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Maisa Nascimento e o Projeto Relógio de Pandora.

Mineira de Carmo da Cachoeira, Maisa Marques Nascimento iniciou sua vida artística ainda criança, quando sua avó materna começou a lhe dar aulas de piano. Ao longo do tempo, a fascinação pela música já era certa e sua voz foi chamando cada vez mais a atenção. Aos 15 anos, entrou para o Conservatório Estadual de Música de Varginha como aluna de bateria, mas como naquela época bateria não era coisa de meninas, voltou a estudar piano.

Começou a cantar com seus amigos em pequenas apresentações na igreja de sua cidade. Em 2006, mudou-se para Pouso Alegre para cursar Psicologia, e transferiu seus estudos de música para o Conservatório Estadual Juscelino Kubitschek de Oliveira. Lá, formou-se em piano e atualmente estuda canto. Tendo feito várias apresentações de destaque, foi escolhida pelo Projeto Relógio de Pandora.

Idealizado pelo compositor e violinista Ravi Sawaya, o projeto tem como objetivo lançar, a cada ano, uma nova cantora e intérprete de MPB da região do Sul de Minas.

A idéia surgiu a partir da percepção de que uma região tão rica em talentos precisava de uma iniciativa direcionada a lançar e divulgar esses artistas para a mídia e o público em geral.

O projeto buscar produzir material cultural de alta qualidade: gravação feita em estúdios de referência no país, composições inéditas, arranjadores e instrumentistas experientes, além, é claro, da revelação de uma nova voz para a música popular brasileira.

O nome une a palavra relógio, fazendo referência ao tempo e às lembranças resgatadas nas canções, à Pandora ― do grego, aquela que tem todos os dons ― referentes aos novos talentos que serão lançados.

Maisa empresta seu talento para dar vida a composições de Ravi Sawaya e Tadéia Bueno: Relógio de Pandora; Se; Areia do mar; Um dia assim; Jamaica; A te esperar; A menina da janela; Maria Clara; Presente do Sol; Quem com mal, mal acaba; e Crueldade, você está linda.

Comentários

projeto partilha disse…
Maisa Nascimento é descendente, pela linha paterna da FAMÍLIA MACIEL, através de sua avó, Maria Teresa Maciel, sobrinha do Cônego Manoel Francisco Maciel.
projeto partilha disse…
Símbolos religiosos da Comunidade São Pedro de Rates.

A figura misteriosa e enigmática de São Pedro de Rates e a Cruz que leva em uma de suas mãos - a de CARAVACA, tornaram-se Símbolos da Comunidade. Esses símbolos representam a busca de entendimento e conhecimento de nossas origens mais remotas. Na imagem, um testemunho das coisas ausentes, saudades das coisas que ainda não nasceram.
Rubem Alves,(1991, p.22 de Simbolismo religioso) apresenta sua visão sobre os símbolos da seguinte maneira: " (...) assemelham-se a horizontes. Horizontes, onde se encontram eles? Quanto mais dele nos aproximamos, mais fogem de nós... São os horizontes que nos indicam direções (...)".
Luz e Harmonia a todos.
projeto partilha disse…
Participação da Comunidade Paroquial São Pedro de Rates na Novena Preparatória da Festa de Nossa Senhora do Carmo.

A Comunidade do Cervo e a do Sobrado são nossas parceiras na preparação do evento marcado para 13 de julho, quarta-feira, às 19 horas, na Igreja Matriz.
Uma comunidade é um conjunto natural de cerca de 200/300 pessoas, se a zona for urbana;de poucas dezenas, se na zona rural. É formada pelas pessoas que vivem num determinado setor da cidade e/ou do Município e que tem uma capela onde rezam. Quando possível, ests fiéis vão à Paróquia para receber a Eucaristia, participar de missas, novenas, tríduos e procissões. A Comunidade Sobrado, por falta de espaço comum para encontros de manifestação de fé e devoção, se organiza de forma que, em escala, casas de moradias se transformem, a cada mês, em espaço para a Celebração da Eucaristia. A Missa acontece todas as terceiras terças-feiras de cada mês, às 19 horas.
A Comunidade do Cervo mantêm a presença da Capela de São Sebastião para seus encontros desde meados do século XX.
A Comunidade São Pedro de Rates nasceu em um espaço que necessitou da intervenção humana a fim de torná-lo aproveitável. A trajetória de muitas vidas, em seu percurso e busca,se assemelha a desta Capelinha - pessoas estão construindo sua fé e devoção em seus terrenos internos irrigados pelas orações feitas em comunidade.
Comunidades em fase de organização tem muito a prender. Muito mais a partilhar, dons a oferecer desinteressadamente. Do aprendizado faz parte a consciência da relação de cada morador com o bem que lhe é comum, e que lhe serve de "ponto de encontro" - usar sem danificá-lo, pois é de todos. Há ainda o aprendizado de que não existe horário e escala para as tarefas a serem preparadas. Há que se estar atento para perceber quando pode-se fazer algo.
Para partilhar, oferecer sem pedir nada em troca, a Comunidade tem a forma como sabe acolher, o sorriso, a alegria contagiante de seus membros. Eles sabem, por viver, o significado de cada gesto para com as pessoas - adultos e crianças, fragilizadas pela tristeza, pela doença ou pelo desgaste na superação de vícios. Nesta saudável simbiose caminha o grupo, distribuindo o que já tem e pode doar e, aprendendo o que é "fazer comunidade com".
Luz e Harmonia a todos.
projeto partilha disse…
Reflexão : Fé e Festa.

Buscando entender o significado das comemorações festivas em sua relação com valores sociais e culturais, surge-me uma pergunta:
- Até que ponto as oportunidades de participação poderão dar sentido à vida daqueles que, voluntariamente, fazem parte ativa dos trabalhos e das apresentações?
Parecia-me claro que, o simples ato de fazer parte de um grupo organizado reflete-se em projeção social, portanto, eleva a auto-estima, mola propulsora de fortalecimento. Lembrei-me de Platão em sua fala: "Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo." Ao se sentir fortalecido o homem estará, certamente, em condições de dar o primeiro passo.
Em Carmo da Cachoeira, Fé e Festa se integram num mesmo acontecimento no mês de julho, quando se comemora a Festa do Dia da Padroeira. Segundo a tradição oral, foi o Mons. Nunes quem deu início à esta festividade. Hoje, conforme está constituída, a festa é caracterizada pela presença de barracas onde são comercializadas comidas, doces, frutas, roupas, utensilhos domésticos, entre outros; brinquedos para entretenimento; shows. Os espetáculos e o comércio acontecem na Praça Nossa Senhora do Carmo, nas vias públicas adjacentes e em espaços conseguidos por meio de locação de terreno, e são administrado pelo poder público local. Um verdadeiro "shopping" a céu aberto.
Paralelo a este movimento, a Igreja Matriz coordena as atividades religiosas e de manifestação de fé e devoção. Essas ocorrem em espaço sagrado, consagrado - interior da Igreja. As responsabilidades são claramente demarcadas. O profano e o Sagrado, conjuntamente, compõem o cenário festivo. A presença do Pároco e outros religiosos, no exercício de suas funções, impõem respeito num momento de manifestação de alegria contagiante dos pelos participantes. A Comunidade São Pedro de Rates se liga a parte religiosa do evento comemorativo que, juntamente com a do Cervo e a do Sobrado contarão suas histórias, através da participação de seus membros. Esta participação é vista por todos como um momento especial. É quando lhes foi dada a oportunidade para se estabelecer e reforçar os vínculos de sacralidade local - "Santuário" Mãe Rainha e Capelinha São Pedro de Rates com a Igreja Matriz. O momento especial apresenta-se como reforço dos Símbolos de Fé e a de sua inserção na rede organizacional da Igreja Matriz. A Festa (profana e sagrada) é, também, uma quebra de rotina que se apresenta na pacata e interiorana Carmo da Cachoeira. Apresenta-se, portanto, como uma oportunidade de estreitamento de laços que une o indivíduo a sociedade. A integração Fé, religiosidade, devoção, diversão e interesses individuais se dá num mesmo espaço, caracterizado pela Igreja Matriz, Praça Nossa Senhora do Carmo e adjacências. Como participante de evento tão especial, aquele fiel que cooperou de alguma forma para sua realização, sentirá sua imagem enobrecida e, como Ser Único, conseguiu marcar sua presença no mundo.
Que a Luz continue a se fazer presente entre nós.
projeto partilha disse…
Maísa é a intérprete do HINO DE CARMO DA CACHOEIRA.

Maísa interpreta a AVE MARIA, tocada às 18:00 horas na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo, Carmo da Cachoeira, Minas Gerais, como Saudação a Nossa Senhora.
projeto partilha disse…
GRUPO "CAMINHO DE ORAÇÃO".

VOCÊ FAZ PARTE DELE.

Local: Terras de São Pedro de Rates em Carmo da Cachoeira, MG, todo dia de MISSA CAMPAL - segundo domingo de cada mês. O encontro se dá 45 minutos antes da Missa, ou seja, às 16h15min.

Numa Igreja sem teto, o membros do grupo "Caminho de Oração" contam com a participação da suave brisa trazida pelo sol poente; pelo brilho das estrelas, pela luz da lua e das estrelas para, em conjunto, iluminarem seus encontros, seus corações.
O grupo estará em oração antes da Missa e irá, através da oração, preparar um ambiente harmonioso para a Celebração Eucarística, momento em que a Comunidade irá reviver a MEMÓRIA DE JESUS e o MISTÉRIO DO AMOR.
Os membros ativos deste grupo prestam um serviço religioso voluntário. Reunem-se com a intenção de participar de um MOVIMENTO SAGRADO, público e feito em nome da sua Igreja - a Católica Cristã. Além de preparar o ambiente, oram em favor de todos os seres do universo. Entandem ser um caminho que facilita a comunhão com Deus, e que enche seus corações de singela e pura alegria. Uma alegria contagiante. É, enfim, uma oferta da Comunidade São Pedro de Rates ao Espírito Santo de Deus, como preparação do MISTÉRIO QUE DENTRO DE POUCO TEMPO IRÁ ALÍ SE CELEBRAR - o do Santa Missa.

"Vigia e orai, para que não entreis em tentação."Mc 14.38
projeto partilha disse…
Lembrete:

Maisa está na You Tube - Festival de Cruzília - Windows Internet Explorer
A intérprete é Maisa e a composição, em 2 de agosto de 2008 é dela em parceria com Francis Vilela e Allan John Ribeiro.
projeto partilha disse…
Texto elaborado pelo Projeto Partilha e apresentado pela roteirista Denise Maciel. Maisa Nascimento é neta de Tereza Maciel e sobrinha do cartorário Antonio Bonifácio Maciel (in memoriam), pai de Denise. Pe. Manoel Francisco Maciel, pároco em Carmo da Cachoeira, Minas Gerais (in memoriam) é irmão de Antonio Bonifácio Manoel, pai da educadora Denise Maciel. Eis o texto:
Estamos aqui reunidos para render homenagem a Nossa Senhora do Carmo. Represento neste momento as comunidades paroquiais do Cervo, São Pedro de Rates e Sobrado, todas do setor norte desta paróquia, conforme citadas no folder que lhes foi entregue a entrada.
Aproveitamos a oportunidade para agradecer a Deus, por abrir a possibilidade deste encontro de confraternização e partilha; ao sr. Bispo Diocesano, Dom Diamantino Prata de Carvalho e ao Pe. André Luiz da Cruz, Pároco, pastor, incentivador e condutor de nosso rebanho na senda da evangelização. Nossa gratidão a todos aqueles que ajudaram - e são muitos - neste projeto: "Contando nossas histórias."
Os senhores tem mãos um folder que, de forma sintética, registra este evento comemorativo. Através dele refletimos sobre valores culturais e sociais aliados a FÉ - aquela que abala montanhas. Apresentamos o MAPA DA COMUNIDADE PAROQUIAL SÃO PEDRO DE RATES, como ela se apresenta neste ano em que se comemora seus 240 anos. Mostramos nele, alguns símbolos dos grupos que se constituem as forças ativas da comunidade: o terço dos homens, representados pela Santa Cruz de Caravaca emoldurado pelo terço de Maria; o do Cenáculo no Santuário; o dos guardiães e o do Espírito Santo, que acontece às quintas-feiras. O Projeto Partilha marca a presença da comunidade no mundo virtual. A Igreja barroca simboliza um novo recomeço na inigmática história de Cachoeira. A luz, símbolo da Pastoral da Catequese é levada pelo retrato da mão de Tiãozinho cantor - aquele que transformou o caos de um terreno baldio em ponto de encontro de FÉ, AÇÃO e ORAÇÃO, com o nome de Terras de São Pedro de Rates. A Pastoral do Acolhimento, aqui presente hoje, está simbolizada no folder através de mãos acolhendo corações. O coral infanto-juvenil está sendo mostrado através dos singelos anjos representados nos desenhos do altar e o presente nas camisetas que os seus participantes usam e, pela criança presente numa das cerimonias nesta Igreja Matriz. Finalmente, no entanto não menos importante, nossa lembrança aos que aqui nos precederam. O desenho é de Portinari, a grafite. Através dele pedimos as bençãos do Criador e muita PAZ a todos os que por aqui passaram e, em especial aos excluidos: brancos pobres e outros buscadores de viver livremente suas escolhas e convicções; ciganos; negros; índios e outros. Foi na poesia Navio Negreiro, de Castro Alves, representada por um pequeno trecho no folder, que a comunidade buscou concisão.
A origem remota da Cachoeira do Carmo, hoje Carmo da Cachoeira, num recorte histórico situado no século XVIII, mostra-nos numa região sertaneja, ou seja, no Sertão do Campo Grande. Aqui a presença do Quilombo Gondu, formado por 80 casas. O documento comprobatório é uma ata da Guardamoria de Carrancas: "... para o Cervo e outro ribeiro adiante chamado Couro do Cervo que se acham águas e catas abertas ...". "E que o sertão é mesmo extenso, portanto das margens do rio Verde até as beiradas do rio Grande, serão 18 léguas ...".(p.765 - Quilombo do Campo Grande). Inseridos no espaço citado na referida ata estão as 3 comunidades aqui presentes.
Diante deste ALTAR, centro das nossas intenções e SÍMBOLO eminente do Cristo e de sua ressurreição, desejamos a todos nestes momentos em que nos preparamos para vivenciar a vitória da vida contra a morte, muita LUZ.
Que a PAZ DE CRISTO e o AMOR DE MARIA permaneça entre nós.
leonor rizzi disse…
São Pedro de Rates apoia a Pastoral da Criança.

"a solidariedade nasce da consciência de se pertencer a uma mesma comunidade, partilhando interesses e fins comuns". (Pe. Giorgio Maria Carbone, frei dominicano, sacerdote e doutor em jurisprudência e teologia.)

Uma intenção caritativa da comunidade decide apoiar a re-instalação da Pastoral da Criança em Carmo da Cachoeira. Algumas premissas norteadoras reforçaram a decisão:
- Bento XVI. "Toda ação séria e reta é esperança (...) por nosso enganjamento, damos nossa contribuição a fim de que o mundo se torne um pouco mais luminoso e um pouco mais humano.";
- para que todas as crianças tenham vida;
- todos tem um lugar no mundo, um lugar onde são reconhecidos;
- o entendimento de que, em potencial, a Comunidade Paroquial São Pedro de Rates, através de seus grupos ativos, tendem a caminhar para uma mesma direção conforme o princípio universal de caridade, ou seja, viver o amor fraterno, solidário, desinteressado em seu dia-a-dia. Assim, estaria interferindo com ações amorosas no auxílio e resoluções de, pelo menos alguns, dos problemas comuns a todos;
- "... é o serviço para com os outros que transforma a existência." (Papa João Paulo II. 1997).

Pastoral da Criança e voluntariado.
A Pastoral surgiu durante o processo de re-democratização do País - início de 1983, com ações voltadas à democratização e aos direitos humanos, quando a cidadania re-começa a re-aparecer num caminho de respeito e re-conhecimento.
Hoje, ONG´s assumem a bandeira do voluntariado numa espécie de co-responsabilidade com o desenvolvimento social. Aqui, em Carmo da Cachoeira, Gapa e Igreja se dão as mãos enlaçadas pelo espírito cristão de caridade. Buscam soluções criativas na tentativa de se verem resolvidos alguns problemas da comunidade. A necessidade local se transforma, em nossa visão, numa oportunidade de ação voluntária que será a força propulsora de transformação do AMOR em AMOR EM MOVIMENTO. Usa o conceito "CARIDADE", visto sob o prisma de que ela só será efetiva quando acontece em uma via de duplo sentido de direção. Uma mão, a que se estende, será para auxiliar e a outra que queira receber. A mão que vem em auxílio deverá ser norteada pelos impulsos internos dos seres em ação, ou seja, impulsos vindos da alma, sem nenhum envolvimento político, ou de troca, conforme os ensinamentos de Jesus Cisto: Ame ao próximo como a si mesmo. A mão daquele que recebe deve acolher a dádiva simplesmente uma contribuição fraterna, portanto, isenta de retribuição.
Que a luz seja a nossa guia nesta trajetória para que a Comunidade veja realizada, no setor a que pertence, a fala do Papa Bento XVI, " ... de que o mundo se torne um pouco mais luminoso e um pouco mais humano."

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