Pular para o conteúdo principal

Cachoeira do Pai Paulo, Carmo da Cachoeira MG

Ajude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço "comentários" para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região.

Foto: Rogério Vilela - Arte: TS Bovaris

Próxima imagem: Noite de lua cheia na fazenda da Serra, Minas.
Imagem anterior: Congada em homenagem às raízes africanas.

Comentários

projeto partilha disse…
CODICILLO DE MARCIANO FRANCISCO EUGENIO.


"...FAZER O SEU ENTERRO DE ACCORDO COM SUA POSIÇÃO ..."

Como se vê:
Aos vinte e oito de julho do anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil novecentos e dezoito neste districto do Carmo da Cachoeira, Comarca da Varginha, Estado de Minas Gerais na fazenda do COURO DO CERVO em casa de MARCIANO FRANCISCO EUGENIO, casado com Francisca Emerenciana de Jesus, onde eu escrivão fui vindo, e sendo ahy encontrei o mesmo MARCIANO FRANCISCO EUGENIO, o qual reconheço pelo próprio, e que se achava de cama, e, em seu perfeito juízo e entendimento, segundo o meo parecer e das testemunhas que presentes estavão que positivamente foram convocadas, perante as quaes por elle testador me foi dito que sendo elle possuidor de um carro com doze (12) bois, uma vacca de nome Brazona e filha, três éguas, sendo um com cria e duas solteiras, um burro manco de sella por nome Garympo, nomeava e constituía seus herdeiros desses bens do casal, primeiro, a sua mulher Francisca Francisca digo, Emerenciana de Jesus, segundo a Antonio Benedito Guerino, sendo que ella Francisca Emerenciana de Jesus terá usufructuário de todos os bens deixados em quanto ella viver, e elle, herdeiro Antonio Benedicto Guerino entrará na possa de todos os bens existentes por morte usufructuaria, com a condição de fazer o seu enterro de accordo com sua posição, mandar dizer as missas de corpo presente e a do séptimo dia, e bem as dizer as missas de corpo presente e a do septimo dia, e bem assim, nomeava a sua mesma mulher sua testamenteira, e, com isto está concluído a sua ultima despozição e vontade para depois de sua morte; e roga as justiças da República que lhe de o cumprimento de justiça quanto em direito lhe possa dar, e que este testamento revoga a qualquer. Eu ADELINO EUSTÁCHIO9 DE CARVALHO, escrivão effectivo que este escrevi e assigno, e dou fé. Assignando a rogo do Testador Marciano Francisco Eugenio por estar dizer não saber ler e escrever.
projeto partilha disse…
Antonio Theodoro Naves e sua mulher fazem venda de propriedade - Carmo da Cachoeira, Minas Gerais.

Escriptura de compra e venda que entre si fazem a saber: como outorgante vendedor Antonio Theodoro Naves e sua mulher, e como outorgante comprador Joaquim Pedro de Rezende, como adiante se vê:
Saibam quantos este público instrumento de escriptura de compra e venda virem que, sendo no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil nove centos e dezoito aos vinte, digo, nos quinze dias domes de junho do mesmo anno, neste districto do Carmo da Cachoeira, Comarca da Varginha, Estado de Minas Geraes, em meu cartório compareceram como outorgantes vendedores ANTONIO THEODORO NAVES e sua mulher dona FLORÊNCIA CANDIDA DE JESUS (Reis), e como outorgado comprador Joaquim Pedro de Rezende, ambos ou todos moradores neste districto, cada um de sua parte e conhecidas de mim Tabelião e das duas testemunhas adiante nomeadas e assignadas, e, estas também minhas conhecidas, do que dou fé; e pelos outorgantes e ou outorgado, em presença das testemunhas foi uniforme dito que (...).
Observação: Parte abaixo totalmente danificada.
projeto partilha disse…
Escriptura de venda de um escravo de nome Miguel que a ANTONIO RODRIGUES DA COSTA, e ANNA THERESA DE JESUS fas a MANOEL ANTONIO TEIXEIRA pela quantia de seis centos mil réis na forma abaixo. (segue rubrica).

Saibão quantos este publico instrumento de escriptura de venda virem, que sendo no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos e secenta e seis aos honze dias do mes de junho do dito anno nesta Freguesia da Cachoeira do Carmo em meu cartório comparecerão presentes partes havidas e contractadas, como vendedores Anna Theresa de Jesus, e por vendedor José Celestino Terra como procurador do dito pelo os poderes da procuração bastante que apresentou e ao diante vai transcripto, e como comprador MANOEL ANTONIO TEIXEIRA moradores nesta mesma Freguesia se conhecidos pelos os próprios de que faço menção, e pelos mesmos vendedores foi dito em presença de duas testemunhas abaixo nomeadas, e assignaadas que elles é senhor e possuidores de um (...).

Observação. O documento está rasgado em sua parte inferior.
projeto partilha disse…
Existe uma outra folha que poderá ser a continuidade da escriptura citada no comentário anterior. DEVERÁ SER, no condicional.

(...) de um escravo de cor preta de nome Miguel de oito annos de idade, natural desta Freguesia e por que o possuem livre de desembaraço de qualquer embargo, penhora, ou hypotteca, com todos os seus achaques novos e velhos, vendem, como de facto vendido tem de hoje para sempre por meio desta ao comprador MANOEL ANTONIO TEIXEIRA por preço e quantia de seis centos mil réis, o que logo lhe foi entregue pelo dito comprador em moeda corrente deste Império, pelo que lhe dava plena e geral quitação de pago e satisfeito para mais em tempo algum lhe não ser pedida por si, e nem por seus herdeiros; e que toda posse e domínio e senhorio, que no dito escravo tem tido, todo cede e traspassa para a pessoa do comprador, que gosará como seu, que fica sendo por bem desta. E pelo comprador foi dito, que aceitava esta escriptura de venda a elle feita, e desde já se dava por empossado do referido escravo Miguel. Cópia da procuração n.4 (segue rubrica)200.Pagou de sello duzentos reis. Destricto de Luminarias 19 de fevereiro de 1866. o escrivão Sodré. Procuração bastante que fas ANTONIO RODRIGUES DA COSTA como abaixo se declara. Saibão quantos o presente instrumento de poderes e procuração bastante virem, que no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo, de mil oitocentos e secenta e seis aos dezenove dias do mes de fevereiro do dito anno, neste Districto de Luminárias termo da Villa de Lavras, Comarca do Rio das Mortes em meu Cartório perante mim escrivão Interino do Juiz de Paz e da Subdelegacia, apareceo ANTONIO RODRIGUES DA COSTA, morador no DESTRITO DA CACHOEIRA DO RATES deste mesmo termo reconhecido pelo próprio e de mim Tabelião, e das testemunhas adiante assignadas, em presença das quais por elle outorgante me foi dito, que por este publico instrumento, e na melhor forma de Direito, nomeia e constituia por seu bastante procurador em a ARRAIAL DA CACHOEIRA DO RATES, ou aonde com esta se apresentar o Senr JOSÉ CELESTINO TERRA, especialmente para mandar passar escriptura de venda da metade de hum escravo, e assignar a dita escriptura ao qual concede todos os seus podêres por direito permittidos, para que em nome delle outorgante, como se presente fosse e per si insolidum possa procurar, requerer, allegar e defender o seu direito e justiça, em todas as suas dependências particulares, e causas judiciaes, civis e crimes, movidas e por mover, em que for Autor ou Réo em qualquer Juiso ou Tribunal Secular, Ecclesiastico ou Militar: fazer reconciliação com amplos e illimitados poderes: arrecadar e haver a si toda a sua fazenda, dinheiro, ouro, prata, escravos, encommendas, carregações, dividas que se lhe devão, legados, heranças, dinheiros de cofres publicos, e tudo o mas que por qualquer titulo lhe pertencer, requerer inventários, e assistir a limpação e mais termos das partilhas, licitações penhoras, sequestros, prisões, consentir em sol (..). Observação: É tudo o que se pode ler.
Junior Caldeira disse…
Cachoeira do Pai Paulo .......
Esta Cachoeira está às margenes da Rodovia Fernão Dias. Foi de propriedade do meu avô Lourival de Campos Reis, foi herança de seu pai Capitão Francisco de Assis Reis, parte da antiga fazenda do Pinhal. Francisco de Assis Reis era filho do Alferes Manoel dos Reis e Silva e neto do Capitão Manoel dos Reis e Silva c.c. Mariana Vilela do Espirito Santo.

Mais lidas no site

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt...

A organização do quilombo.

O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

Mais lidas nos últimos 30 dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira de 1800 até 1814

Carmo da Cachoeire: Leonor Rizzi e o poder do conhecimento histórico local Publicado neste site em 5 de fevereiro de 2009, o quadro intitulado “ Tabela Cronológica 9 – de 1800 até o Reino Unido ” , elaborado pela professora Leonor Rizzi , é mais do que uma sequência de datas: é um exercício de reconstrução paciente da história local a partir de vestígios dispersos. Em vez de olhar apenas para o “grande cenário” do Império português e das transformações políticas do início do século XIX, a autora acompanha, em detalhe, o que se passava na região que hoje reconhecemos como Carmo da Cachoeira : fazendas que se consolidam, capelas que se erguem, famílias que se fixam, instituições que se organizam. Esse tipo de pesquisa minuciosa, ancorada em registros paroquiais, inventários, sesmarias e documentação administrativa, devolve à comunidade algo que costuma ser monopolizado pelos manuais escolares: o direito de se reconhecer como sujeito da própria história. Ao relacionar acontecimentos lo...

Leonor Rizzi e os Selos do Sesquicentenário de Carmo da Cachoeira

  O Resgate da Memória em Milímetros: o Legado da Profª Leonor Rizzi O Selo como Documento de Resistência Histórica Os estudos de história costumam dar atenção aos grandes monumentos, às decisões políticas e às grandes crises econômicas. Porém, muitas vezes a identidade de um povo se apoia em coisas pequenas: objetos do dia a dia e iniciativas que, à primeira vista, parecem simples, mas guardam muito significado. Em 15 de janeiro de 2008, Carmo da Cachoeira , no sul de Minas Gerais, viveu um desses momentos discretos e importantes. Naquela data, a professora Leonor Rizzi , referência na preservação da memória do município e na proteção animal, pediu à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) a criação de uma série de selos personalizados. Esse gesto não foi apenas uma formalidade ou uma comemoração comum. Ao encomendar quatro modelos diferentes de selos para marcar o sesquicentenário da Instituição Canônica da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, a professora Leonor encontrou ...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...

Mais Lidas nos Últimos Dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira de 1800 até 1814

Carmo da Cachoeire: Leonor Rizzi e o poder do conhecimento histórico local Publicado neste site em 5 de fevereiro de 2009, o quadro intitulado “ Tabela Cronológica 9 – de 1800 até o Reino Unido ” , elaborado pela professora Leonor Rizzi , é mais do que uma sequência de datas: é um exercício de reconstrução paciente da história local a partir de vestígios dispersos. Em vez de olhar apenas para o “grande cenário” do Império português e das transformações políticas do início do século XIX, a autora acompanha, em detalhe, o que se passava na região que hoje reconhecemos como Carmo da Cachoeira : fazendas que se consolidam, capelas que se erguem, famílias que se fixam, instituições que se organizam. Esse tipo de pesquisa minuciosa, ancorada em registros paroquiais, inventários, sesmarias e documentação administrativa, devolve à comunidade algo que costuma ser monopolizado pelos manuais escolares: o direito de se reconhecer como sujeito da própria história. Ao relacionar acontecimentos lo...