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Fazenda da Barra — Comarca do Rio das Mortes

Apresentação do Estudo de Luiz Eduardo Vilela

Sob o título, TRÊS FAZENDAS DISTINTAS, Luiz Eduardo Vilela (o Dudu do seu Zé da Naninha), faz um estudo detalhado, utilizando-se de mapas antigos sobre cada uma das fazendas com denominação “Barra”.

Vilela buscou o auxílio da genealogia e inventários de pessoas atuantes na Comarca do Rio das Mortes no século XVIII, como podemos ver no decurso do trabalho.

Com profunda gratidão e respeito queremos agradecer a participação desse importante colaborador que, de forma voluntária e altruísta colabora com a história e a cultura de nossa tão querida Carmo da Cachoeira.

As fotos utilizadas no texto foram feitas por Evando Pazini, no ano de 2005.

TRÊS FAZENDAS DISTINTAS

Fazenda da Barra (Google Maps)

Latitude: 21°24' 7.83" S

Longitude: 45° 5' 0.11" O


Fazenda Duas Barras (Google Maps)

Latitude: 21° 32' 25.36" S

Longitude: 44° 56' 44.59" O


Fazenda Três Barras (Google Maps)

Latitude: 21° 31' 51.99" S

Longitude: 45° 14' 6.28" O


Fazenda da Barra

“...Próxima ao Rio Ingaí, é uma das mais antigas Fazendas da região. Tão antiga como a Fazenda da Ponte Falsa, cujas origens levaram-nos aos pais de dona Ana Tereza de Jesus - Manoel Alves Pedrosa e de dona Maria da Assunção. Ana Tereza casou-se com Antonio Dias de Gouveia e moraram na Fazenda PONTE FALSA. A Fazenda da Barra se mostra muito interessante ao visitante. Caminhos terrestres e marítimo e a arquitetura do prédio conta-nos a história de um ponto de encontros, paradas, convergência e redistribuição, enfim, ponto comercial. Uma descendente direta de Antônio Dias de Gouvêa/Gouveia se uniu, por laços do casamento a família da FAZENDA DA BARRA ....

Extraído do site: carmodacachoeira.net

A Fazenda da Barra, pertence ao Município de Carmo da Cachoeira e sua antiga sede encontra-se atualmente no município de Ingai. Portanto, referenciando ao blog, a fazenda fica próxima ao Rio do Cervo, e não Ingay conforme mencionado no site. Em pesquisa aos antigos proprietário encontra-se Tereza Alves da Assunção e João Francisco de Carvalho.

Tereza Alves da Assunção era irmã de Ana Tereza da Assunção conforme consta no inventário de Maria da assunção e Manoel Alves Pedrosa.


1 - MARIA DA ASSUNÇÃO E MANOEL ALVES PEDROSA


http://www.projetocompartilhar.org/DocsMgMZ/mariadaassuncao1772manoelalvespedrosa1808.htm

Arquivado no Museu Regional de São João del-Rei na caixa 23

Número de folhas originais : 27

Inventariante : MANOEL ALVES PEDROSO

Local : Morro do Chapéu Pequeno, Freguesia de N. Sra do Pilar, Termo de São João Del Rei

Data de abertura: 12/3/1772

Data do Óbito: 15-01-1772

Transcrito por: Edriana Aparecida Nolasco a pedido de Regina Moraes Junqueira

 

...declarou que a dita falecida morreu em quinze do mês de Janeiro do presente ano e que não fizera Testamento

 

Fl 02 – FILHOS

01-     Maria da Assunção casada com José da Silveira Pinto

02-     Ana Tereza de Jesus casada com Antonio Dias de Gouveia

03-     Tereza Alves de Jesus casada com João Francisco Carvalho

04-     Francisca de idade de dezoito anos pouco mais ou menos

05-     João Alves  de idade de quinze anos pouco mais ou menos

06-     José Alves de idade de quatorze anos pouco mais ou menos

07-     Luzia de idade de onze anos pouco mais ou menos

08-     Mariana de idade de dez anos pouco mais ou menos

09-     Elena de idade de oito anos pouco mais ou menos

10-     Isabel de idade de sete anos pouco mais ou menos

11-     Gonçalo de idade de cinco anos pouco mais ou menos

12-     Ignacia de idade de trez anos pouco mais ou menos

 

 

Fl 04 – ESCRAVOS: 27

 

Fl 06 - BENS DE RAIZ

 Um sítio em que vive e mora que se compõem de casas de vivenda cobertas de telha, cozinha coberta da mesma, senzalas e paiol e mais casas tudo de capim com seus arvoredos de espinhos, capoeiras, matos virgens poucos campos e seus logradouros que de  uma parte com José Rabelo e Caetano de Carvalho e de outra com Inácio de Lemos de Godoy e com Tomás Pereira da Silva e Manoel Machado e Manoel Fernandes dos Rios e com quem mais deva e haja de partir.............1:300$000

 

Ana Tereza da Assunção foi casada com Antônio Dias de Gouveia. Proprietários das Fazendas Ponte Falsa, Caxambu, Palmital e Chamusca.


1.2 ANA TEREZA DA ASSUNÇÃO FOI CASADA COM ANTÔNIO DIAS DE GOUVEIA


http://www.projetocompartilhar.org/DocsMgAF/antoniodiasdegouveia1789.htm

Museu Regional de São João del Rei

Tipo de Documento: Inventário

Ano: 1790

Caixa: 100

Nº de Páginas: 78

Inventariado: Antonio Dias de Gouveia

Inventariante: Ana Teresa de Jesus

Local: São João del Rei

Transcrito por: Edriana Aparecida Nolasco a pedido de Regina Junqueira

 

fls. 01

Inventário dos bens que ficaram por falecimento de Antonio Dias de Gouveia de quem foi Inventariante a viúva sua mulher Ana Teresa de Jesus.

Data: 04-06-1790

Local: Paragem chamada a Ponte Falsa da Freguesia de Santa Ana das Lavras do Funil do Termo da Vila de São João del Rei, Minas e Comarca do Rio das Mortes em casas de morada de Ana Theresa de Jesus, viúva do inventariado.

 

fls. 02v. Declaração

(...) declarou a Inventariante que o seu marido havia falecido no dia vinte e sete de Junho do ano de mil setecentos e oitenta e nove e que faleceu com o seu solene testamento (...)

 

fls. 02v. - Filhos:

01- Maria, de vinte e dois anos.

02- João, de vinte e um anos.

03- Ana, de dezoito anos.

04- Francisco, de dezesseis anos.

05- Manoel, de quatorze anos.

06- Theresa, de doze anos.

07- José, de dez anos

08- Francisca, de oito anos.

09- Martinho de quatro anos.

10- Antonio, de dois anos.

 

fls. 09 - Bens de Raiz:- uma fazenda de cultura sita nesta Paragem chamada a Ponte Falsa da Freguesia de Santa Ana das Lavras do Funil do Termo da Vila de São João del Rei, Minas e Comarca do Rio das Mortes, a qual se compõem de casas de vivenda em que vive e mora a viúva cabeça do casal com os herdeiros seus filhos, cobertas de telha, com seu paiol coberto do mesmo, com seu monjolo e algumas senzalas cobertas de capim, com seu pomar o qual tem algumas árvores de espinhos, matos virgens, capoeiras, campos e seus logradouros, que de uma banda parte com fazenda de João Francisco de Carvalho e com a fazenda chamada a dos Barreiros  1:900$000


Fazenda da Barra: Barra do Bom Caldo

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBa-FqXRLz9LV3yCbGx3lRX5i8o2z2WnEPhVEVP0Rvc997Q3__sdWwF4A6XrukeM-YCP6iItzUzgavoBkBFBa5vS2v2w8Uvru5St9Z7msXTy8Mp5YYiaUTMVhyphenhyphenKzBrFKBMQUJraZDBIhM/s400/Fazenda+Duas+Barras.jpg

Fazenda da Barra. Fonte: carmodacachoeira.net


1.3 TEREZA ALVES DE JESUS (ASSUNÇÃO) CASADA COM JOÃO FRANCISCO DE CARVALHO


Teresa Alves da Assunção

 

Batizada em 09-10-1752. Aos 10-04-1769 casou com João Francisco de Carvalho, natural da Freguesia de S. Miguel dos Gemeos, Termo da Villa de Bastos, Arc. de Braga, filho dos falecidos Manoel Gonçalves e Luiza Francisca.

Matriz de Nossa Senhora do Pilar SJDR e capelas filiadas, Cap. S. Miguel do Cajuru aos 09-10-1752 Teresa, f.l. Manoel Alves Pedrosa e Maria da Assunção Franca, padr.: Bento Rabelo e Teresa de Jesus cc Manoel Jose.

 

São João Del Rei, MG Igreja N Sra do Pilar aos 10-04-1769 na capela de N Sra da Piedade do Rio Grande filial desta matriz e testemunhas Felipe Teixeira de Carvalho e João Pimenta de Carvalho se casaram João Francisco de Carvalho, nat/bat na freg. de S. Miguel dos Gemeos termo da vila de Basto Arc. de Braga, f.l. de Manoel Gonçalves e de Luiza Francisca, falecidos = cc Teresa Alves da Assunção, nat/bat nesta sobredita freguesia de N Sra do Pilar de S. João del Rei, f.l. Manoel Alves Pedrosa e de Maria da Assunção França (indicação Decio Medeiros)

 

Foram moradores da Paragem da Barra do Bom Caldo do Servo, Freguesia de Lavras do Funil, Tereza teve seu inventário aberto aos 19-05-1787, tendo falecido em três de maio do mesmo ano, deixando sete filhos com idades entre 17 e 2 anos.

João Francisco faleceu aos 26-02-1793, com testamento redigido aos 02-12-1791 e aberto aos 27-02-1793, onde declarou sua naturalidade e filiação e pediu para ser enterrado no Adro da Matriz. (inventários neste site)

Tiveram os seguintes filhos:

 

1- Maria Francisca Alves de Jesus, com 17 anos em 1787. Aos 14-02-1790 casou-se com o Capitão Domingos Teixeira de Carvalho, filho de Manoel Teixeira de Carvalho e Rosa de Abreu Coutinho. Domingos foi inventariante de seu sogro (inventários de José Teixeira de Carvalho e Maria Francisca de Souza; Domingos Teixeira de Carvalho, disponibilizados por Débora Castellano, neste site).

B7 - Casamentos - Freguesia de N.S. da Conceição das Carrancas e Sta Ana das Lavras do Funil, aos 14-02-1790 matriz, Domingos Teixeira de Carvalho, f.l. Manoel Teixeira de Carvalho e Rosa de Abreu Coutinho, n. freguesia S. Salvador de Freixo Arcebispado de Braga; = cc. Maria Francisca Alves de Jesus, f.l. João Francisco de Carvalho e Theresa Alves da Assumpção, n/b vila de S. João e moradores na das Lavras.


Em 1831 eram moradores no Distrito do Senhor dos Passos:

Relação dos Habitantes do Distrito do Senhor dos Passos em 1831

Termo da Vila de São Carlos de Jacuhy , Sul do Estado de Minas Gerais , Brasil

10º quarteirão fogo 7

Domingos Teixeira de Carvalho, branco, 70, Casado, lavrador

Maria Francisca, branca, 60, casada,

Anna, branca, 20, solteira

Manoel, branco, 16, solteiro

 

          Entre os filhos do casal:

1-1 Maria Teixeira de Jesus aos 10-09-1823 casou com Antonio Joaquim da Silva, filho de Joaquim Luiz de Novaes e de Bernardina Caetana de Jesus

Boa Esperança, MG - Matriz, 10/09/1823, Antônio Joaquim da Silva, f.l. de Joaquim Luís de Novaes e de Bernardina Caetana de Jesus, nat. e bat. na freguesia de Barbacena; e Maria Teixeira de Jesus, f.l. de Domingos Teixeira de Carvalho, e de Maria Alves da Assunção, nat. e bat. na freguesia das Lavras. Testemunhas: Antônio Pinto da Silva e Francisco Alves da Assunção. O Vigr° José Francisco Morato (pesq. Silvia Buttros)

 

2- Ana Francisca Alves da Assunção (ou de Jesus), com 15 anos em 1787, casou aos 28-08-1793 na Matriz da Campanha do Rio Verde com José Coelho Paim, natural “das Ilhas”, filho de Francisco Pereira da Costa e Maria Pamplona. José teve seu inventário aberto na fazenda da Barra em São Domingos do Rio Servo, Freguesia de Lavras do Funil, aos 9-5-1815 (neste site). Ana Francisca mudou-se para a Fazenda dos Pinheiros, Freguesia de Jacuí, Termo da Vila de Campanha da Princesa, fazenda esta que José Coelho Paim havia comprado a José Coelho de Souza, em sociedade com José de Oliveira Simões,

No inventário de José Coelho, foram arrolados os seguintes filhos:

2-1 Francisco, com 22 anos

2-2 Domingos, dezoito anos

2-3 Manoel, nascido por 1800

2-4 Francisca por 1802

2-5 Ana, por 1805

2-6 Francisca, por 1807

2-7 João, por 1809

2-8 José, por 1811

2-9 Custódio, batizado em 26-04-1814. Com uma ano e três meses quando arrolado no inventário paterno.

Lavras, MG Igreja Santana Lv Suplemento aos 26-04-1814 na ermida de S. Domingos bat a Custodio, f.l. Jose Coelho Paim e Ana Francisca da Assunção, padar.: Jose de Oliveira Simões com pp de Manoel Pinheiro da Costa, e Helena Francisca da Assunção.

 

3- Isabel Francisca Alves, com 14 anos em 1787, casou aos 11-05-1798 na mesma Matriz com o Guarda Mor João Moreira de Andrade, natural de S. Salvador do Freixo de Baixo, Arcebispado de Braga, filho de Gualter Moreira de Andrade e Antonia Rodrigues. O Guarda Mor e Isabel, tambem referida como Isabel Alves de Jesus, tiveram ao menos:

3-1 Francisco Moreira de Andrade que casou aos 14-02-1825 com Maria Francisca do Carmo, filha de Francisco Correa Afonso e Ana Joaquina, família “Antonio Correa Afonso”, onde se encontra a certidão de seu casamento.

 

4- Luiza Francisca de Carvalho (ou Alves de Jesus), com 11 anos em 1787. Casou aos 07-05-1796 em Campanha do Rio Verde com Manoel José de Faria, filho de Francisco de Faria Albernaz e Izabel da Silva.

B7: Campanha-MG - casamentos - matriz aos 07-05-1796 Manoel Jose de Faria, f. de Francisco de Faria Albernaz e Izabel da Silva; = Luisa Francisca Alves de Jesus, f.l. de João Francisco de Carvalho e Teresa Alves da Assumpção. Foram proclamados na freguesia de Lavras.

 

          Em 1832 Luiza Francisca era viúva e morava em São Sebastião da Ventania com dois filhos solteiros.

censo 1832 S.Sebastião da Ventania-MG; 8º quart. fogo 18

Luiza Francisca Alves, branca, , 55, viúva

Jose Joaquim, branco, filho, 19, solteiro

Antonio Jose, branco, filho, 17, solteiro

15 escravos, cativos

 

5- Helena Francisca Alves da Assunção, com 7 anos em 1787, casou aos 15-08-1798 na mesma Matriz com José de Oliveira Simões.

Helena faleceu aos 02-07-1822 com inventário aberto dois meses depois na Fazenda Palmital da Barra, freguesia das Lavras do Funil pelo viúvo. Alem desta fazenda possuía também metade da Fazenda dos Pinheiros.

Segundo seu inventário (neste sitepesq Alda Câmara Bueno de Moraes) foram seus filhos (situação em 07-09-1822):

5-1 Maria, solteira, 23 anos.

5-2 José, solteiro, 22 anos.

5-3 Francisca, 20 anos, casada com José Antônio da Costa.

5-4 Ana, 15 anos, solteira.

5-5 João,12 anos

5-6 Manoel, 10 anos

5-7 Joaquim, 9 anos

5-8 Antonio, 7 anos

5-9 Francisco José de Oliveira, 4 anos.

5-10 Helena Francisca da Assunção, 2 anos

 

6- Francisca Alves da Assunção, com 4 anos em 1787, aos 03-02-1801 casou com Antonio Pinto da Silva.

 

7- Ignacia Francisca Alves de Carvalho, com 2 anos em 1787, casou aos 20-04-1806 na Ermida de São Domingos em Lavras com Joaquim Martins da Luz, filho de Francisco Martins da Luz e Tereza Maria de Jesus (ou de Oliveira), neto paterno de Manoel Martins Covas e Maria da Silva Luz, neto materno de Francisco de Oliveira Braga e Escolástica de Albernaz. Geração na família “Os Martins Covas” Cap. 1º, neste site)


1.4 INVENTÁRIO DE TEREZA ALVES DE JESUS E JOÃO FRANCISCO CARVALHO

Arquivado no Museu Regional de São João del-Rei na caixa 450

Número de folhas originais : 72

Inventariada: Tereza Alves da Assunção

Inventariante : JOÃO FRANCISCO DE CARVALHO

Local : Barra do Bom Caldo, Aplicação de Santa Ana das Lavras do Funil do Termo da Vila de São João Del Rei, minas e Comarca do Rio das Mortes, em casas do Inventariante

Data de abertura: 19-5-1787

Transcrito por: Edriana Aparecida Nolasco a pedido de Regina Moraes Junqueira

 

...que a sua falecida mulher havia falecido no dia três de maio do presente ano

 

Fl 02 – FILHOS

01- Maria de idade de dezessete anos

02- Ana de idade de quinze anos

03- Izabel de idade de quatorze anos

04- Luiza de idade de onze anos

05- Ilena de idade de sete anos

06- Francisca de 4 anos

07- Ignácia de dois anos

 Fl 04 – ESCRAVOS: 15

 Fl 06 - BENS DE RAIZ

 Uma fazenda sita nesta paragem chamada Barra do Bom Caldo ..... da Freguesia de Santa Ana das Lavras do Funil do Termo da Vila de São João Del Rei, minas e comarca do Rio das Mortes a qual se compõem de casas de vivenda em que vive o viúvo (....) e esta coberta de telha com seu paiol este coberto de capim, monjolos (....) senzalas, tudo coberto de capim (...) arvores de espinhos e algumas bananeiras com suas matas virgens, alguns campos capoeiras (....) que se divide de uma parte com a fazenda de João Marques Viana e de outros (danificada).......1:600$000


 JOÃO FRANCISCO DE CARVALHO

Inventário e Testamento

 

Arquivado no Museu Regional de São João del-Rei. Caixa 48

Número de folhas originais : Danificado, não consta.

Inventariante : DOMINGOS TEIXEIRA DE CARVALHO

Local : Paragem da Barra do Bom Caldo, Freguesia de Lavras do Funil, Termo da Vila de São João Del Rei, Minas e Comarca do Rio das Mortes, em casas e morada do falecido.

Data do Testamento: 2-12-1791.

Data do óbito: 26-2-1793

Data da abertura do Testamento: 27-2-1793, sendo declarado que o testador falecera na véspera

Data de abertura do Inventário: 22/07/1793, com declaração que o defunto falecera aos 25-3-1793.

 Transcrito por: Edriana Aparecida Nolasco a pedido de Regina Moraes Junqueira

FL 01

Inventário dos bens que ficaram por falecimento de João Francisco de Carvalho, viúvo que foi de Thereza Alves da Assunção de quem foi inventariante seu genro e Testamenteiro Domingos Teixeira de Carvalho.

Data: 22 de Julho de 1793

Local: Paragem denominada a Barra do Bom Caldo Freguesia de Santa Ana das Lavras do Funil, Termo da Vila de São João del Rei, Comarca do Rio das Mortes, em casas de morada do falecido João Francisco de Carvalho (...).

 


FL 01v – DECLARAÇÃO

...que seu sogro falecera em o dia vinte e cinco do mês de Março do presente ano de mil setecentos e noventa e trez com seu solene testamento (...)

 

Fl 02v – HERDEIROS

1 – Maria Francisca Alves de Jesus, casada com ele Inventariante

2 – Ana Francisca da Assunção, solteira, de idade de vinte e dois anos (casou com José Coelho Paim)

3 – Isabel Francisca Alves, solteira, de idade de vinte anos (casou com João Moreira de Andrade)

4 – Luiza Francisca de Carvalho, solteira, de idade de dezoito anos (casou com Manoel José de Faria)

5 – Ilena Francisca Alves da Assunção, solteira, de idade de treze anos (casou com José de Oliveira Simões)

6 – Francisca Alves da Assunção, solteira, de onze anos (casou com Antonio Pinto da Silva)

7 – Inácia Francisca Alves de Carvalho , solteira, de idade de oito anos

Fl 04 – ESCRAVOS: 16

BENS DE RAIZ – Um sítio de cultura e criação sito na Paragem denominada a Barra do Bom Caldo que se compões de matos virgens, capoeiras, campos, casas de vivenda e paiol coberto de telhas, monjolo e senzalas cobertos de capim com seus arvoredos de laranjeiras e bananeiras que de uma banda parte com a fazenda de Antonio Correa por outra com Lourenço José de Andrade, de outra com Francisco Gonçalves de Azevedo e da outra com Ana Tereza de Jesus viúva do falecido Antonio Dias de Gouveia e com quem mais deva e haja de partir.............2:800$000



  1. MARIA FRANCISCA ALVES DE JESUS


Maria Francisca Alves de Jesus, com 17 anos em 1787. Aos 14-02-1790 casou-se com o Capitão Domingos Teixeira de Carvalho, filho de Manoel Teixeira de Carvalho e Rosa de Abreu Coutinho. Domingos foi inventariante de seu sogro (inventários de José Teixeira de Carvalho e Maria Francisca de Souza; Domingos Teixeira de Carvalho, disponibilizados por Débora Castellano, neste site).

B7 - Casamentos - Freguesia de N.S. da Conceição das Carrancas e Sta Ana das Lavras do Funil, aos 14-02-1790 matriz, Domingos Teixeira de Carvalho, f.l. Manoel Teixeira de Carvalho e Rosa de Abreu Coutinho, n. freguesia S. Salvador de Freixo Arcebispado de Braga; = cc. Maria Francisca Alves de Jesus, f.l. João Francisco de Carvalho e Theresa Alves da Assumpção, n/b vila de S. João e moradores na das Lavras.

Em 1831 eram moradores no Distrito do Senhor dos Passos:

Relação dos Habitantes do Distrito do Senhor dos Passos em 1831

Termo da Vila de São Carlos de Jacuhy , Sul do Estado de Minas Gerais , Brasil

10º quarteirão fogo 7

Domingos Teixeira de Carvalho, branco, 70, Casado, lavrador

Maria Francisca, branca, 60, casada,

Anna, branca, 20, solteira

Manoel, branco, 16, solteiro


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmcdZiIBz3GHTjGQHvrjosDakrtR3Ysr2qNqPA8iVcOmP2TWWLXQrdKUS20thEuqgEC38ba8SSNQaHP40tCEtiZ8xietHhsil6pPG5OOYmj4ILGPq60Djy3PUR2RnrU4f208d7ClqlWr4/s400/Ermida+S%C3%A3o+Domingos.jpg

Capela de São Domingos da Barra. Fonte: carmodacachoeira.net


Daí surge a hipótese da Capela da Barra ser em Homenagem a São Domingos, devido ao nome do Capitão Domingos Teixeira de Carvalho.


1.4.2 ANA FRANCISCA DA ASSUNÇÃO 

http://www.projetocompartilhar.org/DocsMgGL/josecoelhopaim1815.htm

JOSÉ COELHO PAIM

Inventário

 

Museu Regional de São João del Rei

Tipo de Documento: Inventário

Ano: 1815

Caixa: 442

Nº de Paginas: 144

Inventariado: José Coelho Paim

Inventariante: Ana Francisca de Assunção

Local: São João del Rei

Transcrito por: Edriana Aparecida Nolasco a pedido de Regina Junqueira

Obs.: Documento muito danificado

 

fls. 01

Inventário dos bens do falecido José Coelho Paim de quem é viúva e Inventariante sua mulher Dona Ana Francisca da Assunção.

Data: 09-05-1815

Local: Fazenda denominada a Barra de São Domingos do Rio Servo da Freguesia de Santana das Lavras do Funil, Termo da Vila de São João del Rei, em casas de morada da Inventariante Dona Ana Francisca da Assunção viúva do falecido.

 

fls. 03 - Filhos:

01- Francisco, de vinte e dois anos.

02- Domingos, dezoito anos.

03- Manoel, quinze anos.

04- Maria Francisca, 13 anos.

05- Ana, dez anos.

06- Francisca, oito anos.

07- João, seis anos.

08- José, quatro anos.

09- Custódio, um ano e três meses.

 

fls. 05v. - Bens de Raiz

- um sítio na Barra de São Domingos do Rio Servo, com seu terreiro e com casas de vivenda, monjolo, ranchos de carros e outras oficinas, todas inferiores com suas terras de cultura e de criar que parte com a Fazenda de Domingos Teixeira de Carvalho, Manoel Dias de Gouveia  800$000

- uma fazenda que se compõe, de terras de culturas e de criar chamada a dos Pinheiros, sita na Freguesia de Jacui do Termo da Vila da Campanha da Princesa, a qual comprou o dito seu marido de sociedade com José de Oliveira Simões (...) cuja fazenda haviam comprado a João Coelho de Souza e sua mulher (...) cuja fazenda confronta com Dona Ana Theodora de Figueiredo e com terras dos mesmos vendedores, com as de Manoel José de Faria, e pelo alto da Serra dos Pinheiros com Manoel José de Godois e outros (...)  1:200$000


Sobre os descendentes dos Alves Pedrosa. Maria da Assunção e Manoel Alves Pedrosa


Cap. 1º - Maria da Assunção

Estava na Fazenda da Ressaca da Aplicação de São Gonçalo de Ibituruna


Cap. 2º - Ana Teresa de Jesus

 Casada com Antônio Dias de Gouvêa. Fazendas Chamusca e Rio Grande e partes das fazendas Palmital e Caxambu

3- Ana Teresa de Gouveia: c.c. José Pereira ponte Falsa

7- José Dias de Gouveia: Caxambu

9- Martinho Dias de Gouveia: Chamusca


Cap. 3º - Teresa Alves da Assunção

 Paragem da Barra do Bom Caldo do Servo.


  1. Maria Francisca Alves de Jesus; c.c. Domingos Teixeira de Carvalho (Barra)

  2. Ana Francisca Alves da Assunção c.c. José Coelho Paim. Depois de viúva mudou-se para Jacuí.

5- Helena Francisca Alves da Assunção cc José de Oliveira Simões. Fazenda Palmital da Barra


Cap. 4º - Francisca Alves da Assunção

1773 - Casada com Alferes Manoel Gonçalves da Silva. Fazenda denominada o Engenho da Cruz das Almas da Freguesia e Termo da Vila de São João del Rei.


Cap. 5º - José Alves Pedrosa


Foram proprietários da Fazenda Água Limpa na Aplicação de São Francisco da Onça Termo da Vila de São João del Rei, havida por herança no inventário de Antonio Fernandes Lima tronco da família do mesmo nome. Leonor teve seu inventário aberto aos 24-03-1827, com a declaração de que falecera aos  26-11-1826. Entre seus bens deixou a Fazenda da Bocaina que, pelas confrontações, seria parte da Fazenda dos pais de José, no Morro do Chapéu e a Fazenda Patrimônio, comprada ao Padre João Fernandes Lima.


Cap. 6º - João Alves Pedrosa


João faleceu aos 27-07-1805 e teve seu inventário aberto em dezesseis de setembro do mesmo ano na Fazenda do Morro do Chapéu Pequeno, Aplicação de Nossa Senhora da Piedade do Rio Grande


Cap. 7º - Mariana Alves Pedrosa

Faleceu antes de seus pais


Cap. 8º - Luzia Maria Alves

Aparece no censo em São João Nepomuceno


Cap. 9º - Helena Alves Pedrosa

Ibitipoca - MG


Cap. 10º - Isabel Maria de Jesus

Fazenda Fundagem de Traz da Serra


Cap. 11º - Gonçalo Alves Pedrosa

Nasceu por 1766, foi morador no Ribeirão dos Cavalos junto ao Morro do Chapéu Pequeno


Cap. 12º - Inácia Alves da Assunção

Fazenda Coruja do Capivari, Freguesia de Santana das Lavras

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Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt...

A organização do quilombo.

O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

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Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...

Carmo da Cachoeira de 1800 até 1814

Carmo da Cachoeire: Leonor Rizzi e o poder do conhecimento histórico local Publicado neste site em 5 de fevereiro de 2009, o quadro intitulado “ Tabela Cronológica 9 – de 1800 até o Reino Unido ” , elaborado pela professora Leonor Rizzi , é mais do que uma sequência de datas: é um exercício de reconstrução paciente da história local a partir de vestígios dispersos. Em vez de olhar apenas para o “grande cenário” do Império português e das transformações políticas do início do século XIX, a autora acompanha, em detalhe, o que se passava na região que hoje reconhecemos como Carmo da Cachoeira : fazendas que se consolidam, capelas que se erguem, famílias que se fixam, instituições que se organizam. Esse tipo de pesquisa minuciosa, ancorada em registros paroquiais, inventários, sesmarias e documentação administrativa, devolve à comunidade algo que costuma ser monopolizado pelos manuais escolares: o direito de se reconhecer como sujeito da própria história. Ao relacionar acontecimentos lo...

Leonor Rizzi: O Legado do Projeto Partilha

Um Resgate da Memória de Carmo da Cachoeira A história de um povo é construída não apenas por grandes eventos, mas pelo cotidiano, pela fé e pelo esforço de seus antepassados. Em Carmo da Cachoeira , essa máxima foi levada a sério através de uma iniciativa exemplar de preservação e descoberta: o Projeto Partilha . Liderado pela Profª Leonor Rizzi , o projeto destacou-se pelo rigor acadêmico e pela paixão histórica. O intuito era pesquisar a fundo a origem de Carmo da Cachoeira, indo além do óbvio. A investigação buscou a documentação mais longínqua em fontes primárias, estendendo-se desde arquivos em Portugal até registros no Brasil, mantendo contato constante com pesquisadores de centros históricos como Porto , Mariana , Ouro Preto e São Paulo . A metodologia do projeto foi abrangente. Além da consulta a documentos genealógicos digitais, houve um trabalho minucioso nos Livros de Diversas Paróquias e Dioceses . Neste ponto, a colaboração eclesiástica foi fundamental: o clero da Paróq...

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