Pular para o conteúdo principal

Clube Tabajara na década de 70.

O Clube Tabajara passou por algumas reformas, no entanto, continua funcionando no mesmo local, A Rua Dr. Veiga Lima, Carmo da Cachoeira, Minas Gerais. Sua arquitetura não foi alterada, a não ser em pequenos detalhes. O salão fica no piso superior, e hoje é um dos espaços utilizados para palestras, apresentações, shows, teatro e encontros de profissionais e comemorativos de aniversários, casamentos, bodas, entre outros. Funcionam aí urnas, por ocasião das eleições, que ao lado de outras colocadas em várias Escolas, Galeria Paroquial, recebem os votos do cidadão cachoeirense. Além deste espaço a cidade possui o Salão Paroquial e o Clube Operário. Conversando com a população, principalmente com a camada popular, ouve-se frequentemente uma queixa, mostrando o braço, ou o rosto mulato ou negro dizem: "hoje somos aceitos nos encontros do Clube Tajara, mas nossos pais não tinham direito de entrar lá. Olham meio atravessado, mas não passa disso. Se falar alguma coisa, a lei age, e nós sabemos disso. Sabem mais, o Clube operário vive cheio de gente sócio do clube que estou falando". O clube operário prima pela descontração.

O processo de democratização racial foi consolidado dentro do clube pelo então presidente Rogério Vilela (1989-1990), admitiu dois negros e um cidadão de família humilde no seu quadro de sócios, mesmo enfrentando muitas críticas e resistências, mas era o fim de uma história de preconceito.

Próxima matéria: Antiga foto cachoeirense.
Imagem anterior: Novo prédio para a prefeitura de Carmo da Cachoeira.

Comentários

Anônimo disse…
Artigo Publicado no jornal IMPULSO, informativo cachoeirense dos idos anos de 1977.

"O que nos resta é saber se o atual Governador Mineiro está resolvido a reconhecer que Carmo da Cachoeira é também um município localizado no mapa de Minas Gerais porque a verdade, a triste e verdadeira verdade é que até agora os nossos governantes estaduais pareciam ignorar nossa existência como parcela da comunidade mineira. Para nossa felicidade e trazendo-nos um raio de esperança, ainda nisto parece-nos que as coisas irão melhorar, porquanto o prefeito Sebastião Modesto, em alguns encontros que já manteve como o eminente governador Antônio Aureliano Chaves de Mendonça, recebeu dele algumas promessas e acreditamos que tais promessas serão cumpridas".
Queremos esclarecer, para que os pósteros tomem conhecimento, que foram os dois governadores, ANTÔNIO AURELIANO CHAVES DE MENDONÇA e FRANCELINO PEREIRA DOS SANTOS, os DESCOBRIDORES de CARMO DA CACHOEIRA, isto é, os primeiros a saber que no Estado de Minas Gerais existe também um município que tem o nome de CARMO DA CACHOEIRA. Aos dois, por conseguinte, a gratidão dos cachoeirenses.

Wanderley Ferreira de Rezende.
Anônimo disse…
Uma correção na publicação em comentário de ontem: "Godinho Louro", pai de "Godinho Chagas". Um, avô de Pe. Antônio de Oliveira Godinho, nascido em 23 de janeiro de 1920 e falecido em 17.10.1992, Antonio Godinho Louro, outro seu pai, o tabelinário José Godinho Chagas. Aí a diferença de uma geração. Registramos aqui nossas desculpas e solicitamos as devidas correções.
Anônimo disse…
No ano de 1881 foram 11 os registros de casamento no livro Paroquial competente, na Freguesia do Carmo da Cachoeira, Minas Gerais. São eles:
João Antonio Pereira e Mariana Idalina de Nazaré, na Igreja Matriz. Testemunhas: José Esteves dos Reis e Manoel dos Reis Silva;
João Alexandre de Vasconcelos e Bárbara Maria de Jesus, na Igreja Matriz. Testemunhas: Manoel Antonio dos Reis e José João Evangelista;
Jacó Luiz Braz e Elisa Alves de Souza, na Igreja Matriz. Testemunhas: João A. de Gouveia e João B. da Fonseca;
Antonio Godinho Louro e Ana Cornélia das Chagas, na Igreja Matriz. Testemunhas: João Alves de Gouveia e Domingos T. de Rezende;
Manoel Eduardo Vieira e Rita Cândida de Jesus, na Igreja Matriz. Testemunhas: José E. dos Reis e Joaquim S. de Rezende;
Joaquim Francisco Bandeira, na Capela de São Bento em Campo Belo, com Placidina Braulina de Jesus. Testemunhas: Francisco Daniel da Costa e Tomaz A. da Costa;
Lúcio Antonio da Costa e Patrocínia Gabriela de Jesus, na Igreja Matriz. Testemunhas: Gabriel dos R. Silva e José B. da Fonseca;
José Antonio Felisbino e Ana Flauzina de Jesus, na Igreja Matriz. Testemunhas: João Paulo Alves e José Bonifácio Alves;
Francisco Manoel de Souza e Brígida Maria de Jesus, na Igreja Matriz. Testemunhas: João D. de Castro e Felipe Correia Afonso;
José Antonio Bazilio e Mariana Francisca das Dores. Testemunhas: Francisco D. da Costa e Francisco A. da Costa;
Francisco Inácio de Souza e Maria Narcisa Amalias. Testemunhas: Francisco P. de Souza e José V. de Rezende.
Anônimo disse…
Viveram na mesma época histórica, e utilizaram o mesmo local para registro dos atos religiosos ocorridos em suas vidas,

ANTONIO GODINHO LOURO

e

JOÃO TOMAZ DE AQUINO VILELA.


Aos dezenove dias do mês de abril do ano de mil oitocentos e oitenta e dois, nesta Matriz do Carmo da Cachoeira, depois das denunciações canônicas e mais formalidades prescritas, não aparecendo impedimento algum por palavras de presentes, na forma do Ritual, na presença do Pe. Antonio Joaquim da Fonseca e na das testemunhas José C. de Oliveira e José Esteves dos eis receberam-se em matrimônio JOÃO TOMAZ DE AQUINO VILELA E AMÉLIA AUGUSTA DA SILVA. Assina o referido pároco.

AVOENGOS do autor do Brasão do Município de Carmo da Cachoeira e da obra O SERTÃO DO CAMPO VELHO, Jorge Fernando Vilela.
Anônimo disse…
Em 1882 foram 24 os registros ocorridos. São eles: João Antonio Nepomuceno e Mariana Luiza de Jesus. Testemunhas: Urbano dos R. Silva e Antonio Dias Pereira de Oliveira;
na fazenda do Campo Formoso, Augusto José de Oliveira e Maria Cândida de Paula. Testemunhas: Evaristo G. de Paiva e Francisco F. de Oliveira;
no Oratório do senhor Severino Ribeiro de Rezende, Manoel Garcia de Andrade e Jesuína Adriana de Paula. Testemunhas: Gregório A. de Figueiredo e João Antonio Naves;
Lourenço da Costa Torres e Claudina Cândida de Jesus, na Igreja Matriz. Testemunhas: Manoel dos R. Silva e José B. dos Reis;
no Oratório do senhor Severino Ribeiro de Rezende João Campos do Nascimento e Margarida Purcina de Jesus. Testemunhas: Joaquim Pedro de Rezende e Severino Ribeiro de Rezende.
(continua)
Anônimo disse…
Levem seus olhos para o canto esquerdo e ao alto da foto. Lá os internautas irão encontrar a belíssima Cruz sobre a Torre da Igreja Matriz. Esta artesanal, rica e belíssima CRUZ, foi fotografada com lentes especiais, por solicitação do Projeto Partilha, por ocasião das comemorações do Sesquicentenário da Freguesia. Em seu silêncio e com posse para retrato, guarda segredos dos remotos tempos da CACHOEIRA DOS RATES. Luz e harmonia a todos.
Anônimo disse…
Perdão: Digo, Canto DIREITO da foto.
Anônimo disse…
Seguem registros para o ano de 1882:
Joaquim Campos do Nascimento e Maria Eulina de Jesus, no Oratório do senhor Severino Ribeiro de Rezende. Testemunhas: Gregório A. de Figueiredo e José A. de Figueiredo;
João Tomaz de Aquino Vilela e Amélia Augusta da Silva, na Igreja Matriz. Testemunhas: José C. de Oliveira e José Esteves dos Reis;
José Virgínio dos Reis e Maria Umbelina da Conceição, na Igreja Matriz. Testemunhas: Francisco de A. Reis e Antonio R. da Costa;
Claudino Antonio Pereira e Jacinta Teixeira de Carvalho. Testemunhas: Batista C. da Fonseca e Joaquim F. de Azevedo Sobrinho;
Antonio José da Fonseca e Benvinda Cezarina da Fonseca, na Igreja Matriz. Testemunhas: João B. da Fonseca e Ildefonso M. de Azevedo;
Henrique e Verônica (escravos), na Igreja Matriz. Testemunhas: Joaquim R. de Carvalho e Antonio R. da Cunha;
Pio e Tomazia (escravos), na Igreja Matriz. Testemunhas: Pedro Rodrigues e Tomé Monteiro da Costa;
Lúcio e Emerenciana (escravos), na Igreja Matriz. Testemunhas: Antonio J. dos Reis e Francisco de Assis Reis;
Bernardo Jacinto de Gouveia e Joaquina Rosa de Gouveia, no Oratório de José Marcelino Teixeira. Testemunhas: José M. Teixeira e Joaquim T. Botrel;
Antonio Francisco de Sales e Guiomar Lounna da Placéa, no Oratório de Urbano dos Reis Silva. Testemunhas: Antonio T. de Rezende e José Justiniano de Rezende;
José Joaquim Barbosa e Maria Carolina do Espírito Santo, na Capela de Luminárias. Testemunhas: João Ferreira e Eugênio M. da Costa.
(continua)

Mais lidas no site

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt...

A organização do quilombo.

O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

Mais lidas nos últimos 30 dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...

Carmo da Cachoeira de 1800 até 1814

Carmo da Cachoeire: Leonor Rizzi e o poder do conhecimento histórico local Publicado neste site em 5 de fevereiro de 2009, o quadro intitulado “ Tabela Cronológica 9 – de 1800 até o Reino Unido ” , elaborado pela professora Leonor Rizzi , é mais do que uma sequência de datas: é um exercício de reconstrução paciente da história local a partir de vestígios dispersos. Em vez de olhar apenas para o “grande cenário” do Império português e das transformações políticas do início do século XIX, a autora acompanha, em detalhe, o que se passava na região que hoje reconhecemos como Carmo da Cachoeira : fazendas que se consolidam, capelas que se erguem, famílias que se fixam, instituições que se organizam. Esse tipo de pesquisa minuciosa, ancorada em registros paroquiais, inventários, sesmarias e documentação administrativa, devolve à comunidade algo que costuma ser monopolizado pelos manuais escolares: o direito de se reconhecer como sujeito da própria história. Ao relacionar acontecimentos lo...

Leonor Rizzi: O Legado do Projeto Partilha

Um Resgate da Memória de Carmo da Cachoeira A história de um povo é construída não apenas por grandes eventos, mas pelo cotidiano, pela fé e pelo esforço de seus antepassados. Em Carmo da Cachoeira , essa máxima foi levada a sério através de uma iniciativa exemplar de preservação e descoberta: o Projeto Partilha . Liderado pela Profª Leonor Rizzi , o projeto destacou-se pelo rigor acadêmico e pela paixão histórica. O intuito era pesquisar a fundo a origem de Carmo da Cachoeira, indo além do óbvio. A investigação buscou a documentação mais longínqua em fontes primárias, estendendo-se desde arquivos em Portugal até registros no Brasil, mantendo contato constante com pesquisadores de centros históricos como Porto , Mariana , Ouro Preto e São Paulo . A metodologia do projeto foi abrangente. Além da consulta a documentos genealógicos digitais, houve um trabalho minucioso nos Livros de Diversas Paróquias e Dioceses . Neste ponto, a colaboração eclesiástica foi fundamental: o clero da Paróq...

Mais Lidas nos Últimos Dias

Natal, memória e partilha em Carmo da Cachoeira

Talvez uma das coisas de que a professora Leonor Rizzi mais gostasse em Carmo da Cachoeira fossem as festividades cristãs . Via nelas não apenas a beleza dos ritos, mas, sobretudo, o protagonismo e a visibilidade que conferiam às pessoas da comunidade, tantas vezes deixadas à margem da memória histórica e cultural. Graças à homenagem póstuma oferecida pela Câmara Municipal a Dona Leonor, por iniciativa da vereadora Maria Beatriz Reis Mendes (Bia), revisitei a cidade. Confesso que a primeira parada no “ Estação Café com Arte ”, no Bairro da Estação , indicada pela própria vereadora, teve algo de peregrinação afetiva: eu caminhava pelos espaços tentando adivinhar o que, ali, chamaria mais a atenção de Leonor. Foi então que encontrei algo que, tenho certeza, a encantaria: a confecção artesanal do frontão do palco do Auto de Natal deste ano. Naquele trabalho paciente das mãos, na madeira, na tinta e nos detalhes, reconheci o mesmo espírito que atravessava os textos que ela escreveu, n...

Carmo da Cachoeira: o centro cultural Café Estação com Arte

O Bairro da Estação que a Profª Leonor sonhou Hoje, quem chega ao bairro da Estação, em Carmo da Cachoeira , encontra um espaço acolhedor: as antigas ruínas da ferrovia se transformaram em um pequeno centro de cultura e turismo em torno do “ Estação Café com Arte ” . Onde antes havia paredes caindo e abandono, há agora um lugar vivo, que recebe visitantes, conversa com a memória e faz a paisagem respirar de outro modo. Este texto nasce justamente desse contraste: da lembrança de uma Estação em ruínas à experiência recente de rever o local totalmente recuperado, por ocasião da homenagem prestada à professora Leonor Rizzi pela Câmara Municipal , por iniciativa da vereadora cachoeirense Maria Beatriz Reis Mendes (Bia) . A impressão é imediata: poucas coisas a alegrariam tanto quanto ver esse lugar, que a marcou pela ruína, renascer como polo de cultura. Foto original recuperada por IA de Evando Pazzini Para compreender o significado disso, recorremos aos próprios textos de Leonor sobr...

Carmo da Cachoeira – de 1815 até 1821

Publicada em 15 de fevereiro de 2008 pela professora Leonor Rizzi , esta tabela acompanha um período curto em anos, mas denso em mudanças: é o momento em que o Brasil deixa de ser apenas colônia para integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815), vê a circulação do café avançar sobre Minas, assiste à transformação de capitanias em províncias e presencia o retorno da Corte a Lisboa. Enquanto os livros de história contam esse processo em linhas gerais, aqui o movimento é visto através de lupa: nomes de fazendas, vilas recém-instaladas, estradas requisitadas, inventários, listas de moradores e decisões administrativas que moldam o sul de Minas. Talvez por isso esta tenha se tornado, ao longo dos anos, a tabela mais procurada no site, foram 66.800 acessos: nela se cruzam a visão macro da política imperial e os detalhes concretos de lugares como Campo Lindo , Ponte Falsa , Serra do Carmo da Cachoeira , Varginha ainda chamada Espírito Santo das Catanduvas . O que em manuais ...