Pular para o conteúdo principal

Os utensílios do Dr. João Justiniano Reis, médico.

Médico e fazendeiro, Dr. José Justiniano dos Reis, Fazenda da Serra, Município de Carmo da Cachoeira, Minas Gerais, nasceu em 1890 e faleceu em 1967. Foi casado com Iracema Figueiredo, nascida na Fazenda Bela Vista, Município de Três Pontas.

Iracema era filha do Dr. Domingos Figueiredo, advogado e ex-deputado e Ambrozina Paiva Figueiredo (Zinoca Figueiredo). Dr. José Justiniano e dona Iracema tiveram cinco filhos: Santuza; Yvone; Myrian gemea de José Figueiredo. Santuza, nascida em 1918 foi casada com Dr. Geraldo Oscar Domingues Machado, Engenheiro e Ex-Reitor da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais. Yvone, casada com o Dr. Darwin Leão Teixeira, ex-Corregedor do Estado de Minas Gerais; Myrian casada com Dr. Paulo Chaves Ribeiro, médico em Varginha; José casado com Norma, filha de Pedro Garcia e Augusta Teixeira.

Foto: Evando Pazini - 2007 - Arte: TS Bovaris

Próxima imagem: Detalhe de capela rural sul-mineira de 1919.
Imagem anterior: Mobilização cultural afro-brasileira em Minas.

Comentários

projeto partilha disse…
"No Brasil Colônia, extenso e inexplorado, a Lei do Morgado perdeu sua força diante dos processos ecológicos-econômicos que lhe faziam barreira. Em outras palavras, se teoricamente a lei não permitia a divisão da propriedade pelos filhos, por morte do proprietário, a facilidade de acesso à terra fazia com que se tornassem proprietários de outras extensões nas redondezas.(...) a partir de 1835, favoreceu a fragmentação da propriedade (...)".
cf.: Texto de Maria Helena Bueno Trigo. Os paulistas de quatrocentos anos ... - Google Books - Windows Internet Explorer
http:books.google.com.br/
projeto partilha disse…
Errata. Tipo de erro: denominação incorreta. Leia: Dr. JOSÉ Justiniano e não como constou - João.
projeto partilha disse…
Procuração (Primeira parte)
Saibão quantos virem este publico instrumento de poderes de procuração que no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos setenta e oito aos onze dias do mês de março o dito anno neta Freguesia da Cachoeira do Carmo, Termo da Cidade de Lavras, em meu cartório comparecerão Antonio dos Reis Silva, e sua mulher dona Maria Cândida Branquinho ambos moradores desta mesma Freguesia reconhecidos pelos próprios do que dou fé e por elle me foi dito em presença das testemunhas abaixo assinagnadas que por este publico instrumento e na milhor forma de direito nomiarão e constituão a MANOEL JOAQUIM DA COSTA e JOSÉ JOAQUIM GOMES BRANQUINHO (II) com poderes (...) continua.
projeto partilha disse…
(continuação) Procuração (...)Gomes Branquinho com poderes especiais para assignar escriptura de venda que os obtorgantes tem duas partes de terras que ouverão por herança materna e paterna do Capitão João Damasceno Branquinho e dona Joaquina Antonia da Silva, cujas partes achão contratadas com o comprador Cândido Alves Branquinho pela quantia de vinte contos de réis, sendo quatro avista e os mais em cinco annos em cinco pagamentos iguais na forma da carta de ordem que os obtorgantes envião aos seus procuradores, aos quais concede amplos e illimitados poderes, e que tudo quanto pelos seus procuradores for feito e abrado, os havião por firme e valioso, relevando do incargo de saptisfação que o direito obtorga. (continua)
projeto partilha disse…
(continuação) (...) o direito obtorga. E como assim o disserão e outorgarão assignão este instrumento com as testemunhas tenente coronel José Fernandes Avelino e Pedro Rodrigues da Silva depois de lhe ser lida por mim João Baptista da Fonseca, Escrivão da Subdelegacia e Paz que o escrevy e assino em publico e razo. Em Testemunho de Verdade (assinatura).
projeto partilha disse…
Temos em nossos arquivos um fragmento tendo ao alto e a direita a rubrica "Alves Gouvêa?/Gouveia?". O escrivão da subdelegacia é João Baptista da Fonseca. As assinaturas que aparecem são as do pp. escrivão, a de José Balbino dos Reys (Reis), a de João Alves de Gouvêa e a de José Fernandes Avelino. Repassamos alguns nomes presentes no documento: (...) Martins pela quantia de um conto cento e vinte cinco mil réis, a Delfino Fernandes Martins pela quantia de um conto cento e vinte e cinco mil réis, de Antonio Umbelino Martins pela quantia de um conto cento e vinte cinco mil réis, a José Joaquim Ferreira pela quantia de oito contos vinte mil réis, a Heitor Marques de Arantes pela quantia de três contos seis centos e oitenta mil réis (...)passam escriptura da venda, a cada um dos compradores (...) É tudo o que se pode ler do referido fragmento.
projeto partilha disse…
JOSÉ BALBINO DOS REIS, segundo Rubião (1918) "é um dos homens mais populares no nosso meio, pelas suas excellentes qualidades. Coração de natural bondoso, espírito lhano, amigo dedicado, maneiras francas e leaes e genio hospitaleiro e serviçal."
O Álbum de Vargina o trata por Coronel e mostra em uma de suas páginas as fotos da família seguida do seguinte: "Fazenda da Boa Esperança", no Districto do Carmo da Cachoeira. Propriedade do Coronel José Balbino dos Reis. Nomeia as pessoas presentes na foto como sendo: Cel. José Balbino dos Reis, Exma. Sra. dona Francelina Teixeira Reis, srta. Aracy Reis, (e a pessoa mais idosa - Joaquim Alves Teixeira) e as meninas: Alaide, Maria Aparecida e Thais Figueiredo.
Ao falar da Fazenda "Bôa Esperança", entre muitas outras apreciações, Rubião diz: "A colonia da "Boa Esperança" é na sua quasi totalidade, composta de famílias italianas, que mantém a suas bellas tradições de trabalho, de robustez e de economia.

Mais lidas no site

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt...

A organização do quilombo.

O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

Mais lidas nos últimos 30 dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...

Carmo da Cachoeira de 1800 até 1814

Carmo da Cachoeire: Leonor Rizzi e o poder do conhecimento histórico local Publicado neste site em 5 de fevereiro de 2009, o quadro intitulado “ Tabela Cronológica 9 – de 1800 até o Reino Unido ” , elaborado pela professora Leonor Rizzi , é mais do que uma sequência de datas: é um exercício de reconstrução paciente da história local a partir de vestígios dispersos. Em vez de olhar apenas para o “grande cenário” do Império português e das transformações políticas do início do século XIX, a autora acompanha, em detalhe, o que se passava na região que hoje reconhecemos como Carmo da Cachoeira : fazendas que se consolidam, capelas que se erguem, famílias que se fixam, instituições que se organizam. Esse tipo de pesquisa minuciosa, ancorada em registros paroquiais, inventários, sesmarias e documentação administrativa, devolve à comunidade algo que costuma ser monopolizado pelos manuais escolares: o direito de se reconhecer como sujeito da própria história. Ao relacionar acontecimentos lo...

Leonor Rizzi e os Selos do Sesquicentenário de Carmo da Cachoeira

  O Resgate da Memória em Milímetros: o Legado da Profª Leonor Rizzi O Selo como Documento de Resistência Histórica Os estudos de história costumam dar atenção aos grandes monumentos, às decisões políticas e às grandes crises econômicas. Porém, muitas vezes a identidade de um povo se apoia em coisas pequenas: objetos do dia a dia e iniciativas que, à primeira vista, parecem simples, mas guardam muito significado. Em 15 de janeiro de 2008, Carmo da Cachoeira , no sul de Minas Gerais, viveu um desses momentos discretos e importantes. Naquela data, a professora Leonor Rizzi , referência na preservação da memória do município e na proteção animal, pediu à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) a criação de uma série de selos personalizados. Esse gesto não foi apenas uma formalidade ou uma comemoração comum. Ao encomendar quatro modelos diferentes de selos para marcar o sesquicentenário da Instituição Canônica da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, a professora Leonor encontrou ...

Mais Lidas nos Últimos Dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...