O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...
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Pessoa de média estatura, tez morena-clara, cabelos negros e lisos. Trajava, quase sempre, terno escuro, preto ou azul-marinho, e gravata combinando com o traje. Natural de Três Pontas, Minas Gerais, filho de Antônio Targino de Carvalho e Laura Bueno de Campos, casou-se com Maria Amâncio, a 15 de maio de 1935. Cirurgião-dentista, formou-se pela antiga Faculdade de Pharmácia e Odontologia "Whashington Luiz" de Piracicaba, São Paulo,, em 18 de dezembro de 1931. Político militante, por várias décadas, foi membro do antigo Partido Republicano Mineiro, fundador e presidente do Diretório do Partido Trabalhista Brasileiro - PTB local. Disputou e foi eleito à vereança, na primeira Legislatura, após o período Vargas (1930/1945), de 8 de dezembro de 1947 a 31 de janeiro de 1951. Novamente eleito vereador, na quarta Legislatura, ocupou a Presidência da Câmara Municipal (1959/1961). Neste cargo demonstrou moderação e capacidade de articulação política (1959/1963). Foi um dos fundadores do Movimento Democrático Brasileiro - MDB e presidente do Diretório local, no período revolucionário, a partir de 1964. Em 15 de novembro de 1966, disputou a Prefeitura, pelo seu partido, o MDB, em oposição a Manoel Jacinto de Abreu Filho, da Arena, em um pleito muito disputado, mas de alto nível. O seu oponente foi eleito por reduzida margem de votos (04-NOV-1905 - 09-ABR-1992).
Manuel Inácio, natural de Pernambuco. Foi casado com Maria da Glória dos Reis, esta natural de Xiquexique, Bahia. Ocupou o cargo de Juiz da Comarca de Três Pontas e presidiu pela primeira vez o Tribunal do Júri, no dia 17 de março de 1874. Deixou na cidade muitos descendentes ilustres, entre eles um bisneto, o doutor Antônio Aureliano Chaves de Mendonça. O Fórum local recebeu o nome de "Fórum doutor Carvalho de Mendonça", em sua homenagem. Exerceu o cargo de Juiz, até seu falecimento, ocorrido em 16 de agosto de 1881. Foi sepultado no antigo cemitério, onde se localiza o Ginásio Poliesportivo Aureliano Chaves.
Natural de Santa Luzia do Rio das Mortes, Minas Gerais, filho de Manuel Inácio Carvalho de Mendonça e de Maria da Glória dos Reis. Residiu e aqui se casou com Laura Bandeira de Gouvêa. Foi grande jurista, autor de várias obras, principalmente na área cível. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. (02-12-1859 - 19-SET-1917).
Era de estatura pouco acima da média, tinha os olhos castanhos e usava longos bigodes e uma pêra (pequena quantidade de barba que se deixa entre o queixo e o lábio inferior). Trajava fraque e cartola por ocasião dos eventos sociais. Nascido em Vila Nova de Famalicão, do Concelho de Braga, Portugal, veio muito jovem para o Brasil, residindo algum tempo no Rio de Janeiro e fixando posteriormente residência em Três Pontas, Minas Gerais. Filho de Antônio Gonçalves da Costa e Maria Joaquina da Costa, casado com Leocádia Cândida Becker. Após a Proclamação da República, em 5 de fevereiro de 1890, foi instituída uma Intendência Municipal (órgão colegiado a fim de governar os municípios, surgida com a dissolução das Câmaras Municipais com a Proclamação da República), da qual era integrante, como Adjunto. Foi o fundador do prado local e seu primeiro presidente. Incentivador da prática do futebol, na cidade, nos primórdios do século XX. Teve participação importante na construção do campo de futebol, construído na cidade. O campo confrontava pela frente com a Rua Minas Gerais, por um lado
com a linha férrea, hoje Avenida Vicente Celestino, e aos fundos com vários moradores. O senhor Costa era alfaiate, comerciante, fazendeiro e político. Suas propriedades rurais compreendiam parte da "Formiga", "Toca" e "Barreirinha". Sua loja comercial ficava localizada na esquina das atuais ruas Minas Gerais e Marechal Deodoro. (06-ABR-1853 - 05-SET-1923).