Pular para o conteúdo principal

Tabela Cronológica 2 - Carmo da Cachoeira

Tabela 2
- do ciclo do açucar até a União Ibérica -


1530 - 1830
- Ciclo da Cana -

1530
- 20/Nov – expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza;
- estabelecimento das Capitanias Hereditárias; e
- decisão de dividir o Brasil em 14 capitanias, ficando a região onde hoje está Carmo da Cachoeira na Capitania de São Tomé ou Paraíba do Sul, que pertencia a Pero de Góis da Silveira. Esta capitania ocupava o território compreendido entre as latitudes 21° e 23º Sul. As doações foram feitas entre os anos de 1534 e 1536.

1532
- Cacique Tibiriçá – pertencia à nação Guaianá ou Tupi, não se sabe ao certo. Teve papel fundamental no ingresso do europeu no interior do Brasil. Teve diversos filhos e netos, muitos deles bandeirantes e desbravadores (como os filhos de Suzana Dias com Manoel Fernandes);
- a filha do cacique Tibiriçá, Bartira, casou-se com João Ramalho;
- fundação da vila de São Vicente, a primeira do Brasil;
- as Capitanias da Bahia e São Vicente e as povoações de Santos e Espírito Santo, fundada por Martim Afonso de Souza;
- data provável da introdução do negro no Brasil; e
- primeira expedição predatória inglesa com William Hawkins.

1534
Fundação da Companhia de Jesus por Inácio de Loyola.

1536
Fundação da vila de Santos.

1538
Chegada dos primeiros escravos africanos ao Brasil.

1541
“Cabeza de Vaca” abriu caminho entre Santa Catarina e Assunção.

1545
1545-1563 – Concílio Tridentino. Paróquia se definiu como o espaço onde se dava a missão eclesial.

1548
- Transformação da Capitania da Bahia em Capitania da Coroa, com a criação do governo-geral;
- chegada do primeiro governador-geral Tomé de Sousa à Bahia, acompanhado dos primeiros jesuítas chefiados por Manoel da Nóbrega; e
- chegada da primeira grande leva de escravos africanos.

1549
- Fundação da cidade de Salvador com o nome de São Salvador da Bahia de Todos os Santos;
- criação do governo-geral do Brasil;
- chegada ao Brasil do Padre Manoel da Nóbrega com os primeiros jesuítas;
- início da criação de gado; e
- aumento da influência da Igreja no Brasil.

1550
Expedição de Martim de Carvalho que saiu de Porto Seguro e extraiu do território de Minas o primeiro ouro descoberto no Brasil.

1551
- Criação da Diocese de Salvador; até então a da colônia era subordinada à Diocese de Funchal, ilha da Madeira; e
- Dom Pedro Fernandes Sardinha foi nomeado primeiro bispo do Brasil.

1553
- Início da ação jesuítica de José de Anchieta;
- fundação de Santo André da Borda o Campo, São Paulo; e
- é nomeado Duarte de Costa, governador-geral do Brasil.

1554
Fundação do Colégio de São Paulo, que deu origem à atual cidade de São Paulo.

1555
O almirante Villegaignon, segundo relato de André Ihevet, em sua obra Lessingularitez de la France Antarctique, publicado em 1557, tinha como objetivo implantar aqui a “França Antártica”.

1557
1557-1578 – Reinado de Dom Sebastião em Portugal.
- O alemão Hans Staden publicou livro sobre seu cativeiro pelos tupinambás no Rio de Janeiro; e
- Mem de Sá foi indicado governador-geral do Brasil.

1558
São Paulo ganhou foro de vila.

1565
Fundação da cidade do Rio de Janeiro.

1570
Carta régia de Dom Sebastião dando liberdade aos índios.

1573
Juan de Garay introduziu os primeiros eqüinos na América, na Argentina.

1574
- João Torres e sua família foram degredadoS para o Brasil; e
- Mapa desenhado por Luiz Teixeira contendo as capitanias hereditárias e seus donatários.

1578
1578-1580 – Reinado do Cardeal Dom Henrique em Portugal, dando fim à Dinastia de Avis;
- Jean de Lèry publicou a obra: “História de uma viagem realizada pela terra do Brasil”.

1591
Heitor Furtado de Mendonça, visitador do Santo Ofício, estava na colônia.

1594
Denúncias contra ciganos vindas da Bahia e Pernambuco.

1596
1596-1597 – Francisco Assis de Carvalho Franco faz referência à expedição de João Pereira de Sousa Botafogo penetrando as terras do Rio Verde e Sapucaí.

1598
Rio das Capivaras – Trilha dos Bandeirantes Paulistas, topônimo conhecido, posteriormente Santana do Capivari.

Ainda no século XVI, a Torre Singela de São Pedro de Rates foi pioneira na pecuária.

Comentários

Anônimo disse…
Parabéns aos organizadores deste blog. Parabéns Pe. André pela seriedade com que estou vendo ser desenvolvido o trabalho Partilha.
Anônimo disse…
Pe. André está mostrando para que veio: Resgatar e ofertar ao povo o que sempre foi dele - conheciemento. Agora, é só os professores e estudantes engrossarem o fileto de água que corre.

O desafio está lançado.
Anônimo disse…
Aqui. De onde este povo tirou a beleza desses mapas. Gente danada essa!!! Ah, já sei. São aqueles que não perdem tempo nas esquinas... ... ...
Anônimo disse…
Acho que estudamos pouco sobre as capitanias. Vestibular, pra que te quero? Se for pra medir conhecimento, vou decorar essa tabela. Se for para refletir, vou tentar desenvolver meu lado criativo e questionador. Pra isso nasci no ano de 1996. Tenho uma vida a frente. Meus pais que não saibam, mas vou ser professor, isto é, sofredor,ih! ih! ih!!!!!!
Anônimo disse…
O que? A torre singela de Rates, na Bahia foi pioneira na agropecuária? Tem tudo a ver com a gente, com Pitangui, cuja atividade econômica, no século XVIII era a criação de gado. Epa, ôpa, e aquele caminho meio perigoso ou picada, conhecido como Picada de Goiás? Ora, que ligação mais absurda na minha cabeça, apague Zé. Apague ou apegue-se a essa idéia.
Anônimo disse…
Conheci hoje este blog. Visitei todas as páginas. Está muito atraente e esclarecedor. Mas, de tudo mesmo, até copiei, o mais gostei foi:
Sob o manto da mãe protetora,

Que lá do céu por ti vela,
A sombra do escapulário,
Refugirás sempre bela.
Anônimo disse…
Saiba mais sobre este assunto lendo um artigo de Paulo Paranhos. Aborda controversias sobre os primeiros tempos da Capitania de São Tomé ou Paraiba do Sul. É um estudo comparativo de diversos historiadores e uma posição consensual.
Publicação - Revista n. 6 da ASBRAP. Ano de 1999.

Mais lidas no site

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt...

A organização do quilombo.

O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

Mais lidas nos últimos 30 dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Harmonia em Carmo da Cachoeira: vozes, piano e a ideia de comunidade

No próximo dia 28 de novembro , às 19 horas no Clube Tabajara, a Câmara Municipal de Carmo da Cachoeira prestará homenagem a Leonor Rizzi , por proposta da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . É um reconhecimento merecido a quem, por anos, estimulou a cultura local, valorizou pessoas comuns e defendeu com convicção que arte, educação e fé são alicerces de uma vida comunitária saudável. Nada simboliza melhor esse legado do que o recital que, em 17 de dezembro de 2007 , silenciosamente transformou a noite cachoeirense na Igreja Nossa Senhora do Carmo . O recital e o silêncio que fala Durante 60 minutos , um público inteiro se manteve em atenção rara. Nem as crianças interromperam a escuta; o silêncio parecia parte da partitura. No alto do altar, duas andorinhas pousadas junto à cruz compunham uma imagem que Evando Pazini  registrou em vídeo e que muitos guardam na memória: música, arquitetura e natureza respirando no mesmo compasso. Ao fim, vieram as perguntas espontâneas:...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira: De 1770 à Inconfidência Mineira

Carmo da Cachoeira: consolidação de registros entre sesmarias, capelas e caminhos Quando se mudou para Carmo da Cachoeira, a professora Leonor Rizzi deparou-se com um incômodo persistente: nem mesmo a população local sabia explicar com segurança a origem do nome “Rattes”. Uns diziam que vinha de ratos, outros associavam a alguma cachoeira, e, nesse jogo de versões, a memória da família que primeiro ocupou a região foi sendo apagada em benefício das oligarquias que assumiram as sesmarias mais tarde. A organização desta tabela cronológica nasce justamente do propósito de resgatar a importância desses pioneiros, esclarecer a verdadeira origem do nome e desmistificar as explicações fantasiosas que se acumularam ao longo do tempo. Dando continuidade ao trabalho iniciado em 25 de janeiro de 2008, a professora Leonor Rizzi reuniu, no bloco que intitulou “Tabela 7 – de 1770 até a Inconfidência Mineira ”, um conjunto de registros que mostra como se estruturavam o território, as famílias e a ...

Leonor Rizzi e os Selos do Sesquicentenário de Carmo da Cachoeira

  O Resgate da Memória em Milímetros: o Legado da Profª Leonor Rizzi O Selo como Documento de Resistência Histórica Os estudos de história costumam dar atenção aos grandes monumentos, às decisões políticas e às grandes crises econômicas. Porém, muitas vezes a identidade de um povo se apoia em coisas pequenas: objetos do dia a dia e iniciativas que, à primeira vista, parecem simples, mas guardam muito significado. Em 15 de janeiro de 2008, Carmo da Cachoeira , no sul de Minas Gerais, viveu um desses momentos discretos e importantes. Naquela data, a professora Leonor Rizzi , referência na preservação da memória do município e na proteção animal, pediu à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) a criação de uma série de selos personalizados. Esse gesto não foi apenas uma formalidade ou uma comemoração comum. Ao encomendar quatro modelos diferentes de selos para marcar o sesquicentenário da Instituição Canônica da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, a professora Leonor encontrou ...

Mais Lidas nos Últimos Dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Harmonia em Carmo da Cachoeira: vozes, piano e a ideia de comunidade

No próximo dia 28 de novembro , às 19 horas no Clube Tabajara, a Câmara Municipal de Carmo da Cachoeira prestará homenagem a Leonor Rizzi , por proposta da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . É um reconhecimento merecido a quem, por anos, estimulou a cultura local, valorizou pessoas comuns e defendeu com convicção que arte, educação e fé são alicerces de uma vida comunitária saudável. Nada simboliza melhor esse legado do que o recital que, em 17 de dezembro de 2007 , silenciosamente transformou a noite cachoeirense na Igreja Nossa Senhora do Carmo . O recital e o silêncio que fala Durante 60 minutos , um público inteiro se manteve em atenção rara. Nem as crianças interromperam a escuta; o silêncio parecia parte da partitura. No alto do altar, duas andorinhas pousadas junto à cruz compunham uma imagem que Evando Pazini  registrou em vídeo e que muitos guardam na memória: música, arquitetura e natureza respirando no mesmo compasso. Ao fim, vieram as perguntas espontâneas:...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...