Pular para o conteúdo principal

Distrito do Palmital em Carmo da Cachoeira-MG.

Ajude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço "comentários" para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região.

O importante Guia do Município de Carmo da Cachoeira, periódico de informações e instrumento de consulta de todos os cidadãos cachoeirenses, publicou um grupo de fotos onde mostra os principais pontos turísticos, culturais da cidade.

Próxima imagem: O Porto dos Mendes de Nepomuceno e sua Capela.
Imagem anterior: Prédio da Câmara Municipal de Varginha em 1920.

Comentários

Anônimo disse…
Esta é a rua Altamiro Lopes Lima, no Distrito do Palmital do Cervo. O Palmital do Cervo tem relevante importância histórica para o Município de Carmo da Cachoeira, Minas Gerais. Aí estavam "Os Costas", de Maria da Costa Moraes, mulher de MANOEL ANTONIO RATES, primeiro morador do SÍTIO CACHOEIRA, na Vargem das boiadas, junto ao Ribeirão do Carmo, e aos pés do Morro do Cruzeiro, ou do Cristo. Saindo da Casa de MANOEL ANTONIO RATES e subindo o Morro, após passar pelo Cristo de braços aberto, e pelo CRUZEIRO mais adiante, chega-se a FAZENDA DOS COQUEIROS, cujas terras são de propriedade, através de herança, do engenheiro, escritor e apaixonado pelo CAVALO MANGA LARGA, Jorge Fernando Vilela, autor do Livro, "O SERTÃO DO CAMPO VELHO". No tempo de MANOEL ANTONIO RATES, um longo percurso que, após chegar no Município de Campo Belo,Minas Gerais, onde os gados eram "juntados", poderia, se atingir a Picada de Goias.
Anônimo disse…
Na página de ontem fizemos alusão ao RIO VERDE e repassamos uma informação vinda através das pesquisas do genealogista e historiador PAULO COSTA CAMPOS.

SESMARIA - MATHIAS FRANCISCO DE AZEVEDO.

Mathias requereu, a título de sesmaria, em 28 de setembro de 1768, alegando que "nas vertentes do RIO VERDE da parte da Villa de São João d´Rey seguindo a picada dos negros calhambolas para as Três Pontas se acha hum Ribeyrão, que hé o primeiro braço do GRANDE RIBEYRÃO, que deságua no RIO VERDE". Pela descrição, é de se supor que, o primeiro braço, deveria ser algum pequeno curso d´água, tributário do Ribeirão das Sete Cachoeiras ou Espera. O quilombo do CASCALHO ficava nas imediações da Serra de Três Pontas. Este sesmeiro foi grande criador de gado vacum nestas terras (SC. p.130v e 131 - 28-SET-1768, APM).
Anônimo disse…
CASCALHO

Existiu, nas fraldas da Serra das Três Pontas, um quilombo denominado CASCALHO que, segundo alguns historiadores, foi destruído por Bartolomeu Bueno do Prado, Diogo Bueno da Fonseca e outros, em 1760. Afirmativas carecem de fundamento, pois, pelo "Mapa de todo o Campo Grande", o quilombo do Cascalho I já estava despovoado em 1760. O referido mapa, possivelmente elaborado pelo Capitão Antônio Francisco França, com a ajuda de Diogo Bueno da Fonseca, por ocasião de sua passagem pela região da "Boa Vista", proxima do TAQUARAL, por determinação do Conde de Bobadela. Um estudo de grande profundidade do referido mapa,realizado pelo pesquisador e historiador Doutor Tarcísio J. Martins, em sua obra "QUILOMBO DO CAMPO GRANDE, a História de Minas, Roubada do Povo", merece atenção, por parte dos historiadores. O CASCALHO, situado na encosta Sul da Serra das Três Pontas, talvez tenha sido extinto entre 1743 e 1746. Na carta de sesmaria, concedida a Luiz Corrêa da Estrella, há uma referência explícita sobre o quilombo (SC. 129 págs. 66 e 66v, em 14-JUL-1763 - APM). Existiu outro quilombo com essa mesma denominação, na margem esquerda do Rio Sapucaí.
Anônimo disse…
LUIZ CORRÊA DA ESTRELLA

Foi um dos primeiros povoadores da região. Requereu uma sesmaria, próxima à Serra das Três Pontas, logo depois da extinção do quilombo CASCALHO. A Carta de concessão de sua sesmaria situa com precisão a localização das terras. Daquele documento extraímos o seguinte trecho: "na paragem do sertão Quilombo do Cascalho, vertentes da Serra das Três Pontas, freguesia das Carrancas, termo da villa de São João d´El Rey, Comarca do Rio das Mortes ..." A Carta de Sesmaria é datada de 14 de julho de 1763 (SC. 129 p.66 e 66v, APM. Um de seus confrontantes era LUIZ CORRÊA LOURENÇO, na paragem da Mutuca.
Anônimo disse…
O Distrito do Palmital do Cervo possui uma escola de inclusão digital disponibilizada para a comunidade. É a Escola de Informática JOSÉ COSTA AVELAR. Os computadores foram doados pela Cocatrel e Marcelino & Jonson, no ano de 2007.

O Centro de Educação Infantil Santos Anjos, atende crianças de 0 a 5 anos. Tem caráter assistencial e recreativo.
Anônimo disse…
A Igreja Católica do Palmital do Cervo é dedicada a Nossa Senhora Aparecida e está ligada diretamente a Igreja de São Bento Abade. O Padre André Luiz da Cruz, Pároco da Matriz de Nossa Senhora do Carmo, e o Monsenhor Geraldo assiste a Igreja do Palmital do Cervo. A Paróquia de São Bento Abade, conta com a presença do Diácono Bruno. Seminaristas que desenvolvem sua pastoral nos fins de semana junto a Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, encarregam-se das celebrações aos domingos, na falta eventual de Padre Celebrante.
O Projeto Partilha conversou, hoje, com dona Rita Pereira de Carvalho, zeladora e a responsável pela preparação do local para a realização dos atos religiosos. A missa dominical acontece às 10 horas. O Ministério do Sacramento, através do ministro, José Aparecido da Costa; das ministras, Guiomar da Costa e Doralice Evangelista, se encarrega da Celebração da Palavra. A Igreja de Nossa Senhora Aparecida do Palmital do Cervo, pertence a Diocese da Campanha.
Anônimo disse…
Na Administração 2005/2008, a vereadora Renata de Cássia Cunha Chagas, fazendeira no Distrito do Palmital do Cervo, tem sido a porta voz dos cidadãos do distrito e dá encaminhamento às suas reivindicações. Defende os diretos dos moradores na Câmara Municipal de Carmo da Cachoeira, Minas Gerais.
O Distrito possui uma Quadra Poliesportiva.
Anônimo disse…
Corredeira do Rio do Cervo Do ponto de vista turístico, o Município de Carmo da Cachoeira está inserido no Circuito Vale Verde e Quedas d´agua. No Distrito do Palmital do Cervo, o ponto de atração fica com a Corredeira do rio do Cervo. Esta mesma corredeira, aparece como atração no Município de Luminárias. Interessante é se perceber a situação geográfica da referida cidade, visualizando-a num traçado em linha reta, que ligue Carrancas a Três Corações. Ela fica, de forma harmonica, situada no meio do caminho.
Anônimo disse…
A sala de inclusão digital "José Costa Avelar", situa-se na Escola Municipal Arlindo Lopes de Oliveira. A Escola Municipal foi criada pela Lei n.252, de 2 de março de 1970. A Portaria n. 81/77, do Conselho Estadual de Educação - CEE se refere a ela com Escola Municipal São Domingos, com funcionamento em residência particular, na Fazenda da Barra.

A fazenda da Barra possuia uma antiga capela, cujo orago era São Domingos, e ficou conhecida como Capela de São Domingos da Barra. Os livros arquivados na Paróquia de Lavras, mantém registros separados para esta fazenda. Outro livro, para a fazenda "Faria", sua vizinha. O volume de registro de cada um deles é muito grande. Durante a visita que o Projeto Partilha fez a fazenda da Barra,(não confundir com a Fazenda da Barra de Três Corações), seu José da Barra, contou-nos que, a antiga Capela foi demolida, e nos mostrou o local onde funcionava. Contou-nos, também, que o sino que está hoje na IGREJA DA CAPELA DO PALMITAL, pertencia a Igreja de São Domingos da Barra. Hoje, a capela lá existente, em sua arquitetura, "não guarda traço nenhum da antiga. Esta é de estilo moderno", segundo seu José.

Em 1992, a Escola Municipal São Domingos passou a ser chamada de, Escola Municipal Arlindo Lopes Oliveira, localizada no Distrito do Palmital do Cervo. Atende a alunos da Educação Básica, até a quarta série.
Anônimo disse…
Relação de nomes, fls.25. Livro Fábrica. Freguesia do Carmo da Cachoeira, Minas Gerais.
Francisco de Paula Cândido
José Esteves dos Reis Silva
José Alves Pereira
João Alves de Gouvêa
João Villela Fialho
Custódio Vilella Palmeira
Antonio Justiniano dos Reis
João Vilella de Rezende
Antonio Afonso Correia
José dos Reis Silva
Severino Ribeiro de Rezende
Francisco de Paula Rezende
João Alves de Gouvêa
José Fernandes Avelino
Antonio Justiniano dos Reis
João Carer(ilegível)
Francisco de Assis Reis
Bento Esaú dos Santos
Matheus Alves da Silva
Antonio Justiniano por Antonio Francisco Xavier
João Alves de Gouvêa, per si, seu pae e sua mãe, lista subscrita
João Vilella Fialho
Domingos Marcelino dos Reis e sua mulher
Gabriel José Junqueira
Domingos José Pinto
Antonio Severiano de Gouvêa
Marianna Felisbina
Joaquim Antonio de Abreu.
Anônimo disse…
Joaquim Antonio de Abreu

Analisando o grau de concentração do tráfego de escravos entre Minas Gerais e a praça mercantil carioca, Fábio W. A. Pinheiro, mestre em História Social, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, cita os seguintes TROPEIROS:
João da Silva Torres
Francisco Teixeira Guedes
João Caetano da Costa
Luís Augusto Soares de Castro
José Gonçalves Moreira
Jerônimo Arantes Marques
José Agostinho de Abreu
José Joaquim de Castro
Domingos Ribeiro do Vale
Joaquim de Almeida Leite
JOAQUIM ANTONIO DE ABREU
José Teodoro de Araújo
Francisco de Paula Correia

NEGOCIANTES: José Francisco de Mesquita
José Antonio Moreira
Joaquim Antonio Ferreira
José Fernandes de Oliveira Pena
Francisco Xavier Dias da Fonseca
Antônio José Moreira Pinto
Marcelino José Ferreira Armond
Antônio Joaquim de Oliveira Pena
Bernardo José Ferreira Rabelo
José Lourenço Dias


Cf. Os condutores de almas africana: concentração e famílias no tráfico de escravos para Minas Gerais (1809/1830)
http://www.cedeplar.ufmg.br/seminarios/seminario_diamantina
Anônimo disse…
Dona Mariana Felisbina dos Reis, moradora do Porto dos Mendes, em Nepomuceno, Minas Gerais. Além dela, entre outros, "os MORAES".

Cf. Site - Escritos: Pesquisas em História: Porto dos Mendes e os Sinos (...)

http://lilianecorrea.blogspot.com/2007/10/porto-dos-mendes-e-os-sinos.html
Carmono Rodrigues disse…
Moro nos Estados Unidos ha 14 anos..sou de Lavras tenho parentes no Palmital..meu tio/avo Chico Fonsa e a Tía Ninica , ambos falecidos ha pouco tempo...sou neto materno de Domingos Balbino Pereira que dirigía a jardineira ( onibus) de Lavras - 3 Coracoes...Estive no Palmital do Cervo em 2002..apaixonei tanto pela igreja que dooei uma linda imagem do Sagrado Coracao de Jesus...amo o Palmital e seus moradores
38 anos do Retiro de Carnaval no distrito de Palmital do Cervo
Um pequeno distrito na área rural de Carmo da Cachoeira, apenas 185 casas e 420 habitantes, recebe desde 1978, o retiro de carnaval da Igreja Católica. O recanto tranquilo se movimenta com a chegada dos fiéis. Todos querem ajudar, o dono do bar coloca garrafas pet cheias de água no freezer para servir aos participantes, as donas de casa preparam quitandas para o café, comerciantes doam materiais que serão usados nas atividades, verduras e legumes não param de chegar para o almoço. Veja mais sobre este Dia de Domingo de Carnaval, seguindo o link do blog "A Marreta na Bigorna": http://amarretanabigorna.blogspot.com.br/2015/02/38-anos-do-retiro-de-carnaval-no.html#comment-form
Zeck Nobre disse…
Já fui algumas vezes em Carmo da Cachoeira, onde fica este belo distrito?
REGINÉA disse…
Meu nome é Reginea estou pesquisando imigração Itáliana na região do Palmital (Carmo da Cachoeira) quem tiver descendentes que viveram por lá , estou escrevendo biografia da parte paterna e árvore genealógica

Mais lidas no site

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt...

A organização do quilombo.

O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

Mais lidas nos últimos 30 dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...

Carmo da Cachoeira de 1800 até 1814

Carmo da Cachoeire: Leonor Rizzi e o poder do conhecimento histórico local Publicado neste site em 5 de fevereiro de 2009, o quadro intitulado “ Tabela Cronológica 9 – de 1800 até o Reino Unido ” , elaborado pela professora Leonor Rizzi , é mais do que uma sequência de datas: é um exercício de reconstrução paciente da história local a partir de vestígios dispersos. Em vez de olhar apenas para o “grande cenário” do Império português e das transformações políticas do início do século XIX, a autora acompanha, em detalhe, o que se passava na região que hoje reconhecemos como Carmo da Cachoeira : fazendas que se consolidam, capelas que se erguem, famílias que se fixam, instituições que se organizam. Esse tipo de pesquisa minuciosa, ancorada em registros paroquiais, inventários, sesmarias e documentação administrativa, devolve à comunidade algo que costuma ser monopolizado pelos manuais escolares: o direito de se reconhecer como sujeito da própria história. Ao relacionar acontecimentos lo...

Catanduba: memória oral e sesmarias

Como Leonor Rizzi registrou a paragem em comentários e documentos antigos Nos comentários deixados em postagens à época, a própria professora Leonor Rizzi recorria a perfis anônimos para registrar informações obtidas em sua pesquisa de campo com antigos moradores de Carmo da Cachoeira e de municípios vizinhos. Ela fazia isso sempre que considerava que aqueles dados ainda precisavam ser confirmados por outras fontes, usando os comentários como um espaço intermediário entre a coleta em campo e a elaboração de um texto definitivo. Dessa forma, marcava a existência da memória oral sem transformá-la, de imediato, em matéria acabada. Ao publicar esses relatos nos comentários, também tinha a intenção de torná-los acessíveis a outros pesquisadores, que poderiam encontrá-los por meio dos mecanismos de busca e, assim, aprofundar, confrontar ou conferir aquelas pistas. Entre esses registros, em fevereiro de 2008 aparecem informações sobre a antiga paragem chamada Catanduba , grafada també...

Mais Lidas nos Últimos Dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...