Pular para o conteúdo principal

Nós mesmo como exemplos de ética e moral.

Ao repensar nossa sociedade, fica a semente de uma reflexão mais profunda, no sentido de que possamos presenciar discussões e debates em diferentes esferas sobre questões por nós herdadas de nosso passado. Somos todos frutos de nosso meio, e este foi edificado em nosso passado, nas ações e pensamentos de nossos antepassados. A corrente da vida nos liga ao passado como nós nos ligamos àqueles que virão depois de nós. Emergirão com certeza temas polêmicos que enterramos, aguardando momentos de transformação.

A juventude necessita conhecer para poder optar conscientemente, entendendo que o maior desafio do momento é unir diferentes segmentos sociais. A demora em assistir aqueles que necessitam da ação do Estado pode levar à instabilidade social, mas os governantes devem buscam aumentar o número de beneficiários de ações públicas de qualidade, que proporcionem mais felicidade e menos ódio e rancor entre os mais desfavorecidos. Justiça e igualdade são conquistas que cabem aos administradores. O povo busca nesses homens, não salvadores, mas parceiros que trabalhem com honestidade, transparência e eficácia na implementação de suas boas intenções.

Debates esclarecedores ajudam o administrador a entender melhor o meio, dando-lhe mais ferramentas para avaliar as dificuldades e as soluções a serem adotadas. Este trabalho Partilha vem com esta finalidade. Mostrar as causas históricas de nossos problemas, assim como as soluções encontradas pelos nossos antepassados para a resolução dos desafios pelos quais passaram. Dentro deste trabalho temos a certeza de que os administradores de hoje e do futuro poderão ver soluções e utilizá-las como mais uma ferramenta a favor da implantação de uma sociedade com maior justiça social.

Pedimos apenas àqueles a quem entregamos a direção de nosso destino que ajam com racionalidade, amor e respeito ao próximo, mantendo coerência e sensatez entre o que pregam e o que fazem.

Há, acima de tudo, Deus, a Quem tentamos chegar através de nosso irmão São Francisco, que lutou sempre pelos direitos dos seres da natureza, e que norteia também nosso trabalho em direção ao bem comum.

Nossa geração deve deixar para o futuro um exemplo de ética e moral, que demonstrem que a sociedade cachoeirense respeita seu passado, mas quer buscar para suas novas gerações um mundo bem melhor.

Comentários

projeto partilha disse…
(...) recursos não são tudo, para melhorar a vida das pessoas é preciso ter iniciativa, ter vontade política e, acima de tudo, conhecer as necessidades e aspirações de cada segmento social (...).
Cf. Erika Mesquita. "Cidades Mortas", Pretérito e Presente vivos: a conservação da memória em Cunha - SP. Unicamp. Campinas/SP. Orientadora: Prof. Dra. Maria Tereza Duarte Paço Luchiari.
projeto partilha disse…
A PRIMEIRA GOTA!
A construção de uma hiper-revolução pessoal!
A primeira, básica e fundamental mudança que precisa acontecer para transformar o século XXI numa época de felicidade e bem-estar para todos é o que podemos chamar de hiper-revolução pessoal.
Isto é algo que não depende absolutamente de ninguém. A imprescindível transformação é pessoal, representa a primeira gota d´água que logo se reunirá a milhares e milhões de outras para criar uma pressão social de renovação de idéias e ações da vida.
Representa o estudo de cada decisão que devemos tomar para privilegiar a nossa comunidade e o nosso país, pois, com certeza, a ação local é que pode ser a base para permitir que o mundo seja um lugar bom para todos viverem.
Sem dúvida, todas as pessoas têm condições de estabelecer uma extensa lista de situações que merecem uma revisão para terem uma postura aperfeiçoada e renovada.
Vale a pena, entretanto, relacionar algumas destas situações para uma reflexão inicial. (continua)
projeto partilha disse…
Dr. Rui Nogueira continua dizendo ao Projeto Partilha, sob o Título: A PRIMEIRA GOTA!
A hiper-revolução pessoal não pode ser um ato doidivano, pelo contrário, exige o estabelecimento de algumas premissas que ajudarão a balizar o processo de transformação pessoal.
. Uma filosofia consolidada, consubstanciada em : conjunção, equidade, simbiose e solidariedade.
. Uma postura nacionalista-humanista.
. A busca da felicidade como preceito coletivo.
.A preocupação de pensar humanisticamente e agir localmente.
. Enérgico senso crítico. Todo acontecimento cotidiano, mesmo corriqueiro, merece ser reavaliado. A linguagem corrompida, repleta de conceitos pré-concebidos, com exagerada propaganda de repetição impregnou as mentes, principalmente no final do século XX. Os princípios retrógrados e lesa-humanidade precisam ser revistos.
. Partir da premissa de que todos os atos diários oferecem oportunidade para ação, aperfeiçoamento e renovação.
. Discordar e discutir para, no sentido coletivo e a longo prazo, encontrar as mudanças e melhorias possíveis.
projeto partilha disse…
Diante do que propõe Dr. Rui Nogueira: "todo acontecimento (...) merece ser reavaliado", ouso a me perguntar, ao refletir sobre o PATRIMÔMINO DA CAPELA DE NOSSA SENHORA DO CARMO - a da CACHOEIRA DOS RATES?
- qual é a concepção que norteia a questão do Patrimônio de uma determinada Igreja? - Como é pensada sua organização? - Existe um padrão para escolha do local onde será construída a Capela/Igreja? - Como é pensado o espaço que não o reservado à capela? - ??????????

Bem, encontramos algumas respostas: "O Patrimônio tem dimensões estabelecidas, que são suficientes para se abrir uma praça com casas em volta. O templo fica geralmente fora do centro, mais próximo do meio de um dos lados, mas voltado para a praça, em posição proeminente. (...) A praça serve de ponto de parada onde as pessoas se divertem olhando".
Cf.: Estudos de Geografia Agrária Brasileira, 1985, p.49-50. Editora Vozes. Petrópolis - RJ. Autor: O. Valverde.

Mais lidas no site

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt...

A organização do quilombo.

O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

Mais lidas nos últimos 30 dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...

Carmo da Cachoeira de 1800 até 1814

Carmo da Cachoeire: Leonor Rizzi e o poder do conhecimento histórico local Publicado neste site em 5 de fevereiro de 2009, o quadro intitulado “ Tabela Cronológica 9 – de 1800 até o Reino Unido ” , elaborado pela professora Leonor Rizzi , é mais do que uma sequência de datas: é um exercício de reconstrução paciente da história local a partir de vestígios dispersos. Em vez de olhar apenas para o “grande cenário” do Império português e das transformações políticas do início do século XIX, a autora acompanha, em detalhe, o que se passava na região que hoje reconhecemos como Carmo da Cachoeira : fazendas que se consolidam, capelas que se erguem, famílias que se fixam, instituições que se organizam. Esse tipo de pesquisa minuciosa, ancorada em registros paroquiais, inventários, sesmarias e documentação administrativa, devolve à comunidade algo que costuma ser monopolizado pelos manuais escolares: o direito de se reconhecer como sujeito da própria história. Ao relacionar acontecimentos lo...

Leonor Rizzi e os Selos do Sesquicentenário de Carmo da Cachoeira

  O Resgate da Memória em Milímetros: o Legado da Profª Leonor Rizzi O Selo como Documento de Resistência Histórica Os estudos de história costumam dar atenção aos grandes monumentos, às decisões políticas e às grandes crises econômicas. Porém, muitas vezes a identidade de um povo se apoia em coisas pequenas: objetos do dia a dia e iniciativas que, à primeira vista, parecem simples, mas guardam muito significado. Em 15 de janeiro de 2008, Carmo da Cachoeira , no sul de Minas Gerais, viveu um desses momentos discretos e importantes. Naquela data, a professora Leonor Rizzi , referência na preservação da memória do município e na proteção animal, pediu à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) a criação de uma série de selos personalizados. Esse gesto não foi apenas uma formalidade ou uma comemoração comum. Ao encomendar quatro modelos diferentes de selos para marcar o sesquicentenário da Instituição Canônica da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, a professora Leonor encontrou ...

Mais Lidas nos Últimos Dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...