O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...
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A publicação da imagem foi a forma que o Projeto Partilha encontrou que render homenagens a
MARIA LUIZA DE LUNA DIAS. Nossa gratidão.
Assunto - Vigário.
Localidade - Pe. João Gomes Delgado.
Referência - Livro de Provisão 1761-1764, Tomo I, fl.43v.
Marta Amato em sua obra, "A Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Carrancas e sua história. 1996, no capítulo 3 - A Vida Religiosa, p.91 diz: "De 1721 até os dias de hoje a paróquia de Carrancas teve 86 vigários, além dos coadjutores, ou seja, auxiliares, que quase sempre respondiam pelas capelas filiais. Segue a relação dos padres e as datas que assumiram a paróquia." 01. Pe. Lourenço de Toledo Taques - 1721
02. Frei Gabriel de Santa Maria - 1723
03. Frei Manoel da Cruz - 1723 a 1727
04. Pe. Luiz Domingos de Barros - 1727
05. Frei Caetano de Santa Clara - 1727 a 1728
06. Pe. João Nogueira - 1728
07. Frei Sebastião de Santa Rosa - 1729
08. Pe. Manoel Moreira - 1729 a 1732
09. Pe. Antônio Mendes - 1732 a 1737
10. Pe. Manoel Rodrigues Ramos - 1738 a 1741
11. Pe. Manuel A. Barros - 1741
12. Antônio Ferreira - 1741
13. Pe. Bento Ferreira - 1746 a 1747
14. Pe. Manuel Caetano de Figueiredo - 1747 a 1749
15. Pe. Rodrigo Lopes Coelho - 1749 a 1750
16. Pe. Antônio Luiz Campos - 1750 a 1752
17. Pe. Manuel Caetano de Figueiredo - 1752
18. Pe. Manuel Martins - 1752 a 1763
19. Pe. Manuel Caetano de Figueiredo - 1763
20. Pe. Manuel Afonso - 1766 a 1769
21. Pe. José Alves Proença - 1769 a 1771
22. Pe. João José Maia
23. Pe. Manuel Afonso - 1772 a 1780
24. Pe. José Alves Proença - 1780 a 1784
25. Pe. Alexandre Carlos Salgado - 1784
26. Pe. Manuel Gonçalves Corrêa - 1785 a 1787
27. Pe. Antônio José Gomes de Lima - 1787 a 1792
28. Pe. Manuel Moreira Prudente - 1792 a 1793
29. Pe. José Gomes de Lima - 1793 a 1804
30. Pe. Francisco Rodrigues Fortes - 1804
31. Pe. José Alves Proença - 1805
32. Pe. Antônio José Gomes de Lima - 1806 a 1808
33. Pe. João Francisco da Cunha - 1809 a 1814
34. Pe. Francisco M. de Vasconcelos - 1815 a 1821
35. Padre Joaquim Leonel de Paiva - 1821 a 1824
36. Pe. Joaquim José Lobo - 1825 a 1831
37. Pe. Manuel José Soares - 1831 a 1847
38. Pe. Joaquim Leonel de Paiva - 1847 a 1850
39. Pe. Francisco Coelho dos Santos -
40. Pe. Manuel José Soares - 1852 a 1857, e a relação segue de forma nominal até o de número 86, quando a paróquia recebe o Pe. Jair dos Santos Pinto - pároco desde 1956. Sobre ele Marta Amato relata o seguinte:
"Em 1966, recebeu o título de Cidadão Honorário.
Quando completou bodas de prata sacerdotais, em 1980, foi homenageado pela população com uma rica festa onde compareceu o governador de Minas Gerais, Sr. Francelino Pereira dos Santos. Novamente, em seu jubileu de rubi sacerdotal, no dia 17 de dezembro de 1995, a população teve oportunidade de demonstrar-lhe toda a gratidão, com muitas homenagens e muita festança.
É amado por ricos e pobres da cidade, estando sempre presente nas horas alegres e tristes da população, cuidando com seu jeito simples e carinhoso do sustento espiritual e material de seus paroquianos.
A paróquia foi criada em 1736, sendo seu vigário o padre Antônio Mendes, depois primeiro vigário de Campanha e em 1749, por provisão de Dom Frei Manoel da Cruz, primeiro bispo de Mariana, foi elevada a freguesia.
Mas, já em 1721, existia uma capela com a denominação de Nossa Senhora da Conceição do Rio Grande ou Capela do Rio Grande, onde foi efetuado um batismo. A partir de 1723, os registros foram feitos regularmente, mostrando que havia no lugar uma população atuante.
Pelos documentos encontrados existia ainda em Carrancas uma capela em terras do Capitão-mor Inácio Franco Torres, natural da cidade da Bahia (hoje Salvador), filho de José Franco Torres e de Teresa da Silveira. Ele casou-se em Carrancas aos 24 de maio de 1734 com Maria da Porciúncula Barbosa, natural de Guaratinguetá, filha de Francisco Álvares Barbosa e de Isabel Fragosa. Para esta capela, que ficava no SÍTIO DAS CARRANCAS, junto ao Rio Grande, foram designados padres já em fevereiro de 1729. Um ano depois é designado um capelão curado para a capela de Nossa Senhora da Conceição das Carrancas.
No Livro de Provisões da Cúria do Rio de Janeiro de 1728 a 1732, constam os seguintes dados, conforme informações prestadas por José Gomide Borges:
Em 20 de fevereiro de 1729 - "Passei provisão de pároco da Capela de Inácio Franco, no sítio das Carrancas do Rio Grande. Comarca do Rio das Mortes, por tempo de um ano somente ao Pe. João de Barros, natural do bispado do Porto" (fls.46v.).
Em 26 de fevereiro de 1729 - "Passei provisão de coadjutor da Capela Curada de Inácio Franco, no SÍTIO DAS CARRANCAS, junto ao Rio Grande, Comarca do Rio das Mortes, por tempo de um ano somente, ao Pe. Miguel da Silva Grilo, do Bispado do Porto" (fls.48). (o Pe. Miguel foi designado, a seguir, para a freguesia de São João Batista do Itaboraí em 16 de março de 1729).
Em 21 de março de 1729 - "Passei provisão de pároco da Capela de Inácio Franco, no SÍTIO DAS CARRANCAS do Rio Grande. Comarca do Rio das Mortes, por tempo de um ano somente, ao Pe. João Moreira, natural do Bispado do Porto" (fls.50v.).
Os padres, João Eiró e Pe. João Moreira não constam da relação dos que foram designados para a atual Matriz de Nossa Senhora da Conceição das Carrancas. Possivelmente a Igreja no SÍTIO DE INÁCIO FRANCO TORRES era outra, pois em 1762 ele recebeu uma sesmaria perto do rio INGAÍ, um tanto quanto distante da sede do povoado.
É o seguinte, p.80 da obra acima citada:
"Em 1739, encontrei informação de que pertenciam a CARRANCAS vários cemitérios, onde foram enterrados escravos e desconhecidos falecidos na freguesia. Entre eles: - cemitério da Igreja Nossa Senhora da Conceição das Carrancas;
- cemitério do Campo Belo e
- cemitério do DESERTO DOURADO (hoje São Bento Abade).
-
O Pe. João Gomes Salgado, filho de outro do mesmo nome, do bispado de Viseu e de Francisca de Moraes, moradores em Pitangui, no ano de 1740. Segundo o que José Geraldo Begname nos informa em outro relatório, no ano de 1748, na pasta 834, arquivada no armário de número 5, o processo do referido Padre diz ser ele natural de Conceição dos Prados.