Pular para o conteúdo principal

fazenda Capitinga


A fazenda Capitinga entra na história como benemérita, pois seus proprietários, Gabriel Justiniano dos Reis e sua esposa Anna Reis, num ato nobre, digno e altruísta, cederam para uso do distrito, a água de seu manancial e da qual a população faz uso até hoje.Gratidão e amor incondicional, a Mãe Natureza e aos seus filhos altruístas.

"Biézinho da Capitinga", pai de Dona Zilá, da Bahia e da Lulu, eis como era conhecido este altruista doador das águas, que serviram num primeiro momento o Arraial do Carmo da Cachoeira. Biézinho, foi o construtor da casa da "Lulú da Capitinga", in memoriam.


Comentários

Anônimo disse…
Errata. Tipo de erro:Digitação. Leia-se CAPITINGA, ao invés de Capetinga.
Anônimo disse…
Aproveite e vejam descendentes de gente de nossa região em São José de Capitinga (MG), em Mariana de Souza Monteiro.
Anônimo disse…
Esclarecimento. A correção para o termo CAPITINGA ao invés de Capetinga foi o "uso tradicional local". Dona Zilah, A Zilá do Percy para os cachoeirenses mantém o nome com "i". Fiéis as buscas de nossas origens, mantivemos o seguido pela tradição. Vejam que alguns que daqui partiram, por um motivo ou outro que ainda não estudamos levaram o termo com "i", como foi o casa apontado na descendência de Mariana de Souza Monteiro. Encontramaos uma justificativa na página "Diversidade Lingüística no Brasil" - Microsoft Internet Explorer. Endereço, http://www.educacaopublica.rj.gov/br/cursos/portuguesa/diversidade/01.htm
Anônimo disse…
Em papel timbrado com o Símbolo do ESTADO DE MINAS GERAIS e os termos nele contido "Libertas Quae Sera Tamen", a Camara Muncipal de Varginha, em 18 de fevereiro de 1926 passa "escriptura particular de cessão da servidão de um manancial para o abastecimento da séde do districto do Carmo da Cachoeira". No ato da referida cessão esteve presente como cedente GABRIEL JUSTINIANO DOS REIS e sua mulher, dona ANNA REIS, e como outorgada cessionária, a Camara Municipal de Varginha". Consta do termo, "(...) por elles foi dito que eram senhores e possuidores, a juto título, de um manancial nas corcunsvisinhanças da séde do districto, no logar denominado "Capetinga", de onde parte a água que abastece o mesmo districto, cuja servidão cedem como cedido tem a Camara Municipal de Varginha (...). A Camara estava representada pelo Pharmaceutico Alvaro de Paula Costa, seu Presidente e das testemunhas Armando Paiva e Amaro de Souza Leme/(Lemos?). "Eu, Evaristo Gomes de Paiva, Director da Secretaria, a escrevi e de perante as partes que acham de conforme assignam com as testemunhas".
Anônimo disse…
Ontem quando estive com dona Zilah (Zilá do Percy)ela me dissi: Posso lhe contar algo? Você poderá me ouvir? Tomei de uma pequena cadeira, que estava ao lado do telefone e postei-me frente-a frente com ela. Relatou-me que recebeu uma visita muito importante na véspera - a do SANTÍSSIMO SACRAMENTO, levada pela Ministra da Eucaristia, MARLUCE, sua parente. Disse-me dona Zilá:"Veja este vasinho com flores na cor violeta. Coloquei sobre a mesa. Rezei uma oração que minha mãe nos ensinava e pedia que se repetisse todas as noites - a da Divina Providência e RECEBI O SACRAMENTO DA COMUNHÃO".
Anônimo disse…
Oração ensinada aos filhos, por dona Anna Reis, casada com Gabriel Justiniano dos Reis.

ORAÇÃO DA DIVINA PROVIDÊNCIA.

"Onipotente e eterno Deus
Concedei-me a graça
De ter sempre presente
Ao meu espírito
A Vossa Adorável Prividência.

Afastai do meu coração
Todas as preocupações inúteis
A fim de que confie inabalavel/
A Vossa Infinita Bondade
Mesmo nas maiores provações

Oh! Deus. Sumamente sábio e Todo Poderoso
Guiai os acontecimentos de minha vida
Segundo o Eterno Beneplácito Vosso
Seja feito em tudo Sua Santíssima Vontade
Seja sempre glorificada a Divina Com todas as coisas. Assim Seja".
Anônimo disse…
Gabriel Justiniano dos Reis, segundo dona Zilah,"Bié da Capitinga", segundo Ovídio Reis, "Bièzinho", fazendeiro - Fazenda Capitinga, Município de Carmo da Cachoeira, nasceu na Fazenda da Serra aos 18 de fevereiro de 1885. Casou-se em primeiras núpcias com MARIANA TEIXEIRA REIS. Filhos do primeiro casamento: Mariana Teixeira Reis Filha, faleceu com 15 anos e Antonio Teixeira Reis, faleceu com 2 anos. O segundo casamento foi com NANINHA, Anna Reis, que nos deixou seu legado na ORAÇÃO A DIVINA PROVIDÊCIA, entre outros tantos, sob a forma de valores imateriais. Segundo a Genealogia da Família Reis, p. 64, Gabriel JUSTINIANO é neto Gabriel dos Reis Silva, primeiro filho de dona Mariana Vilela do Espírito Santo, nascida em Serranos em 1774, filha de Maria Vilela do Espírito Santo e neta paterna Felícia Siqueira ou Cerqueira.Gabriel e Bazilissa são pais de ANTÔNIO JUSTINIANO DOS REIS,da Fazenda da Serra. Municip. de Carmo da Cachoeira-MG, nascido em 19/01/1846 e casado com Idalina de Oliveira Costa(filha de JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA COSTA, nascido em 10/05/1835 e ELIZA FELISBINA DE OLIVEIRA, nascida em 02/09/1839). Gabriel(o avô) casou-se em São Tomé das Letras, com Bazilissa Cândida Branquinho(a avó), filha do alferes Luiz Gonzaga Branquinho e de Ana Cândida de Meireles. Ana Cândida, neta de JOÃO DE SOUZA MEIRELLES E DE DONA MARIANA GARCIA DUARTE MEIRELLES. Os pais de Gabriel Justiniano, segundo o genealogista José Ovídio Reis (Faz.Pedra Branca-Três Pontas)e, portanto, ANTONIO JUSTINIANO DOS REIS(P.26), DE QUEM GABRIEL JUSTINIANO é o sétimo dos filhos. Nossa querida dona Zilah, é filha do segundo casamento, juntamente com a Lulu, a Bahia.
Anônimo disse…
ANNA REIS. A que deixou oum legado às futuras gerações: ORAÇÃO DA DIVINA PROVIDÊNCIA. Deixou também um exemplo de trabalho e dedicação. Dona Zilah disse: "a mamãe, com feixe de lenhas sobre as costas" Quem foi, na genealogia essa gerreira, batalhadora e devota senhora? Além de ser a mamãe de nossa QUERIDA dona ZILAH, da LULU (in memoriam) e da BAHIA, foi casada com o viúvo Gabriel Justiniano dos Reis (o doador das águas do manancial da CAPITINGA). Suas ligações patrimoniais foram a casa do Arraial (ainda existente hoje na praça Nossa Senhora do Carmo, e preservada pela atual família residente na Fazenda do Bananal e casado na família do Sr. José da Naninha - DAS ABELHAS) - A CASA DO MORRO GRANDE, e a Fazenda do mesmo nome, que hoje será mostrada a todos, contando como sempre com o auxilio de nosso precioso colaborador Rogério Vilela.Segundo dona Zilah uma casa muito, muito antiga. Deu detalhes, através dos quais a reprodução através da arte de Maurício José Nascimento. Ápós o desenho feito e mostrado em exposição na cidade, pelos 150 anos da instalação Freguesia e divulgada pela TV regional, a feliz constatação de que a memória de dona Zilah deverá ser respeitada - a publicação da casa em Album de Varginha. Detalhe por detalhe dos mantidos na memória de dona Zilah estavam registrados no referido álbum.A genealogia segue em outro comentário.
Anônimo disse…
A devota da DIVINA PROVIDÊNCIA - ANNA REIS, mãe de dona Zilah, casada com Sr. Percy.Os pais de dona Anna foram: ANTONIO DOS REIS SILVA(II), batizado em 05/09/1808. Casou-se com MARIA CÂNDIDA BRANQUINHO (I), filha de JOÃO DAMASCENO BRANQUINHO - da fazenda Boa Vista. Estudiosos da família tem encontrado respostas navegando. Existe muito material hoje disponibilizado pela internet. O Projeto Partilha utiliza este recurso e encomenda pesquisas, para nomes ainda não disponibilizados por esta via. Assim, nas raizes dos "Branquinhos", dona Ângela Ribeiro de Moraes. No engenho do Peixe em 1821, a presença de Juliana Maria de Almeida(também é encontrada como Juliana de Almeida e Silva ou só "Almeida"). Filha de dona Genoveva de Almeida e Silva, casada com Manoel Coelho dos Santos. Inv.SJDR, ano 1840. Juliana casou-se com Thomaz(Tomaz) Mendes(dos Santos), ambos falecidos em 1840.Considerando a
imensidão territorial da Comarca do Rio das Mortes, procurar um nome torna a tarefa árdua. Temos em São Bento Abade a presença de Manoel Ferreira Mendes, casado com Maria Francisca do Espírito Santo(ela teve um segundo casamento). Do primeiro casamento uma filha única, Maria Ignácia, "viúva do Capitão João Francisco Junqueira, herdeira única e universal"p. 531, Família Junqueira. A finalidade da citação é buscar nos idos anos do mil e setecentos os "MORAES", DE MARIA DA COSTA MORAES, casada com o Sr. Manoel Antonio Rates, do Sítio da Cachoeira, na CACHOEIRA DOS RATES, no ano de 1770/1800. A vizinhança estava espalhada nesta imensidão territorial. A Fazenda Morro Grande, fica entre a Fazenda da Ponte Falsa e Sítio da Cachoeira, na CACHOEIRA DOS RATES. Júnior Caldeira está tentando buscas em arquivos, na busca de suas raizes, com a finalidade de regá-las. Ajuda a gente, dona ANNA REIS, moradora da CASA CELESTIAL e devota da DIVINA PROVIDÊNCIA. A forte e robusta árvore necessita de água para não secar.

Mais lidas no site

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt...

A organização do quilombo.

O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

Mais lidas nos últimos 30 dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...

Carmo da Cachoeira de 1800 até 1814

Carmo da Cachoeire: Leonor Rizzi e o poder do conhecimento histórico local Publicado neste site em 5 de fevereiro de 2009, o quadro intitulado “ Tabela Cronológica 9 – de 1800 até o Reino Unido ” , elaborado pela professora Leonor Rizzi , é mais do que uma sequência de datas: é um exercício de reconstrução paciente da história local a partir de vestígios dispersos. Em vez de olhar apenas para o “grande cenário” do Império português e das transformações políticas do início do século XIX, a autora acompanha, em detalhe, o que se passava na região que hoje reconhecemos como Carmo da Cachoeira : fazendas que se consolidam, capelas que se erguem, famílias que se fixam, instituições que se organizam. Esse tipo de pesquisa minuciosa, ancorada em registros paroquiais, inventários, sesmarias e documentação administrativa, devolve à comunidade algo que costuma ser monopolizado pelos manuais escolares: o direito de se reconhecer como sujeito da própria história. Ao relacionar acontecimentos lo...

Leonor Rizzi: O Legado do Projeto Partilha

Um Resgate da Memória de Carmo da Cachoeira A história de um povo é construída não apenas por grandes eventos, mas pelo cotidiano, pela fé e pelo esforço de seus antepassados. Em Carmo da Cachoeira , essa máxima foi levada a sério através de uma iniciativa exemplar de preservação e descoberta: o Projeto Partilha . Liderado pela Profª Leonor Rizzi , o projeto destacou-se pelo rigor acadêmico e pela paixão histórica. O intuito era pesquisar a fundo a origem de Carmo da Cachoeira, indo além do óbvio. A investigação buscou a documentação mais longínqua em fontes primárias, estendendo-se desde arquivos em Portugal até registros no Brasil, mantendo contato constante com pesquisadores de centros históricos como Porto , Mariana , Ouro Preto e São Paulo . A metodologia do projeto foi abrangente. Além da consulta a documentos genealógicos digitais, houve um trabalho minucioso nos Livros de Diversas Paróquias e Dioceses . Neste ponto, a colaboração eclesiástica foi fundamental: o clero da Paróq...

Mais Lidas nos Últimos Dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...