... ...
Anônimo disse…
Continuação. Herdeiros Netos, que aparecem no Inventário de dona Ignácia Constança - Cartório do Primeiro Ofício de Baependi, falecida em 27 de junho de 1858, na Fazenda Campo Alegre.
* NETOS, filhos de Helena Nicézia Junqueira, casada com Antônio José Ribeiro de Carvalho:
- Maria Ribeiro, casada com Francisco de Andrade Junqueira, morador em Cristina;

- Gabriel Ribeiro Junqueira, morador em Cristina;

- Ignácia Ribeiro, casada com Joaquim José de Souza, moradora em Cristina;

- Antônio Ribeiro, morador em Queluz;

- Helena Ribeiro, casada com Antônio Gabriel Junqueira, moradora em Baependy;

- Custódio Ribeiro, morador em Cristina;

- Mariana Ribeiro, casada com Francisco Theófilo dos Reis, moradora em Ayuruoca;

- Anna Ribeiro, casada com Thomé Ignácio Botelho, moradora no Rio de Janeiro;

- Francisco Ribeiro Junqueira, morador na Vila de Cristina;

- Gabriella Ribeiro, moradora na Vila de Cristina;

- Maria do Carmo, moradora na Vila de Cristina;

- José, morador na Vila de Cristina;

- João, morador na Vila de Cristina.


* NETOS, filhos de Maria Rita Junqueira, casada com José Procópio de Azevedo:

- Prudenciana Umbelina de Azevedo, moradora no Termo de Baependi;

- Gabriella Amélia, casada com José Procópio de Azevedo Sobrinho, moradora no Termo de Baependi.

* NETOS, filhos de Genovefa Urbana Junqueira (Genoveva), casada com José de Andrade Peixoto, moradores em Cristina:

- Maria Ignácia, moradora em Cristina;

- Ignácia Urbana, moradora em Cristina;

- Gabriel, morador em Cristina;

- José, morador em Cristina;

- Marcos, morador em Cristina;

- Emília, moradora em Cristina.

Observação: os filhos de Genovefa (Genoveva) e José, são todos menores, entre 14 e 6 anos.
Anônimo disse…
Detalhando a foto apresentada:

No alto, o prédio maior corresponde a Escola Estadual Wanderley Ferreira de Rezende, rua Luiz Caldeira (inicia no Corredor do Nenzico ou Corredor I, hoje, Rua Mizael Gouveia e termina no Ribeirão São Marcos - no bairro Bom Retiro, antigo Buraco Fundo). Hoje, a sua frente está o Estádio Tabajara, o espaço é compreendido entre as ruas Luiz Galvão e Olivério Reis.
A rua que se vê seguindo para baixo, é a Antônio Rezende Vilela. Ela se inicia na antiga rua Barão de Lavras, hoje, Rua Dr. João Octaviano de Veiga Lima e segue em direção ao Corredor II, ou Corredor da Tereza (lider comunitária), hoje, Rua José André do Carmo. Este corredor dá acesso a Rodovia Fernão Dias. Em tempos remotos, era uma segunda alternativa de acesso das boiadas, em seu destino a cidade de Três Corações.
A rua que aparece no canto direito da foto termina na, hoje, Rua Presidente Antonio Carlos, e é denominada de Godofredo José Caldeira.

A comprida rua que aparece no canto esquerdo da foto, tendo em vista, quem olha, é a Rua Francisco de Assis Reis. Ela se inicia no Ribeirão do Carmo, no Vale das Boiadas, nas terras de MANOEL ANTONIO RATES. Hoje, entres pontos, está o GAPA CULTURAL e o SANTUÁRIO DE MÃE RAINHA, como os internautas poderão ver nas páginas de carmodacachoeira.blogspot.com
A Rua é entrecortada, a partir do Ribeirão do Carmo, pelas seguintes ruas: Rua João Moreira Naves;
Rua Moacir de Carvalho;
Rua Domingos Ribeiro de Rezende;
Rua Deputado Manoel Costa, em cuja esquina fica a Delegacia de Polícia de Carmo da Cachoeira, Minas Gerais;
Rua Dr. João Octaviano de Veiga Lima;
Rua Dom Inocêncio;
Rua Luiz Galvão;
Rua Presidente Antonio Carlos;
Rua Purcina Campos Reis;
Rua Eugênio de Souza;
Rua Tomé Moreira do Amaral;
Rua Oliveiros Reis;
Rua Severino R. Figueiredo;
Rua João Batista Naves;
Rua Luiz Caldeira;
Rua José Bressane Santana.
A Rua Francisco de Assis Reis, termina num imenso pasto, pertencente a FAMÍLIA SANT´ANNA, terminando no RIBEIRÃO SÃO MARCOS. O Pasto fica compreendido entre o referido Ribeirão e o Corredor da Tereza, ou Corredor II, hoje, Rua José André do Carmo, próximo ao Cemitério Municipal.
Anônimo disse…
Ainda falando na foto publicada nas páginas de hoje. A casa que aparece no canto direito, e bem abaixo na referida foto, pertencia a FAMÍLIA SANT´ANA, e foi onde ALMIR CHEDIACK, viveu parte de sua vida.
Anônimo disse…
A foto acima colocada, foi tirada pelo Dr. José Vilela Bretas. Ele foi médico em Carmo da Cachoeira. Muito querido e respeitado, hoje, desenvolve suas atividades de Palmas do Tocantins. Carmo da Cachoeira, Minas Gerais, emprestou, um de seus ilustres filhos para que, em terras distantes, desenvolva seu apostolado como médico. Durante muito tempo, o cidadão e médico, Dr. Brettas, foi a pessoa que esteve presente na organização de eventos. Se o tom era o da criatividade, então o recurso era procurar pelo D. Brettas. O dom o Espírito Santo se manifesta de forma transparente, através deste seu filho. Ele está, na concepção do Projeto Partilha, em caráter de empréstimo, em Palmas do Tocantins. É aqui, em Cachoeira o seu lugar, e a sociedade aguarda seu retorno de braços aberto. Que possa ser breve. Luz e Harmonia a todos.
Anônimo disse…
A Família Moraes, representada por dona Ignácia Constança de Andrade, presente nos primórdios de São Thomé das Letras. Ela foi casada com o Barão de Alfenas.

O livro de Família Junqueira - sua história e genealogia conta como se deu esta presença, p.1263.

"Como sabemos, São Thomé das Letras, nasceu em torno da Igreja que o Patriarca mandou construir em sua Fazenda Campo Alegre. Quando morreu, e ali foi enterrado, a Igreja não estava acabada, tendo o Barão de Alfenas concluído suas obras. Nela encontramos o retrato do Barão de Alfenas, de corpo inteiro, pintado pelo famoso Joaquim José da Natividade, natural de São João del-Rei. Entre as imagens ali existentes, destaca-se a imagem de Nosso Senhor dos Passos, mandada vir do Porto pelo Barão de Alfenas, que lhe custou, de acordo com Chaves (1953, p.217), a expressiva soma de 3:000#000 (três contos de réis). O Barão de Alfenas morreu em 18 de janeiro de 1868, aos 87 anos de idade. Foi enterrado na Igreja de São Thomé das Letras, pertencente a vila de Baependi - Minas Gerais.
Anônimo disse…
Em período anterior ao ano de 1860, ANTÔNIO MARCIANO DA SILVA, foi proprietário de casas em São Thomé das Letras. Essas propriedade passaram a fazer parte do espólio da família Junqueira.
Anônimo disse…
HERANÇA NA FAZENDA DOS TERRAS, no lugar denominado "Joaquim Terra".

A terceira filha do Barão de Alfenas, dona Marianna Victória de Andrade Junqueira, casou-se com José Ribeiro da Luz, filho de Matheus da Luz e de dona Anna Ribeiro de Carvalho. Um dos netos (João Baptista Ribeiro da Luz) de Marianna Victória e José, filho de Gabriel Francisco Ribeiro Junqueira (casado em primeiras núpcias com Anna Gabriella da Costa e em segunda com Cândida Gabriela da Costa) foi casado com Marianna Carolina de Mello. João Baptista, foi inventariante de seu único filho, e herdeiro de partes de terra na FAZENDA DOS TERRAS, no lugar denominado "Joaquim Terra", no valor de 2:765$000; parte nas terras da Fazenda da Cachoeira, no lugar denominado "Morro Grande", Distrito de Luminárias, havidas de herança de Maria Carolina de Mello (mãe da falecida), no valor de 3:000$000; parte nas benfeitorias (...), perfazendo um monte-mor no valor de 13:609$800.

Observação: No estudo realizado pelo Projeto Compartilhar (Domingos de Paiva), aparece o nome de Mathias da Luz e de dona Anna Ribeiro como pais de Antonio Ribeiro da Luz, 24 anos, casado com Maria Cândida de Paiva, filha de Maria Benta Carneiro e de Joaquim Severino Santiago, residentes na Freguesia de Santa Catarina (Natércia). Em determinado trecho aparece o termo "FREGUESIA DO CARMO". Não confundir ou interpretar como sendo "CARMO DA CACHOEIRA", que não corresponde. No caso poderá ser o "CARMO" de Baependy, ou outro qualquer, não o da Cachoeira.

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A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

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