O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...
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Era afável no trato com as pessoas. Mais conhecido por Major Mesquita, aqui nasceu e viveu. Filho de José Antônio de Mesquita e Maria Salomé Bandeira de Mesquita, casou-se, em primeiras núpcias, com Balbina Sérgia de Mesquita e, após a morte desta, em segundas núpcias, com Ana Páscoa de Mesquita, irmã da primeira. Participava ativamente de todos os eventos políticos, sociais e religiosos. Fundou e manteve por muitos anos uma linha de ônibus, ligando Três Pontas, Santana da Vargem, Coqueiral e Boa Esperança e fazendo conexão com a antiga ferrovia Rede Mineira de Viação. Além das atividades de comerciante, empresário e agricultor, foi político de projeção na comuna. Participou das campanhas cívicas locais. Vice-prefeito eleito.(05-07-1888 - 05-11-1952).
Exerceu seu ministério sacerdotal na cidade de Lavras - MG. Era natural de Três Pontas, filho do Major Bento Ferreira de Brito e Francisca Xavier Mesquita, nasceu em 1825. Foram seus padrinhos: Nicésio José de Mesquita e Maria Clara Ferreira. Participou da fundação da Irmandade de Nossa Senhora das Dores, instituída com a finalidade de se fundar a Casa de Misericórdia de Lavras (Vida Escolar, edições de 01 e 15-JUL-1907). Faleceu e foi sepultado no cemitério daquela cidade (1825-1893).
Em 1862, a Assembléia Provincial de Minas Gerais recebeu um projeto, propondo a criação da província de Minas do Sul. A capital seria Campanha (MG) e quarenta e três deputados assinaram o projeto. Chegou-se até a demarcar os limites da nova província: começava no Rio Turvo e ia até a confluência do Rio Grande, descendo por este até as vertentes do Rio São Francisco e Rio Parnaíba, seguia pelo Rio Grande, onde havia sido iniciada a demarcação (Estrella Mineira edição de 31-AGO-1862 n.45, p.4). A tentativa fracassou e a integridade territorial de Minas Gerais permaneceu intocada.