O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...
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alguém sabe do meu Filho,
Que com carinho gerei,
Que tem o rosto perfeito
E tem os olhos mais belos
Que as pombas do arrebol?
É alta a sua estatura,
O seu porte é majestoso,
E é de grande formosura
O seu cabelo sedoso.
Seu gesto é largo, tranquilo,
Sua presença é um sol,
E sua voz é mais doce
Que o canto do rouxinol.
Por favor, alguém me diga,
Se por acaso o encontrou,
Porque caminhos, atalhos,
porque relvas cheias de orvalho,
Por onde foi que Ele andou?
Meu coração bate forte,
Bate com grande aflição,
Tenho mau pressentimento:
Tenho receio de que a corte
Arme-lhe alguma traição!
Mas, de repetente, o que vejo?
Um espantoso cortejo:
Soldados, armas, cavalos,
Gritos, açoites, achincalhes,
Blasfêmias e maldições.
Ali, vão três condenados
Que, sob a grita da turba
Vão levando pesada cruz.
Tratados com violência,
E sem nenhuma clemência,
Entre eles, meu Jesus!
Ao ver aquele cortejo,
Armo-me de força e coragem
E, por entre a soldadesca,
Consigo uma passagem,
Com grande dificuldade,
Aproximo-me aflita.
Nossos olhos se encontram
Com uma dor infinita.
- Meu filho, o que te fizeram?
E que crime cometeste?
- Minha mãe, é o pecado
Dos homens que estou levando!
Para isto, vim ao mundo,
Minha hora está chegando.
-Gostaria de ajudar
A levar a pesada cruz!
Mas, ao grito de afastar,
Empurram-me dali,
De junto do meu Jesus.
Ó vós todos, que passais,
Neste caminho de horror,
Considerai se existe
Dor igual à minha dor!
Cf. p.92, em, JESUS CRISTO e a Revolução não-violenta. André Trocmé. Tradução José Alamiro de Andrade, O.F.M. Editora Vozes ltda. Petrópolis. 1973. Título do original francês: Jèsus-Christ et la rèvolution non violente. Editado por Labor et Fides (Genebra).
Pergunta - Quem leva o Corpo de Cristo através da Santa Eucaristia aos fiéis que estão doentes de sua religião? Estes que não podem sair de casa, se aqui em Carmo da Cachoeira só tem um padre, que acumula as funções de Pároco - Padre André Luiz da Cruz e padre na administração dos sacramentos e Igreja. E que não tem um vigário paroquial para ajudá-lo? Sei pela minha pesquisa que são muitas as capelas em fazendas, portanto, zona rural desta imensidão territorial que é Carmo da Cachoeira. A senhora tem como me informar?
Respondendo: Pelo que temos conhecimento quem faz este transporte, desde o Sacrário da Matriz de Nossa Senhora do Carmo, até a casa da pessoa que está incapacitada de ir até a Igreja, é o Ministro Extraordinário da Eucaristia. Ele é uma pessoa Cristão, portanto, batizada na Igreja Católica, Apostólica Romana e onde professa sua fé. Ele é uma pessoa da Comunidade Paroquial e ligada ao Ministério que afina-se ao desempenho de seu DOM. Dotado de atitudes irrepreensíveis do ponto de vista social e religioso desenvolve espontâneamente esta atividade acompanhada de perto pela Comunidade Paroquial, através dos Conselhos locais existentes. É ele que ajuda o sacerdote, também, nas celebrações litúrgicas e podem atuar em exéquias (participação nos velórios e sepultamentos). Ele conduz com as orações adequadas, e sem o acompanhamento de um sacerdote este cerimonial.
São Tarcísio - o Mártir da Eucaristia é o padroeiro dos Ministros da Eucaristia. Este Santo foi convertido ao Cristianismo quando ainda era adolescente. Nasceu no ano 244 depois de Cristo (244 D.C.). Seu dia é comemorado em 15 de agosto. Oremos:
Glorioso São Tarcísio, mártir da Eucaristia, puro e humilde de coração, rogo pela pureza de minha pobre alma e de meu corpo. Por vossa angélica pureza, mártir de Cristo, rogo-vos que intercedas por mim diante do Cordeiro Imaculado: JESUS CRISTO e ante a sua Mãe Santíssima, a Virgem das Virgens e que me preservais de todo o pecado mortal.
Glorioso São Tarcísio, não permitais que eu seja manchado com alguma mancha de impureza, mas quando me virdes em tentação e perigo de pecar, afastai do meu coração todos os pensamentos e afetos imundos e, despertando, em mim a lembrança da eternidade e de JESUS CRISTO CRUCIFICADO, imprimi profundamente em meu coração o Santo Sentimento do TEMOR DE DEUS. Inflamai-me no AMOR DIVINO para que, imitando-Vos aqui na terra, mereça gozar de Deus Convosco no Céu. Amém.
DESPERTE EM MIM A LEMBRANÇA DA ETERNIDADE E DE JESUS CRISTO CRUCIFICADO.