Antônio de Oliveira Godinho Para Padre Godinho todas as montanhas eram azuis "Li, da noite para o dia, as quatro partes do livro: caminhei pela nave, cheguei até ao altar, a alma de joelhos, diante da obra de arte. Entreguei os originais a um editor capaz de ler e de entender. E o que fora meu privilégio por uma noite, dias , semanas e meses, torna-se, hoje, democraticamente, pintura, afresco, escultura, música ao alcance de todos. Ninguém lerá esta preciosidade impunemente. Ao final da viagem, cada passageiro terá crescido como ser humano. Grande sacerdote esse homem incrível, Padre Godinho, capaz de criar, de uma só vez, todo esse mundo de beleza e de reparti-lo, perdulariamente, a todos quantos se dispuserem a usufruí-lo; Obrigado Padre, Deus te inspire um segundo livro." É dessa forma que Luiz Fernando Mercadante apresenta o livro "Todas as Montanhas são Azuis" do religioso e político cachoeirense Antônio de Oliveira Godinho,...
Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...